‘A sociedade mediatizada não é uma sociedade feliz”. Entrevista especial com Ciro Marcondes Filho

Um imperativo irreal e cruel diz às pessoas que elas devem estar constantemente “disponíveis” através das novas tecnologias, caso contrário estão mortas, ou se tornaram jurássicas. Essa sociedade mediatizada está longe de ser feliz, alfineta o jornalista Ciro Marcondes Filho na entrevista que concedeu por e-mail à IHU On-Line. “A vida na web depende da submissão do usuário à ditadura da conexão permanente; o sofrimento e a depressão de cada um se constroem pela pouca quantidade de visitas à sua página no Facebook”.

A respeito dos jornalistas frente a esse quadro de verdadeiro desespero por conexão e atualidade ininterruptas, provoca: “Quando os homens se submetem à máquina, eles desaparecem nela, ela os devora. Quando eles se colocam numa distância crítica, têm chance de ver além do horizonte técnico e reagir a ele, sobrevivendo”.

Ciro Marcondes analisa, ainda, os desafios da profissão de jornalista em nossos dias: “estamos diante de um novo jornalismo, mas não diante de uma nova comunicação”, e completa: “o jornalista não tem escolha: ou se transforma ou morre. Uma sociedade pode sobreviver sem jornalistas, mas isso será trágico. Será uma sociedade de shopping centers globais, onde só serão aceitas regras pasteurizadas e ascéticas de convivência, onde a vida será mantida artificialmente, onde qualquer reação mais humana será perseguida por ser perigosamente subversiva”. (mais…)

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Deu a louca? Não, são os Bolsonaros e Felicianos tirando a máscara!

Maria José Cotrim

Pastor Marco Feliciano e Jair Bolsonaro se revelaram: são racistas!E não fazem questão de esconder saem por aí um dizendo na TV e outro no twitter, microblog acessado por um público considerável.

Deputados eleitos pelo povo que deveriam defender os direitos iguais saem falando asneiras totais sem preocupação e ainda tem gente que diz que não existe racismo em nosso país.O Marco Feliciano disse que conhece  a bíblia e que os negros são amaldiçoados e ainda tem coragem de se declarar afrodescendente. É muita cara de pau!

Deu a louca nos caras? Não…estão cheios desses aí, eles apenas são dois de tantos que volta e meia arrotam de maneira vergonhosa declarações que mostram o quanto ainda é necessário conscientização de um conceito tão básico em nossa sociedade: a igualdade. (mais…)

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Márcio Thomaz Bastos assume defesa da política de cotas raciais

Por Suzana Varjão

Um dos mais destacados juristas brasileiros, Márcio Thomaz Bastos acaba de ser admitido como defensor da política de reserva de vagas para negros nas unidades de ensino superior do País. Ao adotar o sistema de cotas, a Universidade de Brasília (UnB) foi contestada pelo Partido Democratas (DEM), que ajuizou ação no Supremo Tribunal Federal (STF), arguindo a inconstitucionalidade da medida. O ex-ministro da Justiça pediu para ser ouvido sobre o assunto no STF, que acatou a solicitação.

A UnB decidiu adotar o sistema de cotas em 2004, porque “a universidade brasileira é um espaço de formação de profissionais de maioria esmagadoramente branca”, e, “ao manter apenas um segmento étnico na construção do pensamento dos problemas nacionais, a oferta de soluções se torna limitada”, como registrado no site da instituição. Entretanto, o DEM entrou com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), alegando violação de princípio constitucional.

AMICUS CURIAE – A ADPF 186 está para ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal, mas a Associação Nacional dos Advogados Afrodescendentes (ANAAD), representada, gratuitamente, pelo escritório de Márcio Thomaz Bastos, solicitou a admissão formal de sua intervenção no processo, na qualidade de Amicus Curiae. Um dos principais articuladores da estratégia, o presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), advogado Eloi Ferreira de Araujo, comemorou o deferimento do pedido. (mais…)

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Mudança na Vale é evidência de uma onda nacionalista

A demissão de Roger Agnelli da presidência executiva da gigante da mineração Vale SA, sob pressão do governo brasileiro, é a mais recente de uma série de medidas de governos de países emergentes para intervir nas altamente lucrativas e cobiçadas produtoras de recursos naturais de seus países.

