Nesta quarta-feira entidades se reuniram para debater políticas de combate à discriminação étnico- racial no setor mercadista.
Tábita Martins – Estado de Minas
Uma Pesquisa realizada pela Fundação Procon de São Paulo, com a colaboração de alunos da Faculdade Zumbi dos Palmares, constatou que quase metade dos entrevistados (44,26%) já se sentiu discriminada no mercado de consumo no momento da compra de um produto ou serviço.
Paulo Arthur Góes, diretor-executivo do Procon-SP diz que “é importante o envolvimento da sociedade como um todo em discussões que busquem eliminar o preconceito”, afirmou. Ele participou da reunião juntamente com Antônio Carlos, coordenador de Políticas Públicas para as Comunidades Negra e Indígena do Estado de São Paulo.
Nesta quarta-feira a Fundação Procon-SP, a Coordenadoria de Políticas Públicas para as Comunidades Negra e Indígena da Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania e a Associação Paulista de Supermercados – APAS se reuniram para debater políticas de combate à discriminação étnico- racial no setor mercadista.
A partir do início de 2012, as instituições envolvidas irão elaborar um material informativo, visando à conscientização funcionários e executivos do setor, que também passarão por cursos de capacitação sobre o combate ao racismo.
O estudante Pedro Vicente Cabral já sofreu esse tipo de preconceito. Ele conta que entrou com alguns amigos em uma lanchonete em São Paulo, próximo à sua residência e fez um pedido grande com comidas e bebidas. No momento em que terminavam o pedido perceberam que a atendente acionava a polícia em voz baixa. Em poucos minutos a viatura chegou ao local. Pedro gravou um depoimento para a campnha de combate ao preconceito promovida pelo Procon de São Paulo.
http://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2011/12/07/interna_nacional,266254/44-de-negros-ja-se-sentiu-disciminado-durante-uma-compra-diz-pesquisa.shtml