A encíclica e os pobres do mundo [A Laudato Sui e o “racismo ambiental”]

Esperamos que essa encíclica confirme uma posição clara da Igreja ao lado das vítimas do assim chamado racismo ambiental. Desejamos que, ao denunciar os riscos da sobrevivência do planeta, o documento seja solidário com as comunidades mais pobres

Por Marcelo Barros*, em Fátima Missionária

Finalmente saiu a encíclica do Papa Francisco sobre a ecologia. Poética e profética, começa por retomar o «Cântico das Criaturas», de São Francisco, para confirmar: «A nossa casa comum é como uma irmã, com quem partilhamos a existência e é como uma boa mãe que nos acolhe nos braços». A partir daí, convida todos para renovar o diálogo sobre o modo como estamos construindo o futuro do planeta. (mais…)

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30 anos de memória e rebeldia dos povos do campo

Em um contexto de crise sistêmica em nosso país, aqueles que sempre protagonizaram os maiores atos de resistência às forças de agentes hegemônicos atuantes em território nacional tomam a vez e a palavra em espaço acadêmico. Representantes de povos e comunidades tradicionais e de movimentos de luta pela terra adentram uma universidade em greve para falar de suas lutas, de seus sofrimentos e, acima de tudo, de suas conquistas: ensinamentos indispensáveis aos setores da sociedade que hoje se mobilizam contra os desmandos dos poderes estatais

Por Ricardo S. Freire e Haroldo Heleno

Na tarde do dia 07 de agosto de 2015, representantes de diversas comunidades e povos tradicionais, movimentos, organizações e entidades sociais, além de pesquisadores, militantes, jurístas e acadêmicos, unidos em torno da luta pela terra, estiveram presentes no Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia – IGEO/UFBA para debater as diversas experiências de conflito no campo nos últimos anos. Este evento, o “GEOGRAFANDO NAS SEXTAS: O Campo Baiano em Debate”, com o tema “30 anos de memória e rebeldia dos povos do campo”, foi realizado pelos Programas de Pós-graduação em Geografia e em Economia da UFBA através do Projeto GeografAR, CPT, AATR, CEAS e EXPOGEO. Nesta ocasião foram também lançados o “Caderno de Conflitos no Campo, Brasil – 2014” organizado pela Comissão Pastoral da Terra – CPT; e o “Relatório: Violência contra os povos indígenas no Brasil – dados de 2014” do Conselho Indigenista Missionário – CIMI. (mais…)

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“Tupinambá – O Retorno da Terra” com o cacique Babau – RJ e SP

Daniela Alarcon

No final da próxima semana haverá mais uma rodada de exibições/debates de Tupinambá – O Retorno da Terra, desta vez com a presença do cacique Babau, da aldeia Serra do Padeiro. As atividades acontecerão no Rio e em São Paulo. Confira a programação completa abaixo:

De 15 de agosto (sábado) a 17 de agosto (segunda)
Exibições do filme e debates nas aldeias Guarani de São Paulo
Com o cacique Babau (aldeia Tupinambá de Serra do Padeiro), Daniela Alarcon e Fernanda Ligabue (realizadoras do filme)
Organização: Centro de Trabalho Indigenista (CTI)
Interessados/as em participar devem escrever para [email protected]

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Celebremos a los pueblos indígenas del mundo

Por Patrick Keuleers*

PNUD / Servindi – El Día Internacional de los Pueblos Indígenas celebra la riqueza y variedad de las culturas indígenas y los derechos, logros y contribuciones de estos pueblos en todo el mundo. Estos derechos están consagrados en la Declaración de las Naciones Unidas sobre los Derechos de los Pueblos Indígenas (DDPI), pero no siempre se respetan.

Hay más de 370 millones de indígenas viviendo en unos 90 países. Se estima que constituyen el 15 por ciento de los pobres del mundo y representan un tercio de los 900 millones de personas que viven en la pobreza extrema en áreas rurales. Un vasto número de indígenas vive en algunas de las áreas más ricas en recursos del mundo, pero históricamente se han subestimado sus propias formas de conservación y gestión de recursos. Los proyectos y programas de desarrollo que se emprenden cerca de sus tierras o en ellas suelen tener como resultado la degradación del medio ambiente, del cual depende su supervivencia física y cultural, violan sus derechos humanos y los excluyen de los beneficios equitativos. (mais…)

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Pueblos indígenas: ¿sujetos de derechos o meros beneficiarios de programas sociales?