Algumas dessas medidas incluíram a rejeição dos esforços de empresas estrangeiras para adquirir participações substanciais em empresas locais de mineração e de produção de recursos naturais. Grandes mineradoras que buscaram aquisições mundiais, como a BHP Billiton, a Rio Tinto e a Xstrata PLC, não quiseram comentar a mudança no comando da Vale, em que a presidente Dilma Rousseff forçou a saída de Agnelli. As grandes mineradoras afirmaram apenas que não preveem que a mudança na Vale altere seus planos de expansão, que já levam em conta a onda crescente de nacionalismo e os esforços dos governos para aumentar seus impostos.

De fato, muitas mineradoras estão recuando ou reduzindo o tamanho das aquisições no exterior para evitar medidas defensivas dos governos. Em alguns casos, elas estão abandonando projetos gigantescos de exploração, que são caros e podem acabar beneficiando mais os governos locais que os acionistas ou clientes. (mais…)

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MPF recomenda que UFMT implante sistema de cotas

Sistema foi aprovada pela própria instituição de ensino, em 2003, mas é descumprido

RAFAEL COSTA

A  Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) deverá implantar, nos próximos vestibulares, o sistema de “sobrevagas” para o acesso de negros pobres, brancos pobres e índios ao ensino público superior em Mato Grosso.

A única forma de ingresso na instituição é a média da nota obtida no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), no qual o candidato pode concorrer em qualquer Estado pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada).

Trata-se de uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), para que seja imediatamente aplicada a resolução nº 110 do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Consepe), aprovada em 10 de novembro de 2003. (mais…)

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Secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia se reuniu com a comunidade indígena Tupinambá

Babau e o Secretário Almiro

O Secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia, Almiro Sena, se reuniu neste dia 07 de abril de 2011, com a comunidade indígena Tupinambá de Olivença e outros segmentos da sociedade regional do sul da Bahia.

O evento com as lideranças indígena ocorreu na comunidade da Serra do Padeiro, a partir de uma solicitação do cacique Babau, quando de sua vista ao Secretário em Salvador na última semana de março. Fizeram-se presentes vários cacique do povo Tupinambá e uma quantidade significativa de lideranças, além da cacique Ilza e lideranças do povo Pataxó Hã-Hã-Hãe. Também estava presente o coordenador de políticas para os povos Indígenas do Estado da Bahia, Jerry Matalawê e Nádia Caua, da coordenação de cultuar do Estado. Luís Titiah esteve presente pela Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo e como membro da Comissão Nacional de Política Indigenista.  A Prefeitura de Buerarema se fez representar pelo prefeito Mardes Monteiro e do Secretário de Agricultura, Gildásio. O administrador regional da Funai, Antonio Paes e o chefe da Coordenação Técnica Local de Ilhéus, Nicolas Melgaço alem dos servidores Cornelius e Rebeca. (mais…)

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No massacre de Realengo, as meninas foram alvo de violência

Rede contra Violência

Campanha Ponto Final na Violência contra as Mulheres e Meninas alerta, em denúncia pública, para o crescente feminicídio no País.

Há cerca de 15 dias a Campanha Ponto Final na Violência contra as Mulheres e Meninas fez uma denúncia pública na qual alertava a população e autoridades brasileiras para os altos índices de assassinatos de mulheres no Brasil e suas semelhanças com o feminicídio – assassinato de mulheres por motivo de gênero. Nesta quinta feira, 7, o Brasil amanheceu estarrecido com o massacre de 11 crianças (10 meninas e um menino) e outras 13 que ficaram feridas (10 meninas e três meninos), a maioria na faixa etária de 12 a 14 anos, vítimas de jovem com aparentes sinais de transtorno mental que agiu na Escola Municipal Tasso Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro.

