Através desta nota explicitamos a todos que nós povos Guarani e Kaiowa não somos “invasores” do país Brasil, mas sim defendemos o país Brasil. Protegemos e defendemos a fronteira do Brasil de invasão de estrangeiros. Em primeiro lugar, na ausência do Exército brasileiro nós povos Guarani e Kaiowa defendemos o Brasil. Somos primeiros brasileiros com orgulho em defesa do Brasil. Não somos invasores do Brasil e somos sim defesa do Brasil, por isso pedimos apoio ao governo federal para proteger a terra indígena do Brasil dos invasores, dos estrangeiros e para expulsar os invasores da terra indígena da República do Brasil.
Na concepção dos fazendeiros e políticos anti-indígenas os povos indígenas Guarani Kaiowa são considerados como seres extraterrestres (OVNI) de outro planeta, não pertencentes ao planeta Terra. Mais de três décadas divulgam na sua mídia “esses índios invadem a terra”, “esses índios não são daqui dessa terra”, “os índios são invasores da terra”, “à noite os índios invadem a terra”. O verbo “invadir”, “invasores” e “invasão” são muito utilizados pelo astrônomo para explicar a invasão dos seres extraterrestres. De modo igual ao astrônomo, os jornalistas e os fazendeiros no Mato Grosso do Sul consideram os povos indígenas Guarani e Kaiowá como seres extraterrestres classificando os Guarani e Kaiowá não pertencentes à terra.
Hoje os fazendeiros e políticos anti-indígenas pedem à força armada do exercito para expulsar os povos Guarani e Kaiowa da terra. Enquanto os povos Guarani e Kaiowa não classificam os fazendeiros como “invasores” de suas terras. O verbo “invadir” dos fazendeiros justifica o genocídio, dizimação e massacre dos povos indígenas, cometendo maior desrespeito, violência e crime contra os Guarani e Kaiowá humanidade. “índios são invasores da terra” não tem fundamentos, não procede, por essa razão repudiamos reiteradamente essa palavra “índios invasores” divulgados pelos fazendeiros e políticos anti-indígenas.
Explicamos a todos, de modo repetitivo que nós povos Guarani e Kaiowa não somos seres extraterrestres ou OVNI de outro planeta, mas sim pertencemos a nossa terra grande, por isso hoje estamos retornamos ao pedacinho de nossa terra. Só reocupamos um pedacinho de nossa terra.
Explicamos a todos, essa pequena célula de nossa terra tekoha Ñanderu Marangatu já foi demarcada e homologada pelo Presidente da República do Brasil, LULA. Assim não invadimos a propriedade, mas reocupamos uma pequena partícula de terra já regularizada, por isso pedimos também sim a presença da Força Armada brasileira e Polícia Federal para retirar imediatamente os fazendeiros/ocupantes ou “invasores” de nossa terra Ñanderu Marangatu.
Nós já retornamos a reocupar a nossa terra, e “não saímos de nossa terra nem vivo e nem morto” essa é nossa decisão definitiva, do povo Guarani e Kaiowá.
Os fazendeiros e políticos anti-indígenas sempre classificam e taxam nós de “paraguaios”, “índios do Paraguai”. Explicamos a todos, nós povos Guarani e Kaiowá, não somos “paraguaios”, porém somos povos indígenas Guarani e Kaiowá, já vivíamos nesta terra antes da criação do país Brasil e Paraguai.
Hoje somos mais de 46 mil Guarani e Kaiowa, somos primeiros brasileiros e estamos aqui na faixa de fronteira, a nossa terra é do Brasil, por isso pedimos ao Ministro do Exercito e Força Armada para proteger e defender a nossa terra de acordo com os nossos direitos nacionais. Essa minúscula terra indígena é da União/Brasil/Federal sim, sobretudo é do Exército sim, conforme Constituição Federal da República do Brasil de 1988.
Em consideração esses nossos direitos constitucionais do Brasil pedimos a Força Armada e Polícia Federal para proteger nós na terra do Brasil. Essa terra indígena é do Brasil onde estamos sofrendo ameaça de morte coletiva por particulares/fazendeiros por isso pedimos apoio ao governo federal e exercito para expulsar os invasores e ocupantes irregulares da terra indígena/terra federal. Esse é nosso pedido urgente.
Os povos Guarani e Kaiowa lutam pela defesa da terra do Brasil e resistem na terra indígena/Brasil tekoha Ñanderu Marangatu, 28 de agosto de 2015.
Aty Guasu Guarani e Kaiowa luta contra o genocídio, defendendo a terra do Brasil na fronteira.