Assembleia Negra e Popular: Organizações sociais construindo estratégias conjuntas de articulação na Bahia

Com a presença de 35 organizações e movimentos sociais que atuam na região metropolitana de Salvador e interior da Bahia, realizou-se no dia 02 de maio de 2011, na sede da AATR, uma reunião em que essas organizações e movimentos sociais expressaram os desafios que unanimemente sentem na atual conjuntura compartilhada e resolveram unificar suas lutas. Assim, no 13 de Maio, DIA NACIONAL DE DENÚNCIA CONTRA O RACISMO, haverá uma mobilização (programação abaixo) que terá quatro eixos como foco do debate:

  1. A luta contra o racismo e por justiça no estado e no país, desvendando engodos e hipocrisias, sempre atualizados, dos discursos oficiais da data de 13 de maio e denunciando sobretudo o Genocídio da Juventude Negra, o Racismo Instititucional e Ambiental, a ADI 3239 do DEM contra os Quilombolas no país e a tentativa de desconstituição das Ações Afirmativas;
  2. A defesa da luta pela terra com Reforma Agrária por parte de todas as camadas populares rurais em seus territórios no campo, denunciar o uso excessivo de agrotóxicos, Contra o Latifúndio e pela Soberania Territorial e Alimentar no país, Pelo Limite da Propriedade da Terra;
  3. Luta contra os retrocessos do Sistema Ambiental na Bahia e no país, sobretudo o debate sobre o Código Ambiental, a Questão das Mineradoras no país e dos mega empreendimentos como as Usinas Nucleares e de Belo Monte, todos estabelecendo conflitos diretos com os Territórios indígenas, quilombolas e demais Povos e Comunidades Tradicionais causando risco e afetando a vida da População como um todo;
  4. Luta por uma política pública construída com participação e democracia reais , incluindo a Defesa dos Territórios nas cidades que sofrerão com os impactos sócio ambientais dos Megaprojetos da Copa 2014 defendidos pelo governo em parceria com o Capital Imobiliário. (mais…)

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Vídeo-reportagem homenageia Clementina de Jesus: Rainha Quelé

Observação deste Blog: seria fundamental que tanto este vídeo sobre Clementina como o anterior, sobre João do Vale, fossem de alguma forma disponibilizados para ganharam a merecida visibilidade à homenagem que ambos sem dúvida merecem. E para que, como é dito no informe abaixo, brasileiras e brasileiros que não tiveram a oportunidade de conhecê-los venham a fazê-lo. TP.

Pré-estréia será em sessão ao ar livre e gratuita no interior do Rio de Janeiro

Passados mais de sessenta anos de uma existência longe dos palcos, longe das mídias e talvez sem que ela nem sequer tivesse sonhado que isto seria possível, pelas mãos de Hermínio Bello de Carvalho veio à tona com sua voz rascante, gutural, quase um grito. Abalou as estruturas musicais. Era uma senhora, negra, pobre, dona de casa e empregada doméstica que passou a cantar com João Bosco, Pixinguinha, Paulinho da Viola. Das incelenças, pontos e jongos aos sambas dissonantes e sofisticados, tudo, na voz de Clementina de Jesus, ganhou outra cor: a cor da terra afro-brasileira e sua memória ancestral.

Inexplicavelmente, quase não se fala mais em Clementina de Jesus. Fatores múltiplos convergem para este silêncio: desinteresse do público ou pura ignorância (no sentido daquilo que se ignora, porque não se conhece); inviabilidade comercial alegada pelas gravadoras, esclarecendo-se qualquer confusão que se faça entre o que é cultura e o que é mercado, porém como se só fosse possível se entender a cultura pela lógica do mercado; além de impasses com direitos autorais, em contraponto com um direito nacional – o de se entender o passado brasileiro. Deste modo, fica nublada, mais uma vez, pelo véu do esquecimento, uma dentre as passagens mais poéticas e significativas da musicalidade brasileira e uma das mais contundentes presenças da negritude na construção da nossa identidade, Clementina de Jesus. (mais…)

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RS – Movimento Negro Quilombola fará Encontro de Mobilização e Fortalecimento amanhã, 11

Com objetivo de construir uma a agenda de reivindicações em defesa dos direitos das Comunidades Remanescentes de Quilombo e garantia da regularização e titulação de suas terras com desenvolvimento sustentável o Movimento Negro Quilombola realizará  “Encontro de Mobilização e Fortalecimento do Movimento Negro Quilombola” amanhã, 11, em Porto Alegre.

O Rio Grande do Sul hoje tem 175 Comunidades Remanescentes de Quilombolas identificadas. A maioria está situada em área rural, e desenvolvem agricultura de subsistência ou trabalham como subempregados nas grandes propriedades do entorno ou nas cidades vizinhas. Vivem em situação precária e enfrentam as mais diversas dificuldades, como escassez de alimentos, desemprego, moradia, saneamento básico, acesso à educação e saúde entre outros.

Para ampliar o debate e construir alternativas de superação dos graves e agudos problemas enfrentados pelas Comunidades Remanescentes de Quilombos rurais e Urbanos, o Movimento Negro e Quilombola construiu uma agenda de mobilização e debates de enfrentamento às violações que eles vêm sofrendo, assim fortalecendo a articulação das organizações negras e quilombolas e ampliando a rede de apoio a luta e defesa dos direitos das referidas Comunidades, especialmente o direito à terra. (mais…)

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