Número de brasileiros assassinados nas ruas cresce 22% em dez anos

Carlos Madeiro, Especial para o UOL Notícias no Recife

O percentual de pessoas assassinadas em vias públicas no Brasil cresceu 22% entre 1999 e 2009. No mesmo período, o índice de vítimas que chegaram a receber algum tipo de atendimento em hospitais e unidades de saúde caiu 12,6%. Em média, de cada 10 brasileiros baleados nas ruas em 2009, apenas três conseguiram chegar com vida a um hospital para receber o socorro. Os números contrastam com a ampliação da oferta de serviços médicos-hospitalares no mesmo período.

Segundo dados do sistema Datasus, do Ministério da Saúde, das 26.902 mortes causadas por agressão de arma de fogo em 1999, 10.858 (ou 40,3% do total) ocorreram em via pública. Em 2009, das 36.624 mortes registradas, 18.009 (49,1% do total) ocorreram em ruas. Por outro lado, em 1999, 8.881 mortes (33%) aconteceram em hospitais ou outros tipos de unidades de saúde. Dez anos depois, esse número passou para 10.567 (28,8%). (mais…)

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AL: Mestra Anézia é considerada uma lenda de Santa Luzia do Norte

Anézia Maria da Conceição é a rezadeira de Santa Luzia do Norte

Se tem uma personalidade que encarna fielmente a honraria de ser um Registro do Patrimônio Vivo das Alagoas, essa pessoa se chama Anézia Maria da Conceição. Do alto dos inacreditáveis 109 anos de idade, já é considerada uma lenda no mais populoso bairro da pequena cidade de Santa Luzia do Norte, a 63 km de Maceió.

O Registro do Patrimônio Vivo é uma iniciativa do governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), destinado ao reconhecimento da produção, preservação de aspectos da cultura tradicional ou popular que atue nas áreas das danças, folguedos, literatura oral, escrita, gastronomia, música, teatro e artesanato, entre outras.

Mesmo sem enxergar e andar, mas absolutamente lúcida e de bom-humor, dona Anézia é a rezadeira mais famosa e a primeira parteira de Santa Luzia do Norte. “A grande maioria do povo acima dos 30 anos aqui do bairro do Quilombo nasceu pelas mãos de mamãe”, atesta a filha da mestra, Maria Anunciada Silvestre. (mais…)

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“Situação era previsível mas mundo ignorou” – veja como ajudar

Enviado especial a Dadaab, no Quênia, relata o início da visita ao maior campo de refugiados do mundo

SÃO PAULO – A divulgação do primeiro relatório sobre o número de mortes provocadas pela crise alimentar na região do Chifre da África revela que mais de 29 mil crianças com menos de 5 anos já morreram de fome nos últimos três meses na Somália – uma média de 300 por dia, quase 15 por hora. (mais…)

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Mulheres lideram retirada de refugiados na Somália

Garotos somalis no campo de Dagahaley, ao norte de Dadaab: mulheres, crianças e idosos são maioria. Jerome Delay/AP

80% dos refugiados em Dadaab são mulheres, crianças e idosos; elas não dizem onde estão filhos e maridos

Jamil Chade, enviado especial a Dadaab, no Quênia

DADAAB, FRONTEIRA ENTRE QUÊNIA E SOMÁLIA – No comando do êxodo de milhares de pessoas que fogem da fome, nenhum militar, político local ou ativista. Nos últimos meses, a retirada de famílias inteiras da Somália, cruzando um deserto, tem sido comandada por mulheres, na tentativa desesperada de salvar suas famílias. Os homens ficaram para trás, seja porque foram capturados para lutar na guerra ou porque ainda acreditam que precisam proteger suas propriedades e animais.

Dos 440 mil refugiados no campo de Dadaab, 80% são mulheres, crianças e idosos. Caminhar pelas ruas do acampamento é constatar a pouca quantidade de homens e o fato de que são as mulheres as responsáveis por garantir a sobrevivência de suas famílias.

