Feliz 2011, por Frei Betto

Frei Betto *

Adital – Para ti e para mim, um feliz ano-novo. Não mera troca numérica de calendário, de quem mantém seu corpo inerte, preso às raízes da insensatez. Nem a sucessão de dias que se repetem no giro cíclico dos gregos antigos, desprovidos de senso histórico. Nem a multiplicação das rugas que se acumulam em nossos corações, oxidadas pela covardia e a saudade de não ser o que se é.

Anseio por um ano-novo capaz de reacender em nós energias generosas, consciência crítica, solidariedade discreta, afetos adormecidos, e a irrefreável vitalidade de quem reinventa o amor a cada dia. Um novo tempo de alegorias, no qual a poesia nos embriague a alma.

Um novo ano despido de soberbas, de evocações ególatras, de rancores asfixiantes e da indizível inveja causada pela felicidade alheia. Ano livre de rumores nefastos, incontinência da língua, indiferença à dor e exacerbação de tudo aquilo que, em nós, esculpe o perfil ácido da desumanidade. (mais…)

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Mundo: La dimensión de género en el cambio climático

UNIFEM, parte de ONU Mujeres, aboga desde una perspectiva de derechos humanos e igualdad de género en el cambio climático. Hacer realidad los derechos de las mujeres, es esencial para garantizar que toda la sociedad-las mujeres y los hombres-puedan contribuir con las soluciones y se beneficien de las transformaciones en la sociedad gracias al esfuerzo internacional para combatir el cambio climático.

UNIFEM, parte de ONU Mujeres apoya en varios países para fortalecer las capacidades de incidencia de las mujeres y visibilizar su importante papel en la conservación y el manejo sostenible del ambiente.
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Argentina: Celebrarán primer encuentro de turismo indígena de las Américas

Servindi – Del 16 al 19 de marzo se realizará el I Encuentro de Turismo Indígena de las Américas, en la localidad de San Martín de los Andes, provincia de Neuquén, en la Patagonia argentina.

La finalidad del evento es propiciar intercambios comunitarios de las experiencias y conocimientos en el tema.

A lo largo y ancho de América existen casos exitosos de comunidades indígenas que mejoraron su calidad de vida con el desarrollo de la actividad turística.
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Colombia: Niñas indígenas son explotadas sexualmente

Servindi – Niñas indígenas entre 12 y 14 años son obligadas a ejercer la prostitución en varias zonas de Colombia, especialmente en el departamento selvático de Guaviare.

“Las menores son “raptadas” de sus pueblos luego de lo cual desaparecen por dos o tres días, e incluso a veces ya no regresan”, denunció el presidente de la Organización Nacional de Indígenas de Colombia (ONIC), Luis Evelis Andrade.

Evelis indicó que la explotación sexual de menores se viene registrando en varias zonas del país, pero dicha actividad se acentúa en el departamento sureño de Guaviare.
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O poder da mídia em uma ordem cambaleante

Estará a mídia, a grande mídia, preparada para promover novos conceitos de cidadania mundial, de paz internacional, de apreço e defesa dos nossos esgotáveis recursos naturais? É vital que os meios de comunicação revejam sua missão, seus objetivos e sua agenda.

Washington Araújo*

(Artigo publicado originalmente no Observatório da Imprensa)

A cultura de massa que temos está umbilicalmente conectada com a pauta apresentada instante a instante em algum dos veículos de comunicação em massa. Nada lhe escapa e, por isso mesmo, enorme é sua responsabilidade na criação da geração-consumo que temos “em nós” e também “diante de nós”. Tendo como cenário as mudanças climáticas, a degradação ambiental e os extremos corrosivos da riqueza e da pobreza, a transformação de uma cultura de consumismo irrestrito para uma cultura de sustentabilidade ganhou força em grande parte graças aos esforços das organizações da sociedade civil e agências governamentais no mundo inteiro. A par com essas forças, e mesmo permeando-as, temos o poder de influência e onipresença da mídia.

Existem situações-limite em que não é lícito ser espectador de espetáculo nefasto que nós mesmos produzimos. Alardear a desgraceira toda, desnudar os mecanismos de poder envolvidos no debate para se criar políticas públicas de alcance mundial e, acima de tudo, alertar que o futuro é hoje, são tarefas que os meios de comunicação não podem e não têm a quem delegar. (mais…)

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Povo Pataxó se alegra com decreto que declara posse permanente de terra na Bahia

O Ministério da Justiça declarou de posse permanente dos índios da etnia Pataxó 2 mil hectares da Terra Indígena Aldeia Velha. Os índios ocupam atualmente cerca de 20 mil hectares. A portaria foi publicada na segunda-feira (3), no Diário Oficial da União.

A terra está localizada no município de Porto Seguro – distrito de Arraial d’Ajuda, na Bahia. A Fundação Nacional do Índio (Funai) promoverá a demarcação administrativa da terra, para posterior homologação pela presidente da República, Dilma Rousseff.

