Veneno à nossa mesa: Agrointoxicação e ‘vedação ocular’, artigo de Bruno Peron

Você desconfia de que parte dos alimentos que come podem acarretar danos graves e irreversíveis à saúde devido aos resíduos de agrotóxicos e fertilizantes químicos?

Especialistas advertem que o Brasil é um dos países mais agrointoxicados e que sua população padece de insegurança alimentar, uma vez que está contaminada mais de metade das cenouras, pimentões, uvas, pepinos e morangos que consumimos.

Ganhou notoriedade o tema da insegurança alimentar quando se temia a falta de alimentos para os brasileiros devido ao incremento das exportações. Agrega-se que, além do pouco remanescente, ainda compõem a mesa itens de procedência e qualidade duvidosas.

O Programa de Análise de Resíduos Agrotóxicos em Alimentos (PARA), criado em 2001 no âmbito da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), monitora o nível de agrotóxicos nos alimentos e elabora relatórios, cujas revelações são assustadoras e escabrosas.

A agência encontrou metamidofós em morango e alface, embora o pesticida seja proibido nestas culturas. Coíbem-se alhures certas substâncias químicas, como acefato, endossulfam e metamidofós, enquanto se as aplica irregularmente no Brasil em cultivos de alface, arroz, batata, laranja, tomate porque falta fiscalização, por um lado, e ética dos produtores, por outro. (mais…)

Ler Mais

O decrescimento e os limites da Terra, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

Esta frase já foi escrita e reescrita ao longo da história. Ela traz duas tendências conflitantes: por um lado os limites da Terra tendem a interromper o crescimento econômico, mas novas tecnologia tendem a expandir os limites da presença do ser humano no Planeta.

De fato, a inventividade humana tem prolongado constantemente os limites naturais do planeta. A humanidade se expandiu quando passou da coleta extrativista para a economia agrícola e para a domesticação de animais. Depois deu outro grande salto quando iniciou a Revolução Industrial e expandiu a tecnologia e o domínio de novas fontes de energia. Já tivemos a primeira, a segunda e a terceira Revolução Industrial, com grandes avanços na ciência e tecnologia.

A população passou de cerca de 1 bilhão de habitantes em 1800 para 7 bilhões em 2011. Segundo a projeção média da divisão de população da ONU, poderemos chegar a 10 bilhões em 2100. Com novas tecnologias e a produção de mais alimentos poderíamos ter uma população vivendo mais tempo e com melhores condições de vida durante o século XXI. Ou seja, os limites da Terra não são fixos e, em tese, podem ser expandidos. (mais…)

Ler Mais