Audiência pública discutirá permanência de sateré-mawé em vila no interior do Amazonas

Audiência pública marcada para esta quinta-feira, dia 31, às 9h, na Escola Municipal Maria de Fátima Fernandes Barreto, localizada na Vila do Ariaú, no quilômetro 36 da Rodovia Manoel Urbano (AM 070), vai discutir o futuro de 13 famílias indígenas sateré-mawé.  A Vila fica localizada no município de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus).

Os indígenas lutam pela permanência na terra onde vivem há quase 20 anos e temem ser forçados a deixar o local, por conta de uma ação movida pela administração da Vila do Ariaú.

A audiência pública foi convocada pela Câmara Municipal de Iranduba acompanhada de um abaixo-assinado dos moradores, que discutirão a situação das famílias da Aldeia Sahu-apé, sob alegação de que os indígenas estão em conflito com não-indígenas.
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Rio de Janeiro recebe pela primeira vez o globale

Afinal de contas, o que é globalização? Como estamos inseridos nela? Diante de tantas dúvidas sobre o tema e com o objetivo de promover filmes e debates em torno da questão, o festival globale aterrissa no Rio de Janeiro prometendo esquentar a discussão. O globale foi criado na Alemanha em 2003 e hoje se faz presente em mais dois países – Uruguai e Polônia. Sua primeira edição carioca levará o nome de globale Rio 2011 e será realizada entre os dias 22 e 30 de agosto. O evento tem a proposta de exibir obras audiovisuais – de gênero e formato livres – em salas de cinema, escolas, universidades, centros culturais e cineclubes, em diferentes pontos do grande Rio.

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Lutar não é Crime! Contra a Criminalização das lutas sociais – Nenhuma Condenação Contra Gegê

Herança da Ditadura

Reproduzimos aqui matéria do BLOG Lutar Não é Crime, sobre debate realizado em São Paulo, sobre a criminalização dos movimentos sociais no Brasil, com a presença do Coordenador da CMP Brasil, Companheiro Gegê, que vai a Juri nos dias 4 e 5 de abril. Desde já nossa mobilização para garantir a liberdade do companheiro. Central de Movimentos Populares – RJ.

 

Movimentos sociais e estudantes compareceram em peso na Faculdade São Francisco da USP e ocuparam a Sala dos Estudantes onde aconteceu o debate Criminalização da Luta Política na Ditadura e na Democracia, realizado pelo Centro Acadêmico XI de Agosto na terça-feira (15/03), em apoio ao Comitê Lutar Não é Crime. 

Na mesa de debates, composta pelo ex ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, pela ex presa política e membro da União de Mulheres de São Paulo, Amelinha Teles, e pelo líder do Movimento e Moradia do Centro (SP), Luiz Gonzada da Silva, o Gegê, predominou a avaliação de que no atual estágio da democracia brasileira permanecem os mecanismos e a lógica de repressão utilizados pelo regime militar. “A cultura e a prática da repressão ainda são da ditadura”, afirma Amelinha. (mais…)

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Delegacia especializada para intolerância

O deputado Átila Nunes, autor da proposta que cria a Decradi no Rio de Janeiro. Foto: Alerj
O deputado Átila Nunes, autor da proposta que cria a Decradi no Rio de Janeiro. Foto: Alerj

 

Por Thiago Ansel

Por 45 votos a dois, a Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou, no último dia 22, a proposta que institui a criação da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi-RJ). A decisão transforma em lei um projeto que antes havia sido vetado pelo governador Sérgio Cabral. A nova especializada do Rio – que já existe em São Paulo desde 2006 – tem entre suas funções registrar, investigar, abrir inquéritos e cuidar de outros procedimentos policiais em casos de intolerância e discriminação. A Decradi também vai colocar à disposição uma linha 0800 para denúncias destes crimes.

O autor da proposta, deputado Átila Nunes (PSL), afirmou que a grande incidência de delitos de intolerância no Rio foi o que motivou a criação da Decradi-RJ. “Sobretudo, os casos de intolerância religiosa no estado atingiram índices alarmantes nos últimos três anos. Os ataques verbais tornaram-se ataques físicos. Os crimes de racismo continuam a ser denunciados. Outros tipos de intolerância vêm surgindo: contra os obesos, o bulling e o cyberbulling, por exemplo”, explica Nunes.

