Viaturas da Força Nacional e DOF estão no local; equipe do Correio do Estado acompanha
Por Glaucea Vaccari e Celso Bejarano, no Correio do Estado (MS)
O clima em Antônio João – distante 402 km da Capital – que já era tenso devido as invasões [sic] indígenas a propriedades rurais do município, se agravou ainda mais na manhã deste sábado (29). Um grupo de aproximadamente 100 fazendeiros armados em 40 caminhonetes se dirigiu à Fazenda Barra com o propósito de desocupar a propriedade “na marra”.
A equipe do jornal Correio do Estado está na porteira da propriedade, que faz margem com a rodovia MS-384. No local estão 11 viaturas da da Força Nacional, quatro viaturas do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e uma da Polícia Militar Rodoviária. Duas ambulâncias estão ao lado do carro da nossa reportagem, por medidas de prevenção. Conforme o DOF, não há confirmação de mortes ou feridos.
Produtores estão armados e com colete a prova de balas e os indígenas também estão armados com arco e flecha e espingardas. Equipes do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) estão se encaminhando para o local para evitar o confronto.
CONFLITO
Há 10 anos, em 2005, o Governo Federal homologou parte das propriedades rurais da cidade como terra indígena. A partir daí, houve série de cobranças por parte dos índios para que a área fosse demarcada, no entanto, nada foi feito pelo Governo Federal.
No último fim de semana, indígenas invadiram [sic] fazendas e até fizeram famílias de produtores reféns [sic]. O Departamento de Operações de Fronteira (DOF) foi acionado e está na região desde então.
Na quarta-feira (26), o clima ficou ainda mais tenso e produtores rurais bloquearam estradas que dão acesso à cidade em forma de protesto. As rodovias foram liberadas durante a noite. Ontem (27), a situação era menos tensa na região, mas a invasão continua e policiais do DOF fazem a segurança para evitar confrontos entre indígenas e fazendeiros.
O Sindicato Rural de Antonio João está em alerta contra eventuais novas invasões [sic], orquestradas, segundo os ruralistas, pelo CIMI (Conselho Indigenista Missionário), que estaria cooptando índios de outras aldeias, inclusive de Dourados (MS), maior reserva indígena do Estado, para reforçar o movimento de invasão [sic, sic, sic].
Na próxima segunda-feira (31), haverá reunião entre representantes da Polícia Federal, Exército e forças de segurança estaduais para debater a questão. Enquanto isso, apenas uma viatura do DOF (Departamento de Operações da Fronteira), com quatro policiais, está no local para evitar um possível conflito.
*Atualizada às 14h