Cerca de 80 índios Pataxó, da aldeia de Carmésia, no Vale do Aço, ocupam o Parque Estadual do Rio Corrente, em Açucena, Leste de Minas Gerais, desde a manhã da última quinta-feira. Eles reivindicam a área para a criação de uma reserva indígena e prometem resistir à possíveis ações de reintegração de posse. A área do parque é objeto de discussão na Justiça, envolvendo um suposto posseiro. O Instituto Estadual de Florestas (IEF) informou que, ciente das reivindicações da comunidade indígena, está realizando estudos técnicos e legais para conciliar as questões ambiental e social.
Os índios invasores pertencem ao grupo do cacique Bayara. Eles chegaram ao local em dois ônibus e um carro de passeio, por volta das 5 horas de quinta-feira. Desde então, os homens passam o dia armando barracas e vigiando o acampamento e as mulheres cozinhando em fogões improvisados. A barraca maior, e primeira a ser erguida em mutirão, foi a Kijene, sustentada por bambus e coberta com lona. Ela serve para proteger os alimentos e para os índios dormirem. Crianças e adolescentes estão entre a maioria dos invasores.