Polícia chilena reconhece que disparou no dia que assassinaram estudante

Indícios apontam que bala disparada por um carabineiro teria acabado com a vida do jovem Manuel Gutiérrez, na madrugada da última sexta-feira quando estava terminando a greve nacional de dois dias no Chile, convocada pelos estudantes e trabalhadores para protestar contra a baixa qualidade da educação pública e as condições de trabalho enfrentadas por milhares de chilenos

Christian Palma, Correspondente da Carta Maior em Santiago

Ainda não está comprovado, mas os indícios apontam que a versão da família de Manuel Gutiérrez – o jovem de 16 anos morto com um tiro – é a correta. Uma bala disparada por um carabineiro (policial chileno) teria acabado com a vida do jovem na madrugada da última sexta-feira quando estava terminando a greve nacional de dois dias no Chile, convocada pelos estudantes e trabalhadores para protestar contra a baixa qualidade da educação pública e as desastrosas condições de trabalho enfrentadas por milhares de chilenos.

No início, a chefia da polícia descartou que o disparou que atingiu “Manolito” no tórax partiu de um de seus agentes, mas não se passaram mais do que 72 horas para se saber que, efetivamente, um dos policiais que patrulhavam a zona de Macul, em Santiago, utilizou sua arma.

Um dia após o funeral do jovem, o chefe da zona metropolitana de carabineiros, general José Luis Ortega, afirmou que a afirmação inicial descartando a suposta participação de policiais na tragédia baseou-se nas primeiras declarações dos oficiais da área em questão. Questionado diretamente sobre se a instituição está hoje em condições de dizer à família Gutiérrez que os carabineiros não são responsáveis pela morte, o general Ortega respondeu:

“Isso não é nós que temos que dizer, mas sim a investigação; nós não podemos adiantar um resultado sobre algo que não estamos investigando judicialmente”. (mais…)

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Marcha estudantil em Brasília vai pressionar governo e Congresso

União Nacional dos Estudantes (UNE) pretende levar 20 mil manifestantes à capital federal na quarta-feira (31) para reinvindicar que investimento em educação seja de 10% do PIB e de metade das riquezas do pré-sal. Ameaçada de morte, líder estudantil chilena Camila Vallejo participa do ato e de audiência pública no Congresso.

Najla Passos, Especial para a Carta Maior

BRASÍLIA – Depois de ser ocupada por “margaridas” e por sem-terras, a Esplanada dos Ministérios será, pela terceira semana seguida, palco de manifestações de movimentos sociais. Desta vez, são os estudantes que vão pressionar governo e Congresso, com uma marcha na próxima quarta-feira (31). A União Nacional dos Estudantes (UNE) tem duas bandeiras principais. Aumentar o investimento em educação para 10% do produto interno bruto (PIB). E destinar ao setor metade das riquezas do pré-sal.

Segundo a entidade, 20 mil estudantes estarão em Brasília participando da marcha. O ato encerrará um mês de mobilizações estudantis feitas em todo o país, naquilo que a UNE batizou de “agosto verde e amarelo”. “Foi neste mês de mais pressão dos movimentos sociais que a nossa pauta entrou mais no Planalto”, disse à Carta Maior o presidente da UNE, Daniel Iliescu.

As atividades terão início às 9 horas, em frente ao Banco Central (BC), onde os estudantes pretendem se unir a sindicalistas e camponeses, para protestar contra a alta taxa de juros. No fim da quarta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anuncia se mexe ou não nos juros.

Do Banco Central, os estudantes seguirão para o Palácio do Planalto, para tentar entregar a pauta de reivindicações nas mãos da presidenta Dilma Roussef. Por ora, não há uma agenda marcada da presidenta com a UNE. Mas, no início do dia, Dilma deve se reunir com o ministro da Educação, Fernando Haddad, para discutir a situação do setor. (mais…)

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Família indígena e quilombola – recadastramento do benefício da tarifa social de energia elétrica

Révilla Martins, Idest

Consumidor deve ficar atento ao prazo de recadastramento do benefício da tarifa social de energia elétrica, para descontos que variam de 10% a 65%, conforme consumo. As famílias que já possuem o benefício precisam se cadastrar pelos novos critérios com urgência. O não recadastramento implicará em perda do benefício.

