Tal qual os ventos de julho, a nova edição pulveriza a força das culturas em luta e escoa por suas páginas outras vozes e olhares. São as Américas Latinas, múltiplas também pelas vistas das telas da rede de televisões públicas e culturais latino-americana, a TAL.
Assim como as chuvas que trazem o inverno, a edição Nº 17 vem para desintegrar convicções e semear outros tempos, abrindo passagem à reflexão. Ela marcha pela liberdade junto das mulheres originárias nas ruas da capital portenha, reconhecendo em suas bandeiras as cores e filosofias de suas existências, como o Buen Vivir que luta pela convivência harmônica entre os povos tradicionais no mundo globalizado. Nas mesmas ruas, a edição cruza com outras mulheres, também em marcha, mas pelo fim do feminicídio e do silêncio de suas irmãs.
Ni Una a Menos, ecoam as vozes delas. E por aqui, pelas cidades brasileiras também elas se colocam em marcha, e comemoram o dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, questão essa a interrogar para além dos territórios nacionais. Ainda por essas páginas, a revista traça o tecer da cultura paraguaia, testemunho do Ñanduti, bordado nas mãos vividas de gerações e sentimentos, que desenrola-se no contar de uma lenda ou de uma história.
Ah, as histórias…essas que quando narradas desde fronteiras e vigílias parecem sonar muito mais fortes e impactantes. Como os passos das travessias que carregam os sonhos rebatidos no muro entre Tijuana, no México, e San Diego, nos Estados Unidos. Ainda que sejam relatos do deserto, também povoam as páginas da Peabiru de julho. Entre você também por essas teias, marchas e telas e..
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Enviada para Combate Racismo Ambiental por Lara Schneider.