Muitas rejeitam dizer onde estão seus filhos homens e seus maridos. Elas temem que, se contarem que estão lutando, serão alvo de retaliações por grupos dentro do próprio acampamento. (mais…)

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Moradores de campo de refugiados tentam recriar Mogadíscio

Jamil Chade/AEMesmo o lugar mais miserável do mundo tem um centro e uma periferia, ainda mais pobre

Jamil Chade, enviado especial a Dadaab

DADAAB, FRONTEIRA ENTRE QUÊNIA E SOMÁLIA – Mesmo no lugar mais miserável do mundo, existe um centro e uma periferia, ainda mais pobre. Oficialmente, o acampamento está lotado e desde 2008 o governo do Quênia garantiu que não abriria mais vagas. Mas isso não reduziu o número de refugiados chegando a Dadaab. Os que não encontram lugar lá – cerca de 70 mil pessoas – acabam montando suas próprias barracas em locais próximos ao acampamento.

Para obter água ou alimentos, precisam fazer longas caminhadas e, ao chegar nos locais de distribuição, sofrem a concorrência dos refugiados que legalmente são recebidos pela ONU.

Na periferia, a violência também é uma ameaça. As mulheres, sem nenhuma proteção e sem a presença de homens, são alvos constantes de agressões sexuais. Não existem escolas e os dois postos de saúde não conseguem atender a demanda. (mais…)

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Expulsos pela fome, somalis lotam campo

Jamil Chade, enviado especial a Dadaab

“Essa cidade não deveria existir”, diz Maira. A refugiada da Somália refere-se ao Campo de Dadaab, um verdadeiro testamento vivo da tragédia de toda uma região da África e, hoje, um certificado da falência da estratégia de combate à fome.

A reportagem do Estado está convivendo com os 440 mil refugiados que se amontoam no acampamento mantido pela ONU entre a fronteira da Somália e do Quênia. Considerado o maior campo de refugiados do mundo, Dadaab é resultado de guerras, miséria e agora da fome que atinge o Chifre da África.

Há alguns anos, a esperança da ONU era a de que uma solução começasse a ser dada aos refugiados que chegaram 20 anos atrás ao local. Mas a eclosão nos últimos meses de uma das piores ondas de fome em 60 anos na África enterrou esse plano. Desde o início do ano, 170 mil novos refugiados foram para Dadaab. Por dia, 1,5 mil pessoas chegam ao campo. (mais…)

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Líderes do MST são condenados em SP

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A celeridade com que a Justiça de Presidente Bernardes (SP) condenou, em primeira instância, quatro líderes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) impressiona. E contrasta com a tradicional lentidão dos processos contra empresários e empresas rurais.

Ontem, José Aparecido Gomes Maia, Valmir Ulisses Sebastião, Valmir Rodrigues Chaves e Aparecida de Jesus Pereira foram condenados a três anos de prisão em regime semiaberto por formação de quadrilha. A ação penal foi ajuizada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo.

Na sentença, o juiz Gabriel Medeiros afirmou que a luta pela terra é legítima, mas repudiou a forma com que o MST levou adiante as suas ações.

Foto: MST. http://www.zedirceu.com.br. Enviada por José Carlos.

 

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La crisis secuestrada, por Paul Krugman*

Les ha dejado la agitación de los mercados con una sensación de miedo? Bueno, pues debería. Está claro que la crisis económica que empezó en 2008 no ha terminado ni mucho menos.

Pero hay otra emoción que deberían sentir: ira. Porque lo que estamos viendo ahora es lo que pasa cuando la gente influyente se aprovecha de una crisis en vez de tratar de resolverla.

Durante más de un año y medio -desde que el presidente Obama decidió convertir los déficits, y no los puestos de trabajo, en el tema central de su discurso sobre el Estado de la Unión de 2010- hemos mantenido un debate público que ha estado dominado por las preocupaciones presupuestarias, mientras que prácticamente se ha hecho caso omiso del empleo. La supuestamente urgente necesidad de reducir los déficits ha dominado hasta tal punto la retórica que, el lunes, en medio de todo el pánico en las Bolsas, Obama dedicaba la mayoría de sus comentarios al déficit en vez de al peligro claro y presente de una nueva recesión.