O número expressivo de meninas, mostrou a preferência do alvo do atirador, comportamento revelador de uma sociedade com um legado patriacal, sexista, racista e homofóbico. Uma vez que a semana, além do Massacre do Realengo, chega ao seu final com a revelação nas páginas policiais do assassinado da estudante Adriele Camacho de Almeida, 16 anos, na Cidade de Cassilândia, no Mato Grosso do Sul – um dos estados com maior índice de mortes de mulheres – O crime, para a polícia, teve motivação homofóbica. (mais…)

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Samuel Vida – ativista do movimento negro e jurista

Por Victor Carvalho

Coluna Justiça: Dr. Samuel Vida, o senhor pode fazer uma breve consideração a respeita da sua trajetória como jurista e no Movimento Negro?
Samuel Vida:
Eu sou ativista do Movimento Negro desde meados dos anos 80 quando na adolescência eu me integrei aos movimentos sociais, tendo participado de várias entidades e atuado em vários momentos durante esse período. Atualmente eu integro uma organização negra chamada AGANJU, que é um dos nomes de Xangô, portanto uma referência a tradição de matriz africana, e ao mesmo tempo é uma sigla: Afro-Gabinete de Articulação Institucional e Jurídica. Essa organização trabalha basicamente com o eixo Direito e Relações Sociais, incluindo aí também a questão das políticas públicas. Na esfera acadêmica eu integro o corpo docente da Universidade Federal da Bahia e da Universidade Católica de Salvador há mais de 10 anos. Além das matérias de ensino, eu desenvolvo pesquisa na área de Direito e Relações Sociais, pesquisa de recorte jurídico realizada em vários domínios: racismo ambiental, a questão dos direitos dos quilombolas, a questão do espaço urbano e as relações raciais, além das questões tradicionais do crime de racismo e do crime de intolerância religiosa. (mais…)

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Celso Amorim: Brasil superou o complexo de vira-lata

Em palestra a estudantes de Relações Internacionais, em Porto Alegre, o ex-chanceler disse que não vê “diferenças profundas nem superficiais” entre a política externa do governo Dilma e a do governo Lula. Celso Amorim apontou o conceito de desassombro como uma das razões do sucesso da política externa brasileira nos últimos anos. Segundo ele, o Brasil parou de ter medo da própria sombra e superou o complexo de vira lata cultivado por alguns setores da sociedade. O Brasil pode e deve influenciar os assuntos globais, acrescentou, destacando as mudanças dramáticas que estão ocorrendo no Oriente Médio e na África.

Marco Aurélio Weissheimer

PORTO ALEGRE – O sucesso da política externa brasileira nos últimos anos deve-se à presença forte do presidente Lula, à constelação política que se formou no país e também a uma atitude de desassombro, no sentido etimológico da palavra, ou seja, uma atitude de não ter medo da própria sombra. O Brasil deixou de ter medo da própria sombra. Foi assim que o ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, definiu a política externa implementada pelo país nos últimos oito anos. O chanceler que percorreu o mundo ao lado do presidente Lula falou para um auditório lotado de estudantes de Relações Internacionais – em sua maioria -, na tarde desta quinta-feira (7), na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). (mais…)

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Relatório brasileiro é favorável à poda sustentável na Amazônia

EFE

A poda sustentável de árvores na Amazônia para a extração de madeira poderia gerar ao país receita anual de US$ 6 bilhões (R$ 9,5 bilhões) e 170 mil empregos, segundo estudo encomendado pelo Ministério da Fazenda brasileiro.

Além de garantir a preservação a longo prazo e de gerar renda e emprego para os habitantes da Amazônia, o chamado manejo florestal sustentável se transformaria em uma atividade econômica de utilidade para o Brasil, diz o documento.

Apesar de o relatório não ter sido publicado, suas conclusões foram citadas em Belém pelo diretor do SFB (Serviço Florestal Brasileiro), Antônio Carlos Hummel, para defender a rapidez na concessão de áreas da selva a madeireiros interessados em explorá-las de forma sustentável e combater a devastação sem controle. (mais…)

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