Polícia Federal rebate denúncias de maus-tratos a índios da etnia Tupinambá, no sul da Bahia

O coordenador-geral de Defesa Institucional da Polícia Federal, delegado Marcos Aurélio Pereira de Moura, disse que são distorcidos os fatos relatados na denúncia de abuso por parte de agentes da Polícia Federal contra índios da etnia Tupinambá, no sul da Bahia. A denuncia foi enviada, no dia 9/6, à Organização das Nações Unidas (ONU) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e pela organização não governamental (ONG) Justiça Global.

“Os fatos estão distorcidos. A situação no sul da Bahia é muito mais complexa. Um estudo antropológico concluiu que há muitos anos havia a presença de índios da etnia Tupinambá na área. No entanto, há fazendeiros com títulos de terras também muito antigos”, disse o delegado. Ele afirmou que a Polícia Federal vem agindo em cumprimento de ordens judiciais. “Os índios alegam que estão agindo em retomada, mas estão fazendo invasões de forma muito violenta. Nós, da Polícia Federal, estamos no meio disso tudo.”.

A denúncia está contida em dois informes. Um deles trata da prisão, considerada ilegal pelas organizações, da líder indígena Glicéria de Jesus da Silva, conhecida como Glicéria Tupinambá, integrante da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), órgão consultivo do governo vinculado ao Ministério da Justiça.

Outra parte de denúncia se refere a torturas que teriam sido sofridas por cinco indígenas Tupinambá em junho de 2009. O informe também cita outra prisão considerada ilegal: a de Rosivaldo Ferreira da Silva, conhecido como cacique Babau, irmão de Glicéria, em 10 de março deste ano. (mais…)

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Movimentos sociais protestam contra criação do novo Código Florestal

agricultura x florestas
Foto: Dida Sampaio/AE
Ambientalistas e representantes de movimentos sociais se reuniram ontem (10), em frente a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), para um ato contra o novo Código Florestal, em discussão no Congresso Nacional. Eles afirmam que a medida vai prejudicar a agricultura familiar e destruir as áreas de Preservação Permanente (APP).

“Mais alimento e menos desmatamento”, defendem os ambientalistas e agricultores familiares que participaram da manifestação. Agricultores familiares afirmam que a nova lei não vai beneficiar os pequenos agricultores. “A agricultura familiar vai ser prejudicada diretamente pela própria expansão do agronegócio sobre as terras desmatadas e sobre as áreas da agricultura familiar”, disse Fernando Moura, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). (mais…)

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