As Grandes tragédias Humanas tem como responsáveis a corrupção e a ganância

Por: Reginaldo Bispo

As enchentes e os desbarrancamentos de encostas em muitos estados, especialmente no Rio de Janeiro, são tragédias anunciadas e previsíveis por meios técnicos e científicos, mas que se repetem anos após anos, resultando em perdas humanas e materiais evitáveis, sem que as autoridades (Ir)responsáveis se importem com elas.

Nessa hora  a mídia sensacionalista, fazendo de conta que informa, fazem circo com a desgraça dos cidadãos que tiveram a infelicidade de construir suas moradias precárias, no lugar que lhes restou, devido ao pouco caso do poder publico. Palpiteiros de toda ordem e calibres, políticos, especialistas, jornalistas e intelectuais, tentam aparecer com suas frustrantes constatações: Era possível prever e evitar a catástrofe. Porque não disseram ou fizeram nada antes?

Desta feita, apesar da maioria ser os mesmos de sempre, a desgraça se deu em terras de príncipes e princesas, atingindo também a fidalguia e a burguesia. Talvez por isso, tenha algum impacto, sendo tratado pelo poder publico com maior empenho e respeito, do que quando as vitimas são apenas favelados, negros pobres e trabalhadores. Mas quanto tempo vai ser preciso para que as elites políticas e econômicas, passem a reconhecer que esse pais é de todos e todos? Quando o povo vai exigir de acordo com  a constituição, os mesmos direitos, deixando de cultuar ídolos salvadores da pátria?

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Prefeitura e Governo do Estado voltam a alagar a região do Pantanal da Zona Leste

Assim como no ano passado, a prefeitura vai aproveitar o desespero das famílias para expulsá-las de suas casas a troco de bolsa-alugue LIMPAR a região do Pantanal da Z/L – uma parte não tão divulgada do projeto “Cidade Limpa” é esta higienização da cidade.

Assim como no ano passado, a prefeitura vai aproveitar o desespero das famílias para expulsá-las de suas casas a troco de bolsa-alugue LIMPAR a região do Pantanal da Z/L – uma parte não tão divulgada do projeto “Cidade Limpa” é esta higienização da cidade. O objetivo de retirar as famílias pobres da várzea do Tietê é construção do Parque Linear Várzeas do Tietê (do Governo do Estado). É que a região, próxima ao areoporto, fica no caminho dos turistas para a Copa do Mundo, e tem que estar agradável aos olhos dos turistas e da imprensa mundia até 2014.

Então, parecendo aproveitar a tragédia no Rio, quando todas as atenções estão voltadas para o resultado de anos de descaso nesse Estado, o Governo do Estado de São Paulo abriu violentamente as barragens do Alto Tietê e alagou repentinamente a região do Pantanal da Z/L.
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Os desafios do indigenismo brasileiro hoje. Entrevista especial com Mércio Gomes

Para Mércio Gomes, a política indigenista atual vive uma situação de anomia. Em entrevista concedida por email à IHU On-Line, Mércio avalia a situação dos povos indígenas brasileiros e a politização em torno das decisões sobre o futuro e o destino dos índios no país. “A anomia não acomete só o órgão indigenista e sua incapacidade de diálogo, mas os próprios indígenas que se sentem lesados e abandonados pelo descaso das autoridades e não sabem o que fazer para encontrar seu próprio caminho diante das dificuldades atuais. No ano passado mais de 500 índios acamparam diante do Ministério da Justiça durante seis meses para protestar contra o Decreto 7506 e pedindo a destituição da atual direção da Funai. Debalde, no pouco que foram ouvidos foram ignorados nas suas demandas”, exemplificou.

Mércio Pereira Gomes é professor de Antropologia, com doutorado pela Universidade da Florida (EUA). Leciona na Universidade Federal Fluminense. Trabalhou com o antropólogo, político e educador Darcy Ribeiro, de quem foi subsecretário de Planejamento da Secretaria Especial de Projetos e Educação, no governo do Rio de Janeiro (1990-1994), tendo ajudado a planejar e construir os famosos Centros Integrados de Educação Pública. Foi presidente da Funai entre setembro de 2003 a março de 2007, durante o governo Lula. Confira a entrevista.
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Abaixo assinado Pela liberdade de expressão e o direito à informação, contra a perseguição ao Wikileaks, ao FALHA de S.Paulo e ao CMI

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A internet traz um enorme benefício para a liberdade de expressão e articulação de uma sociedade civil transnacional, mas essa facilidade de compartilhamento de conhecimento, bens culturais e opiniões tem incomodado setores conservadores. Quando a liberdade provoca as instituições e os podres poderes, ela passa a ser tratada como um valor menor e os incomodados, em vez de se mudar, ficam e deixam evidente sua natureza arcaica e violenta.