Será que el gobierno y los partidos tradicionales prefieren continuar con su retrógada política de colonización, se pregunta congresista Verónika Mendoza

Servindi – Una de las grandes ausencias en el último mensaje presidencial es la agenda de los pueblos indígenas, a pesar de que en los últimos años han sido sujetos activos de importantes luchas y debates nacionales.

Así lo advirtió la congresista cusqueña Verónika Mendoza en un artículo difundido del Día Internacional de los Pueblos Indígenas en el que la lideresa se pregunta: “¿Acaso estos pueblos no merecían oír el compromiso presidencial de que sí se va a respetar sus territorios y su derecho a decidir sobre éstos?” (mais…)

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O prisioneiro que apavora o império americano (final)

A história da perseguição kafkiana a Julian Assange, criador do Wikileaks. Questão crucial: como Washington poderá mantê-lo aprisionado após 20/8, quando prescrevem seus “crimes”?

Por John Pilger – Outras Palavras


Reportagem em duas partes. Leia a primeira aqui

O caso Assange chegou à Suprema Corte do Reino Unido, finalmente, em maio de 2012. Num julgamento que acolheu o mandato de detenção europeu (EAW, European Arrest Warrant) – cujas rígidas exigências não deixaram quase nenhuma margem de manobra aos tribunais – os juízes acharam que os procuradores europeus podiam emitir mandatos de extradição no Reino Unido, sem qualquer supervisão judicial, apesar de o Parlamento pretender o contrário. Eles deixaram claro que o Parlamento havia sido “enganado” pelo governo Blair. O tribunal ficou dividido, 5 a 2, e decidiu contra Assange. (mais…)

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Dowbor: ausência de reformas bloqueou lulismo

Para economista, país viveu doze anos de avanços, mas processo atingiu seu limite – e hesitação do governo frustrou mudanças estruturais indispensáveis

Ladislau Dowbor, entrevistado por Maria Inês Nassif* – Outras Palavras

O Brasil andou muito nas últimas duas décadas. Obteve um avanço social histórico desde o governo Lula, mas entrou no “ciclo travado”, a partir do qual sobram apenas duas alternativas: ou a coragem para fazer reformas estruturais, eternamente adiadas, ou o recuo. Jamais ficar no mesmo lugar. (mais…)

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Seppir e INEP discutem quesito raça/cor nos censos da educação superior brasileira

Reunião discutiu mecanismos para ampliar e melhorar a qualidade dos dados referentes a raça/cor nos censos da educação superior brasileira

SEPPIR

A Ministra Nilma Lino Gomes participou, na tarde desta sexta-feira (07), de audiência com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), José Francisco Soares, para discutir mecanismos para ampliar e melhorar a qualidade dos dados referentes a raça/cor nos censos da educação superior brasileira. Para a ministra, a coleta destes dados nos censos da educação superior é fundamental para um monitoramento mais adequado das políticas de ações afirmativas na educação superior do Brasil. (mais…)

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Linchamentos: “É possível uma tranquilidade fundada na violência?”. Entrevista especial com Ariadne Natal

“Para impedir esses linchamentos, tem de trabalhar com as causas, as quais estão relacionadas com essa percepção de que as instituições não darão as respostas que as pessoas esperam”, frisa a socióloga

Por Patricia Fachin – IHU On-Line

A lógica que sustenta os casos de linchamento no Brasilestá relacionada com “a existência de uma cultura de uso da violência para resolver conflitos”, diz Ariadne Natal à IHU On-Line, na entrevista a seguir, concedida por telefone.

Autora da dissertação de mestrado 30 anos de linchamentos na região metropolitana de São Paulo – 1980-2009 (2013), a socióloga frisa que a democracia brasileira “não foi capaz de garantir que as instituições tomassem as rédeas em casos de conflitos, e tampouco garantir que os direitos fossem respeitados nos diversos aspectos, inclusive os direitos daquelas pessoas que são acusadas de algum crime”. (mais…)

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‘Nada justifica um golpe no Brasil’, afirma Maria Rita Kehl

IHU On-Line

“Nada justifica um golpe no Brasil, nem de direita e nem de esquerda, mas a possibilidade de isso ocorrer assanha setores conservadores, até então desconhecidos, e que hoje se sentem à vontade para pedir a volta dos militares. Com isso, demonstram, inclusive, desconhecimento sobre a ditadura militar e os casos de corrupção que assolaram os governo nos anos de chumbo.” A opinião é da psicanalista, especialista em Psicologia pela PUC-SP, ensaísta e jornalista, Maria Rita Khel, indicada, em 2010, pela presidenta Dilma Rousseff para integrar a Comissão Nacional da Verdade, que investigou os crimes durante o período da ditadura. (mais…)

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