Novos critérios

Para concorrer aos benéficos a família deve estar inscrita no Cadastro Único para Programas do Governo Federal, e ter renda mensal menor ou igual a meio salário mínimo. Idosos que recebem o Benefício da Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) podem se cadastrar. Também entram no beneficio pessoas com deficiência e incapacidade para o trabalho, comprovada pelo INSS. Família inscrita no Cadastro Único, com renda mensal de até três salários mínimos, que tenha entre seus membros pessoas em tratamento de saúde que necessitam usar continuamente aparelhos com elevado consumo de energia.

Para famílias indígenas e quilombolas inscritas no Cadastro Único que tenham renda menor ou igual a meio salário mínimo, ou que possuam entre seus moradores beneficiário do BPC, o direito ao desconto varia de 10% a 100%.

Para as famílias com consumo de média móvel maior que 40 kWh o prazo vigente para perda do benefício é até setembro, média móvel maior que 30 kWh, até outubro e média móvel menor ou igual a 30 kWh o prazo encerra em novembro. (mais…)

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Acadêmicos indígenas, a próxima vítima!

Por Ronildo Jorge*

Lembro como se fosse hoje, o dia em que conheci Ludesvoni Pires, cabelos lisos, longos, olhar firme e um belo sorriso no rosto, uma mulher trabalhadora. Tive a aportunidade de aprender com ela a arte da cerâmica Terena, desde a escolha do barro, preparação, moldagem e queima, isto não é fácil, exige trabalho com as mãos e força nos braços, ela me ensinou cada segredo, cada detalhe in loco, se não fosse ela, eu como Terena autóctone não saberia parte essêncial que é do meu próprio ethos, da minha própria natureza, se hoje sei produzir cerâmica agradeço a ela e reconheço todos aqueles que fazem desta arte um modo de sobreVIVER e divulgar a arte Terena.

Esqueço-me , as vezes, de como a sociedade sul-matogrossense tem repugnância contra os povos indígenas, o racismo pregado pela elite é tão violênto que armam ciladas, matam lideranças (Marçal de Sousa) assasinam professores indígenas (Rolindo Verá e Genivaldo Verá) e como se não bastasse, atiram bomba caseira em onibus de estudantes e acadêmicos indígenas, buscam apoderar-se através da carnificina do último pó de terra, da última alma do último índio, sua sua avidez e sede é tanta que não cessam enquanto não vêem sangue de índio respingando no chão, desde o início da colonização promovem a matança indígena em massa, portanto, carregam no corpo e na alma um ESPÍRITO ASSASSINO! MALDITO! NEFASTO! O status quo que se encontra a nossa sociedade é um caos, deprimente, o Estado assiste calado e de braços cruzados, se quem cala consente deixo explicito aqui: EU NÃO CALO, NÃO CONSINTO, EU FALO, EU ESCREVO, EU REPUDIO toda e qualquer forma de violência contra o ser humano, independentemente das circunstâncias. (mais…)

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CNPq apoia oficinas de alfabetização das culturas digitais

Ocorreu nesse sábado, dia 27, a oficina de Alfabetização das Culturas Digitais na Aldeia Kaiowá e Guarani Te’ýikue, no município de Caarapó, MS. As atividades, que ocorrerão durante todo o segundo semestre de 2011, contam com o apoio financeiro do edital 049/2010 para projetos de extensão do CNPq, além da participação dos bolsistas indígenas de extensão: Editon Marques Pain, Edson Vogarin e Edson Escobar, alunos da Escola Indígena Yvy Poty, no ensino médio, do acadêmico da etnia Terena, Rafael Gouvea, do curso de Análise de Sistemas, da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), responsável pela coordenação da oficina, além do estudante de Filosofia da UCDB, Wellington dos Santos, que atuou como monitor.

