A construção da Ponte Rio Negro, que liga a pequena Iranduba à capital amazonense, levou a especulação imobiliária para uma Área de Proteção Ambiental e, com ela, a violência. Maria das Dores Priante, líder de uma associação de moradores local, que denunciava o comércio ilegal de lotes, avisou que morreria e pediu uma proteção que nunca veio. Então, foi sequestrada, torturada e assassinada com 12 tiros. Vale a pena conhecer a história retratada por Igor Ojeda, enviado pela Repórter Brasil, que visitou as comunidades atingidas. Pois o que acontece em Iranduba se repete em outros lugares do país. Talvez aí mesmo, neste momento, do lado de sua casa. (mais…)
Day: 11 de outubro de 2015
XII Encontro reuniu 700 Sem Terrinhas de Pernambuco no Assentamento Normandia, em Caruaru
Por Puan Guerra
Com o tema “Reforma Agrária Popular e Educação”, entre os dias 8 a 10 de outubro aconteceu o XII Encontro dos Sem Terrinhas, no Assentamento Normandia, em Caruaru. Foram 700 participantes, oriundos de áreas de assentamentos de vários municípios do estado de Pernambuco. O Encontro propõe a formação das crianças centradas nas dimensões políticas, pedagógicas, e lúdico cultural, e o lema é “Sem terrinha: por escola, terra e dignidade”. As crianças exigem o direito à escola nas áreas de assentamento, no campo, denunciando que fechar escola é crime! A programação destes dias foi bastante diversa. (mais…)
Para baixar: “Entre águas bravas e mansas, índios & quilombolas em Oriximiná”
A coletânea “Entre águas bravas e mansas – Índios & quilombolas em Oriximiná”, que reúne artigos de 18 autores, foi lançada quinta-feira, 8 de outubro, em evento organizado pela Comissão Pró-Índio de São Paulo e o Instituto de Pesquisa e Formação Indígena, na USP.
A “Conversa com índios e quilombolas de Oriximiná (Pará): juntos em defesa de suas terras e florestas” teve também por objetivo dar visibilidade à campanha em defesa do reconhecimento de suas terras e florestas, ameaçadas pela demora na regularização fundiária, pelo avanço da expansão minerária e a retomada dos estudos para construção das hidrelétricas no Rio Trombetas. (mais…)
Índios no Litoral: ‘Eles não escolheram estar nesta situação’
O cientista social Otávio de Camargo Penteado aborda os aspectos sociais e culturais dos indígenas
Por Daniela Origuela, no Diário do Litoral
Durante oito dias, o Diário do Litoral abordou em uma série de reportagens a situação indígena na Baixada Santista. ‘Índios do Litoral’ retratou o cotidiano de algumas comunidades da Região e os principais desafios enfrentados pelos indígenas no Brasil, como a falta de demarcação de terras e de acesso à educação e saúde, e o preconceito. (mais…)
Cartilha pela Desmilitarização da Polícia e da Política [para baixar, ler e socializar]
Por Comitês pela Desmilitarização
Os comitês nacionais pela Desmilitarização da Polícia e da Política adentraram o mês de setembro com mais uma conquista: uma cartilha de intervenção rápida que sintetiza de forma acessível e direta o acúmulo que temos tido nesses 2 anos de organização.
A cartilha, que foi construída a muitas mãos, de forma horizontal e em permanente diálogo com as lutas dos movimentos sociais populares, visa levar a disputa do conceito de desmilitarização às últimas consequências, abrangendo a totalidade da segurança pública e a complexidade do fenômeno da violência de forma crítica e com a amplitude necessária que o tema exige. (mais…)
Tomada de posição de um grupo de cientistas sociais da área das migrações: União Europeia
Por Alexandre Abreu, Beatriz Padila, Cristina Santinho, Francesco Vachiano, Inês Espírito Santo, Joana Azevedo, João Baía, Jorge Malheiros, José Mapril, Raquel Matias, Ricardo Falcão, Rui Pena Pires, em Le Monde Diplomatique/Buala
A União Europeia vive actualmente aquela que é sem dúvida uma das maiores tragédias desde que, com a assinatura do Tratado de Roma em 1957, a livre circulação foi instituída como um dos princípios fundamentais da Comunidade Europeia. Na origem desta tragédia encontram-se a intensificação dos conflitos no Médio Oriente e Norte de África na última década e meia (nomeadamente no Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria e Palestina), o êxodo populacional que estes conflitos têm provocado e a desregulação dos sistemas de controlo nos países de origem. Porém, o carácter especialmente trágico de que se reveste a actual crise deve-se também sobremaneira a factores que se situam do lado da própria União Europeia – designadamente a crescente militarização das suas fronteiras exteriores e a tendência para a securitização da mobilidade humana. (mais…)