A notícia é de Mabel Coralles e publicada pela Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 17-07-2010.
O relatório baseou-se em casos publicados pelas agências de notícias e 120 diários do país. Não existem dados oficiais a respeito. Assim, os assassinatos de mulheres podem ser ainda em maior número do que os dados levantados pelo Observatório.
Dos 126 casos reportados, 99 foram cometidos no círculo afetivo, enquanto os 27 restantes ocorreram sem vínculo aparente. A idade das vítimas oscila 13 a 65 anos, com maior prevalência nas da faixa etária dos 19 aos 50 anos.
A modalidade destes assassinatos mostra “ferocidade, planejamento e a aleivosia dos femicidas”. Só 18 parentes das 126 vítimas apresentaram denúncia contra o agressor.
O femicídio, lembrou o Observatório ao apresentar o levantamento, é uma das formas mais extremas de violência contra mulheres, pois significa a morte de uma mulher a quem o agressor tinha como sua propriedade.
“Muitas mulheres ingressaram nos hospitais com evidência de violência sexista, mas ao falecer aparece no atestado de óbito morte por parada cardiorrespiratória ou outro causa, tornando invisível a violência que gerou o quadro traumático”, denunciaram representantes do Observatório.
As pesquisadores pediram que o femicídio seja incorporado como delito grave no Código Penal, com a perda automática e definitiva da pátria potestade do femicidia, e a regulamentação da Lei Nª 26.485 de Proteção Integral para Prevenir Erradicar a Violência contra mulheres.
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