Participam de cada oficina, aproximadamente dez indígenas, indicados pela comunidade, interessados em aprender noções básicas de informática e ensinar as tecnologias a falar com os Guarani. Os trabalhos são desenvolvidos na Escola Indígena Ñandejara, aos sábados, com uma carga horária de 8 horas cada um.

O Ponto de Cultura Teko Arandu é um projeto, executado desde 2008, que integra o Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas/UCDB, apoiado pelo Ministério da Cultura, Ministério das Comunicações, Prefeitura Municipal de Caarapó, e tem por finalidade promover o diálogo intercultural entre as culturas digitais e as  culturas indígenas, especialmente a Guarani. Nesse sentido, o objetivo das oficinas de alfabetização digital consiste em apresentar aos índios as possibilidades dessas tecnologias novas e estimular o diálogo entre a internet e as redes de saberes indígenas dos Kaiowá e Guarani.

Enviada por  Neppi Ucdb para a lista da superiorindigena.

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Acampados fecham INCRA do Maranhão

Nas primeiras horas desta terça feira (30/08) os acampados no INCRA do Maranhão – sem terra, quilombolas e índios – fecharam os dois portões do órgão, não permitindo a entrada de funcionários. A partir de agora, segundo eles, ninguém entra, nem sai do prédio. A pauta de reivindicações inclui a regularização de terras e a solução dos conflitos causados pela ausência destas mesmas regularizações. Hoje, no Maranhão, mais de 80 pessoas que vivem no campo, estão ameaçadas de morte por conta de conflitos fundiários.

Três fatos ocorridos nas últimas horas aumentaram ainda mais a indignação destes camponeses que estão acampados no INCRA do Maranhão, desde o dia 25 de agosto. Enquanto eles estão em São Luís protestando, novos casos de violência e ameaças estão ocorrendo, a cada instante, no interior do estado. Os últimos foram nos municípios de Pirapemas (contra quilombolas), em Bom Jardim (contra índios Awá Guajá) e em Ribamar Fiquene (contra sem terra).

Hoje está previsto uma coletiva dos acampados.  No convite encaminhado ontem à imprensa está dito que “o Acampamento Nacional da Via Campesina, instalado em Brasília, chegou ao seu final na última sexta-feira (26 de agosto)”. Porém, no Maranhão, “a sede do INCRA continua ocupada”. Na coletiva, marcada para 9h, os índios, os sem terra e os quilombolas anunciam que vão dizer, em “alto e bom som, os motivos que estão fazendo com que, ao contrário de todo o Brasil, eles continuem acampados por tempo indeterminado”. (mais…)

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Filhos de lares chefiados por mulheres são mais vulneráveis

Segundo Fundação João Pinheiro, fator renda dificulta acesso a educação

Tâmara Teixeira

As crianças e jovens mineiros que residem apenas com as mães são as que estão mais expostas ao risco social. A conclusão é de uma pesquisa divulgada ontem pela Fundação João Pinheiro. Os dados mostram que esse tipo de domicílio vem crescendo no Estado e, atualmente, corresponde a 10,1% do total. Há onze anos, não chegava a 5%. As residências compostas por casais e filhos são maioria (67,4%). Em 2000, esse número era 80%.

A primeira Pesquisa de Amostra de Domicílios de Minas Gerais (PAD/MG) visitou 17.073 casas no Estado em 2009 e descobriu que, em 50,6%, delas vive pelo menos uma criança ou adolescente. O estudo se concentrou nesse perfil familiar e constatou que 77,8% das famílias comandadas apenas por mulheres têm renda per capita menor que um salário mínimo.

