A eleição de presidentes esquerdistas na América Latina preocupou o Vaticano, conforme mostrou um documento diplomático escrito em 2007 e divulgado pelo Wikileaks. Em conversas entre o ex-embaixador norte-americano Francis Rooney no país e o cardeal argentino Leonardo Sandri, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foi definido como “um perigo para os governos da América Latina”.
Para o embaixador norte-americano, as opiniões de Sandri sobre a América Latina e especificamente sobre a Venezuela têm “grande influência” no Vaticano, já que o cardeal foi núncio apostólico no país.
O Vaticano, por sua vez, concorda com a “periculosidade” do presidente venezuelano e de seus aliados esquerdistas, mas considera “extremamente complicado” lidar com a situação.
Em razão disso, a Santa Sé não mudou seu posicionamento diante da Venezuela, pois segundo o cardeal, a melhor estratégia é não contrariar Chávez. Mesmo assim, Sandr elogiou a iniciativa dos EUA de ajudar diretamente a Igreja Católica venezuelana como forma de neutralizar a influência do presidente venezuelano.
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