Nunes conta ainda que mesmo diante de tamanha freqüência de crimes de intolerância no Rio, a Decradi só foi instituída no estado cinco anos depois de ter sido criada em São Paulo, por conta de entraves políticos. “Esse projeto foi elaborado há quatro anos e tramitou até hoje, em razão da reação contrária dos deputados evangélicos da Alerj, que repudiam a idéia de uma delegacia que venha punir os fanáticos das seitas eletrônicas que perseguem os seguidores dos cultos afro brasileiros. Tanto é que muitos destes políticos se abstiveram”, revelou o deputado.
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Contra a intolerância

Editorial do Observatório de Favelas

A ONU declarou 2011 o “Ano Mundial dos Afrodescendentes” e parece que o tema é realmente atual, ao contrário do que desejam alguns. Logo após a visita do presidente dos Estados Unidos Barack Obama ao Brasil, aconteceu um encontro entre brasileiros e norte-americana para discutir o Plano de Ação Conjunta Brasil-Estados Unidos para a Promoção da Igualdade Étnica e Racial. Isso aconteceu dia 21 de março, Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial.

No dia seguinte (22), a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou a proposta que institui a criação da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi-RJ). A aprovação transforma em lei a especializada que existe em São Paulo desde 2006 e que havia sido vetada pelo governador Sérgio Cabral.

Finalmente, hoje e amanhã (31), na Universidade de Brasília (UNB) acontece o seminário “Racismo, Igualdade e Políticas Públicas”. O evento tem como objetivo discutir o racismo a partir da perspectiva das políticas públicas para seu enfrentamento. (mais…)

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Seis anos de Chacina da Baixada

A caminhada em 2009: em nenhum dos seis anos a chacina deixou de ser lembrada. Foto: Márcia Floreto / O Globo
A caminhada em 2009: em nenhum dos seis anos a chacina deixou de ser lembrada. Foto: Márcia Floreto / O Globo

Por Thiago Ansel

Nesta quinta-feira (31), familiares e amigos das vítimas da Chacina da Baixada, juntamente com movimentos e organizações de defesa dos direitos humanos, farão uma caminhada em memória do sexto ano do massacre. O crime entrou para história como a maior chacina do estado do Rio de Janeiro. As execuções aconteceram em 2005, quando policiais militares percorreram de carro as ruas dos municípios de Nova Iguaçu e Queimados, disparando contra pedestres. Pelo caminho os policiais deixaram 29 mortos e um ferido. Entre as vítimas fatais oito crianças e sete adolescentes.

“A passeata é uma lembrança para que o que aconteceu não fique esquecido. A mídia já esqueceu, as autoridades já esqueceram. Então, além de uma homenagem às vítimas é uma forma de dizer que ainda estamos na luta e que esta luta não é só nossa. Qualquer um, qualquer pessoa de qualquer família pode ser vítima”, diz uma das organizadoras do evento, Luciene Silva. Ela é mãe de Rafael Silva Couto, morto aos 17 anos no massacre. (mais…)

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O que estão escondendo em Fukushima?

Parte final do reator é uma floresta de alavancas, fios e canos.

O especialista japonês Hirose Takashi propõe a solução sarcófago para Fukushima, enterrar tudo sob cimento, como se fez em Chernobyl. Para ele, Tóquio e Osaka correm um perigo real. Ele critica o comportamento do governo e dos meios de comunicação que não estariam informando à população da gravidade real do problema em Fukushima. “Todo mundo sabe quanto tempo demora um tufão a passar pelo Japão; geralmente leva uma semana. Isto é, com um vento de 2m/s, pode levar cinco até que todo o Japão fique coberto de radiação. E não estamos a falar de distâncias de 20 ou 30 km, mas sim de 100 km. Significa, Tóquio, Osaka”, adverte Takashi.

Douglas Lummis – Counterpunch

Hirose Takashi escreveu uma prateleira de livros, a maioria sobre a indústria da energia nuclear e o complexo militar-industrial. O seu livro mais conhecido é provavelmente “Nuclear Power Plants for Tokyo” no qual ele leva a lógica dos promotores da energia nuclear à seguinte conclusão lógica: se têm tanta certeza de que as centrais nucleares são seguras, porque não construí-las no centro da cidade em vez de a centenas de quilômetros, perdendo metade da electricidade pelos cabos condutores?