Lucivânia Pataxó, umas das lideranças da aldeia e mulher do cacique, afirmou que a conquista é importantíssima para o povo Pataxó. “É a vitória da luta de muita gente aqui que já morreu por essa terra!”. (mais…)

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O espetáculo desenvolvimentista e a tragédia da mortalidade infantil indígena

Iara Tatiana Bonin*

Amanhece. Entre os diversos sons daquela manhã destaca-se um choro que atravessa a aldeia guarani de Itapuã. Mais uma criança nasce anunciando a vida em seu contínuo recomeço. Para alguns povos indígenas o nascimento antecipa o futuro e mostra que as divindades ainda acreditam que a existência humana vale à pena. Acolher as crianças, permitir que sejam felizes e que desejem permanecer entre os vivos é uma preocupação que, mais do que algo mítico ou ritual, se concretiza em práticas cotidianas de afeto e de atenção. Estes novos seres, que assumem a forma humana e se inserem no mundo, asseguram a continuidade e a vida na terra. Por isso mesmo as crianças são bem acolhidas e sua socialização é uma responsabilidade coletiva, da qual toma parte os pais, os avós, os líderes religiosos, enfim, uma comunidade educativa.

Na cultura ocidental contemporânea um nascimento pode adquirir diversos significados, e em geral também simboliza a esperança no futuro. Tanto é assim que, quando se projeta um mundo melhor, mais justo, mais humano, afirma-se que este é o legado a se deixar aos filhos. Acolher as crianças, protegê-las e torná-las partícipes de um conjunto de conquistas sociais são esforços empreendidos por qualquer cultura que não vislumbra para si o extermínio. No caso brasileiro, muitas leis, tratados,estatutos e normas foram criados para regular as relações sociais e para assegurar às crianças um amplo conjunto de direitos. (mais…)

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Um histórico quase que comum das ”mulheres de batalha”

“Deus está no corpo abusado e machucado de cada mulher” prostituta, afirmou a psicóloga Isabel Brandão Furtado, da coordenação da Pastoral da Mulher Marginalizada de Belo Horizonte. A Pastoral acompanha, há 25 anos, as cerca de 2 mil “mulheres da batalha” que trabalham, a cada noite, no centro da capital. A notícia é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 04-01-2011.

Ela observa que, antes de serem mulheres em situação de prostituição, “são mulheres pobres, são mães de família lutando sozinhas pela manutenção de seus filhos”. Ampliando o olhar, ela vê ali “pessoas que desde muito cedo convivem com a pobreza crônica e sua implicações: moradia, alimentação, saúde, escolaridade precária, famílias desestruturadas”.

Em entrevista à TV Comunitária de Belo Horizonte, Isabel Furtado lembrou que a violência acompanha as “mulheres da batalha”, como elas se definem, desde clientes, gerentes e funcionários de hotéis de passagem. “A violência simbólica impede que a mulher assuma inclusive seu nome verdadeiro. Um de seus maiores temores é que seja reconhecida”, afirmou. (mais…)

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A força do WikiLeaks. Entrevista especial com Alberto Efendy Maldonado

Julian Assange sequer jornalista é, mas as revelações que tem trazido à tona através do WikiLeaks têm “balançado” o jornalismo de todo o mundo. Afinal, o WikiLeaks suscitou, no mínimo, uma revolução no campo diplomático através da internet. Teria, portanto, iniciado a primeira ciberguerra? Para o professor de comunicação social Alberto Efendy Maldonado, “a cultura colaborativa tem mostrado, nos últimos 16 anos, sua incomensurável força. Hoje ela é um aspecto central dos novos poderes comunicativos e sociais”. Em entrevista à IHU On-Line, realizada por e-mail, Efendy analisa o fenômeno WikiLeaks e as consequências da revelação dos documentos “secretos” do governo estadunidense. “No mundo digital, as condições de construção de hegemonias, constituição de poderes e vitalidade política são distintas, significativamente favorecem a democratização das comunicações”, explicou.

Alberto Efendy Maldonado é graduado em Comunicação Social pela Universidad Central Del Ecuador. É mestre e doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo e pós-doutor pela Universitat Autònoma de Barcelona. Atualmente, é professor do PPG em Comunicação da Unisinos. Organizou o livro Internet na América Latina (Porto Alegre: Sulina/Unisnos, 2009) e autor de Teorias da Comunicação na América Latina/ Enfoques, encontros e apropriações da obra de Verón(São Leopoldo/RS: UNISINOS, 2001), entre outras obras. Confira a entrevista. (mais…)

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”Atualmente vigora um capitalismo social e do desejo”. Entrevista com Maurizio Lazzarato

Maurizio Lazzarato, membro fundador da revista Multitudes junto com o filósofo italiano Toni Negri, retoma Deleuze e Guattari para uma abordagem crítica do marxismo clássico, que se constituía em uma ferramenta de transformação. “O que se produz já está vendido – assinala –, porque antes se converteu em objeto de desejo”.

A reportagem é de Pedro Lipcovich, publicada no jornal Página/12, 20-12-2010. A tradução é de Anne Ledur. Eis a entrevista.

Você desenvolveu a noção de que o capitalismo é “produtor de subjetividade”. Que diferença haveria entre a subjetividade produzida pelo capitalismo em suas primeiras etapas e a que se produz na atualidade?

Atualmente vigora um capitalismo social e do desejo. Na primeira fase do capitalismo se tratava, acima de tudo, de produzir, e depois vinha o consumo.  Hoje é ao contrário: um carro se produz depois de ter sido vendido, quero dizer, depois de ter sido constituído como objeto de desejo. Aqui entra a publicidade, o marketing. (mais…)

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