Forja-se uma aliança contra o anonimato e a circulação livre de informação. Azeredo, Hadopi, Zapatero x Wikileaks. Temos o direito de acessar o entendimento dos governos sobre o que somos e o que fazemos. De conhecer a visão dos operadores do império que filtram e dirigem a ação do mais poderoso governo do planeta e também de seus satélites informacionais na Europa, na América, na Ásia, na Oceania, na África. Nenhuma informação divulgada pelo Wikileaks estava em segredo de justiça nem afeta cidadãos comuns nem representa crime contra a honra. Todas elas estariam disponíveis a qualquer cidadão dos Estados Unidos pelo “Freedom of Information Act”.

Mas o caráter revolucionário da verdade inquieta os que não se beneficiam dela. O que jamais foi dito nem nunca deveria ser exibido está na nossa mão, em servidores espelhados e espalhados, que já não poderão tomar. A liberdade, a transparência e a democracia, então, equilibram-se na corda bamba. Na Suécia, acusações de crimes são usadas para tentar calar Julian Assange. Nos Estados Unidos, o governo busca um crime pelo qual acusá-lo e ameaça: ler ou comentar os documentos vazados pelo Wikileaks são motivos para cidadãos não conseguirem empregos no governo federal. Na França, Sarkozy persegue jovens que compartilham arquivos digitais e trocam bens culturais sem pedir licença. (mais…)

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DEBATE – Direitos Indígenas versus Estado brasileiro: conquistas e caminhos

Nos últimos 200 anos, os povos indígenas foram os mais afetados pelo capitalismo, marcado pelo avanço do agro-negocio em suas terras, o que pode ser constatado em pesquisa realizada recentemente pela ONU, onde é revelado ao mundo o que os/as indígenas sabem desde o nascimento, que os indígenas são os povos mais pobres do mundo, pobreza como resultado da invasão e expulsão de suas terras tradicionais, ocasionando o grande aumento da população indígena em aglomerados urbanos como Grande São Paulo e Rio de Janeiro, abrindo espaço para as monoculturas, hidrelétricas, empreendimentos imobiliários e rodovias.

O resultado mostrado pela pesquisa é apenas um dos vários agravos cometidos contra estes povos. Além da pobreza extrema, os povos indígenas são discriminados e criminalizados diariamente, sofrem todo e qualquer tipo de violência, inclusive tortura, como as que sofreram as lideranças tupinambá no sul da Bahia e assassinato de suas lideranças, como os assassinatos das lideranças pataxó e guarani kaiowa e mais, Galdino, Chicão, Marçal e tantos outros guerreiros e guerreiras na história deste país, que tombaram lutando, enfrentando o avanço e dominação do capitalismo, representado pelos invasores de terras indígenas, banqueiros e Estado brasileiro. (mais…)

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CE – Cid quer dispensa de licenciamento ambiental para obras do Governo

Conforme noticiado neste Blog ontem, o Governo do Ceará está tentando tomar para si decisões relativas ao licenciamento ambiental, sob a justificativa de poder realizar obras “com celeridade e eficiência”.  E isso inclui desde a criação de aterros sanitários ao “desmatamento para uso alternativo do solo”. Tudo, claro, em nome do “desenvolvimento” e do “interesse social”. A notícia abaixo é do jornal O Povo e, felizmente, a ela segue uma lista de comentários, no geral bastante críticos à proposta. TP.

Projeto do governador Cid Gomes enviado nesta quinta-feira, 13, à Assembleia Legislativa propõe a dispensa de licenciamento ambiental no Ceará para obras do Governo do Estado. A mensagem foi lida, entre outros 26 projetos, durante convocação extraordinária ontem, sexta-feira.

Conforme argumenta o governador, o projeto tem como objetivo disciplinar a dispensa de licenciamento ambiental “em situações de interesse social”. Segundo texto da mensagem, a dispensa possibilitaria o desenvolvimento de obras e atividades de relevância com celeridade e eficiência. (mais…)

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