De certa forma, deu a entrevista, que está parcialmente traduzida em baixo, contra os seus impulsos. Hoje, falei ao telefone com ele (22 de março de 2011) e disse-me que, embora fizesse sentido apoiar a energia nuclear naquela altura, agora que o desastre começou, ele ficou calado, mas as mentiras que estão contando na rádio e na TV são tão flagrantes que tinha de falar.

Traduzi apenas o primeiro terço desta entrevista, a parte que diz respeito ao que está a acontecer nas centrais de Fukushima. Na última parte, ele falou sobre o quão perigosa é a radiação em geral, e também sobre o perigo contínuo causado pelos terramotos. (mais…)

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Carta de Dona Célia, da Dandara, ao receber a Comenda da Paz Chico Xavier

Dia 18 de março de 2011, eu recebi uma noticia que me fez refletir como é bom e importante ser cidadã. Frei Gilvander me disse que eu ia receber a Comenda da Paz Chico Xavier dia 25 de março lá em Uberaba, MG. Recebi a medalha feliz da vida. Eu nunca tinha posto o pé num avião. Fui a Uberaba de Avião. Gostei. Não senti medo.

Voltei um pouco no meu passado e recordei como foi difícil superar tantas dificuldades. Fui abandonada pelo esposo que eu confiava, traída e largada em um lugar aonde eu não conhecia ninguém. Foi difícil cuidar de três filhos. Fui para o Rio de Janeiro com o sonho de melhorar a vida e ganhar uma casa própria, mas lá não consegui nada. Cheguei a pesar 35 quilos.

Chegando a Belo Horizonte, MG, fui morar na casa do meu pai. Fiz um longo tratamento de saúde. Quando eu estava quase curada comecei a catar latinha, papel etc, para ajudar nas despesas. Nunca desistir de sonhar, pois ainda teria uma causa para terminar: criar meus filhos. Morei de favor até chegar à Comunidade Dandara. (mais…)

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Algumas reflexões sobre mudanças climáticas

Por Gilberto Vieira dos Santos

Tendo como lema “Com a Mãe Terra recriar o ambiente da vida”, realizou-se em Luziânia (GO), o II Simpósio Mudanças Climáticas e Justiça Social. O evento que aconteceu entre os dias 14 e 16 de março foi promovido pelo Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social, organização que tem o papel de articular as pastorais sociais da CNBB, movimentos sociais e entidades da sociedade civil no intuito de “disseminar informações, gerar consciência crítica e mobilizações da cidadania, visando contribuir no enfrentamento das causas estruturais do aquecimento global que provoca Mudanças Climáticas em todo o planeta Terra”.

O Fórum tem realizado diversos seminários e encontros nas grandes regiões do Brasil para debater e amadurecer enfrentamentos ao fato que pouco negam: o planeta está aquecendo e as consequências, muitas já sentidas, tendem a atingir em breve populações pelo mundo todo.

Embora já tenha sido publicado um manifesto e uma Carta Compromisso elaborada a partir dos temas debatidos pelos mais de cem participantes, creio que é sempre interessante um olhar sobre este tema, para o qual espero contribuir. Tentarei fugir do estilo “relatório”, já que não é este o objetivo aqui.
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México – Congreso Nacional Indígena en Mezcala

REALIZACIÓN: ARTURO GUILLÉN Y DIANA SÁNCHEZ

Mezcala, Jalisco. Amenazas de empresas mineras en Wirikuta, territorio sagrado wixáritari, y en la Montaña de Guerrero. Construcción impuesta de carreteras en Durango y Jalisco. Proyectos turísticos aquí en Mezcala. Masiva invasión de empresas aguacateras en Cherán, Michoacán. Instalación de campos eólicos en el Istmo de Tehuan tepec, Oaxaca. Éstos son algunos de los incontables proyectos de despojo y destrucción contra las comunidades indígenas de México. Además, la represión —que incluye el asesinato, la desaparición forzada y el desplazamiento. (mais…)

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