Nos lares em que o casal é o responsável pela casa, o índice cai para 73,1%. O diretor do Centro de Estatística e Informações, Frederico Poley, explica que a pesquisa traz um retrato de como vivem hoje as crianças e jovens mineiros por tipo de domicílio e por região do Estado. (mais…)

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Reforma agrária terá mais R$ 400 milhões neste ano

União amplia apoio a assentados e decide investir mais em educação no campo e fomentar agroecologia

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) terá um reforço de R$ 400 milhões para ampliar as compras de terras. O recurso, que será somado aos R$ 530 milhões do orçamento deste ano, permitirá o assentamento de cerca de mais 20 mil famílias. Esse é um dos resultados das negociações com trabalhadores sem terra, que realizaram uma marcha a Brasília na semana passada. As lideranças da Via Campesina e do Movimento dos Sem Terra negociaram uma pauta de reivindicações com dez ministérios e órgãos governamentais, com intermediação da Secretaria-Geral.

Outras propostas dos movimentos populares foram atendidas, como a ampliação dos recursos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do programa Bolsa Verde para assentamentos e áreas extrativistas, para beneficiar 15 mil famílias. E o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiará a instalação de agroindústrias cooperativadas.

O Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) também vai receber mais R$ 15 milhões para reforçar a educação nos assentamentos. E, além de promover a alfabetização de adultos no meio rural, o governo assumiu o compromisso de construir 350 escolas no campo. Outra meta é criar, até 2014, 30 Institutos de Educação Profissional e Tecnológica na área rural. (mais…)

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Angola: Localidade de Quilombo dos Dembos com núcleo de ensino médio em breve

Administrador Mateus André Garcia (Fotografia: Marcelo Manuel)

Marcelo Manuel

A vila de Quilombo dos Dembos, sede do município de Ngonguembo, situada a 95 quilômetros de Ndalatando, Kwanza-Norte vai, nos próximos tempos, mudar de imagem, com a construção de novas infra-estruturas sociais e econômicas, no quadro do Programa de Investimentos Públicos, apurou, ontem, o Jornal de Angola no local.

As obras a serem erguidas na vila dos Dembos faz parte de um projeto de requalificação urbanística daquela vila, com vista à melhoria da qualidade de vida da população.

Das obras em curso constam dois postos de saúde, escolas, residências para o comandante da polícia e seu adjunto e para os técnicos.

O encarregado das obras em curso, Almeida Bernardo, garantiu ao Jornal de Angola que parte dos equipamentos está em fase de conclusão, referindo-se que os trabalhos, iniciados em Julho, são assegurados por 20 técnicos.

Assegurou ainda que há material suficiente para a conclusão das obras, nos prazos previstos, apesar de reconhecer as dificuldades no terreno, uma vez que a maior parte do material vem de Luanda. (mais…)

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ES: vítima de assédio sexual receberá indenização

Ex-funcionária das Casas Bahia assediada pelo gerente resolveu denunciar o caso. Resultado: foi demitida pela empresa, enquanto o gerente se manteve no cargo

O Tribunal Superior do Trabalho acaba de condenar a empresa Casas Bahia Comercial Ltda a indenizar uma ex-funcionária vítima de assédio sexual ocorrido numa das filiais no Espírito Santo.

De acordo com a denúncia, por cerca de dois meses, a funcionária sofreu assédio sexual de um gerente da filial em que trabalhava e, ao denunciar os fatos foi demitida e o gerente manteve o posto.

Somente com o surgimento de novas denúncias contra o gerente a empresa demitiu o funcionário, mas sem justa causa.

Devido ao constrangimento a que foi submetida, a trabalhadora buscou indenização por dano moral. No entendimento da justiça, ficou ” caracterizada a lesão à honra e boa fama da empregada, cuja proteção é assegurada constitucionalmente. A responsabilidade do empregador, no caso de assédio de um empregado sobre outro a ele subordinado, decorre de omissão do dever de fiscalizar com eficiência o ambiente de trabalho, prevenindo a ocorrência de fatos ou atos que possam causar danos materiais ou morais àqueles que lhe prestam serviços.”  (mais…)

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