Lo que hacía que todo esto resultase tan grotesco era el hecho de que los mercados estaban indicando, tan claramente como cualquiera podría desear, que nuestro mayor problema es el paro y no los déficits. Tengan en cuenta que los halcones del déficit llevan años advirtiendo de que los tipos de interés de la deuda soberana de EE UU se pondrían por las nubes en cualquier momento; se suponía que la amenaza del mercado de los bonos era la razón por la cual debíamos reducir drásticamente el déficit. Pero esa amenaza sigue sin materializarse. Y esta semana, justo después de una rebaja de calificación que se suponía que debía asustar a los inversores en bonos, esos tipos de interés en realidad se han hundido hasta mínimos históricos. (mais…)

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Minería, Maldesarrollo y Democracia

Maristella Svampa

“No daremos marcha atrás en la Ley de Minería, porque el desarrollo responsable de la minería es fundamental para el progreso del país. No podemos sentarnos como mendigos en el saco de oro”. (Rafael Correa, Presidente de Ecuador, 15.1.2009)

¿Por qué existe una gran oposición y rechazo social a la minería metalífera a gran escala en América Latina? ¿Será que los gobiernos, las grandes transnacionales mineras y su ejército de comunicadores no trasmiten correctamente las “ventajas” y “oportunidades” del nuevo modelo? ¿Será que las poblaciones involucradas están desinformadas y no están en condiciones de comprender el impacto que en términos de trabajo, progreso y desarrollo tendría la industria metalífera a gran escala, sobre todo en aquellas regiones pobres y relegadas de nuestra amplia geografía latinoamericana? Estos parecen ser los principales argumentos que repiten funcionarios, técnicos de las más variadas especies y, por supuesto, las grandes compañías mineras, que hoy buscan legitimar un modelo que genera cada vez más resistencias en gran parte del territorio latinoamericano.

Lejos de los ‘planteos’ implícitos en los discursos gubernamentales, los motivos de la oposición social a este tipo de emprendimientos mineros hay que buscarlos tanto en las características tecnológicas y económicas de los mismos, así como en las consecuencias sociales, ambientales y políticas que éstos generan. El elemento central que explica el pasaje de la minería ‘tradicional’ a la ‘moderna’, está dado por la escala de explotación y ésta obedece en realidad al progresivo agotamiento -a nivel mundial- de los metales en vetas de alta ley. (mais…)

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MG: Segurança de fazendeiro esfaqueia Quilombola em Brejo dos Crioulos

Na madrugada de hoje, 20 de agosto de 2011, por volta de uma hora da madrugada, no Território Brejo dos Crioulos, norte de Minas Gerais, local onde a comunidade luta pela conquista da sua Terra, o “segurança” Roberto Carlos Pereira do fazendeiro Raul Ardido Lerário, dono de um dos maiores latifúndios dentro do território, esfaqueou um Quilombola. Foram duas facadas em Edmilson de Lima Dutra (conhecido por Coquinho) que está em grave estado de saúde no hospital da cidade de Brasília de Minas. Roberto, foragido, há mais de 12 anos trabalha (sem registro) para o fazendeiro paulista Raul Ardido Lerário. Informações estas recebidas da Comunidade e do Cabo Ruan, da PM de São João da Ponte – BO número 1122 – REDS 2011-001486740-001.

Roberto andava armado e já tinha feito ameaças de morte aos moradores, inclusive a Zé do Mário. A historia dos empregados de Raul Ardido Lerário já é marcada pelo assassinato de Lídio Ferreira Rocha, há pouco mais de um ano, quilombola irmão de Francisco Cordeiro Barbosa – Ticão, vice presidente da Federação quilombola e liderança local. O assassino, João Borges, está com processo na justiça. (mais…)

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