Agricultores ocupam sede do Banco do Nordeste na Paraíba

Por Marcos Lima, Da Página do MST

Mais de 200 agricultores Sem Terra protestaram na manhã de segunda–feira (25), no município de Campina Grande (PB), ao ocuparem a sede do Banco do Nordeste.

As principais pautas de reivindicações se davam em torno do prazo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), dos problemas relacionados à estiagem, além da renegociação das dívidas dos agricultores.

Para o dirigente estadual do MST, Rosivan Batista, a mobilização serve de orientação para que a instituição financeira veja o lado dos agricultores. “Estamos lutando pela contratação do Pronaf Estiagem e pela prorrogação do prazo final, que queremos que seja em abril. Além da renegociação das dívidas do Pronaf A, já que tivemos muitas perdas devido à seca”, explicou.

O Pronaf é responsável por financiar projetos individuais ou coletivos, que gerem renda aos agricultores familiares e assentados da Reforma Agrária. (mais…)

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RN – Protesto do MST é reprimido com violência pela polícia em Mossoró

Da Página do MST

A Policia Civil reprimiu com violência um protesto de famílias acampadas e assentadas do MST na BR-304, em Mossoró (RN), nesta terça-feira (26/2).

De acordo com os manifestantes, os policiais deram tiros com uma arma calibre 12 na direção das famílias.

“A gente é policia e pode fazer o que quiser aqui. Ninguém vai empatar”, disse um policial às famílias.

A Policia Rodoviária Federal (PRF), que estava no local, conseguiu identificar o número da viatura e o nome dos policiais.

O inspetor de PRF afirmou que entrariam com um pedido de investigação dos procedimentos da Polícia Civil nessa ação.

Nesta terça-feira, cerca de 1.000 famílias fecharam dois trechos de rodovias federais no Rio Grande do Norte para cobrar do Incra e do governo estadual melhorias nos assentamentos e avanços a Reforma Agrária. (mais…)

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Ofensiva das empresas intensifica violência no Pará, diz dirigente do MST

Por José Coutinho Júnior, Da Página do MST

O Pará é o estado brasileiro com maior índice de trabalho escravo, crimes ambientais e assassinato de trabalhadores no campo que lutam pela terra.

Segundo Mercedes Zuliani, da Direção Nacional do MST no Pará, essa situação ocorre porque a atuação do agronegócio e das grandes empresas, com conivência do Estado, espoliam os recursos naturais e as terras da região, expulsando violentamente os trabalhadores que contestam essa lógica de desenvolvimento.

“A impunidade gera mais violência, outros casos e outros assassinatos. Quem faz uma, duas vezes, vê que não acontece nada, que os crimes continuam impunes e a sociedade permite isso, causa cada vez mais violência”.

Confira a entrevista de Mercedes para a Página do MST sobre a violência no estado do Pará:

Quantos acampamentos e assentamentos do MST existem no estado? Eles são alvo de violência?

Temos seis acampamentos e seis assentamentos.

Há um conflito permanente em todos os acampamentos, porque além das empresas, temos uma situação de compra e utilização das terras para especulação e lavagem de dinheiro. (mais…)

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Sem emprego, haitianos perambulam por cidades do Acre

BBC Brasil

A janela aberta traz uma leve brisa, um refresco para uma haitiana de 29 anos, de olhar cansado e perdido, que viajou cerca de 3.000 km atravessando vários países, em busca de uma vida melhor.

“Quero muito ter meu emprego, ter meu dinheiro para buscar os meus filhos. Eles precisam de mim, sinto muita falta deles”, diz Nadine Bertulia à reportagem da BBC, quase às lágrimas.

Sentada num quarto que divide com outros 12 haitianos, em um abrigo no calor abafado de Brasileia, na fronteira com a Bolívia e o Peru, ela conta que deixou os dois filhos pequenos em Porto Príncipe e aguarda ansiosa por um emprego.

“Só quero uma oportunidade para trabalhar, não vim para cá para não fazer nada. Lá não há emprego, não está fácil viver (no Haiti), tudo é mais difícil”, diz ela, só ter um objetivo.

O drama de Nadine reflete a difícil situação das centenas de haitianos que perambulam por cidades no Estado do Acre em busca de emprego. (mais…)

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Pesquisa revela perfil dos escritores e personagens da literatura brasileira contemporânea

Fábio Prikladnicki

Literatura e estatística são campos que raramente se cruzam. Quando o fazem, podem gerar polêmica.

É o caso de uma pesquisa coordenada por Regina Dalcastagnè, da Universidade de Brasília (UnB), que pretende traçar um perfil dos escritores e dos personagens da literatura brasileira contemporânea.

Os primeiros resultados foram divulgados em publicações acadêmicas, em 2005, com repercussão na imprensa. O debate foi renovado com o lançamento, em 2012, do livro Literatura Brasileira Contemporânea — Um Território Contestado (Editora Horizonte/Editora UERJ, 208 páginas, R$ 45), que disponibiliza os números da pesquisa. Foram lidos 258 romances, publicados de 1990 a 2004, pelas editoras Companhia das Letras, Record e Rocco. A pesquisa revelou que os autores, na maioria, são brancos (93,9%), homens (72,7%), moram no Rio de Janeiro e em São Paulo (47,3% e 21,2%, respectivamente). (mais…)

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No extremo sul da cidade de SP, agricultores apostam nos orgânicos

Capital paulista tem, há 1 ano, primeiros produtores orgânicos certificados.  Grupo é de Parelheiros, área de proteção ambiental, e vende em feiras.

Gabriela Gasparin Do G1, em São Paulo

Há cerca de um ano, oito agricultores familiares da capital paulista foram certificados como produtores orgânicos pelo Ministério da Agricultura.  São os primeiros entre os cerca de 400 trabalhadores agrícolas cadastrados na prefeitura do município de São Paulo.  O grupo planta no extremo sul da maior cidade brasileira, região com reserva de Mata Atlântica, cercada pelas represas Billings e Guarapiranga e que concentra áreas de proteção ambiental.

Desde que receberam o “selo”, os pequenos produtores rurais lutam para atrair o consumidor paulistano aos benefícios proporcionados por um alimento cultivado sem o uso de venenos – processo que dá mais trabalho, leva mais tempo e resulta em um produto, no mínimo, 30% mais caro e nem sempre tão “bonito” quanto um cultivado com agrotóxicos ou adubos químicos.

“No município de São Paulo, nós somos os primeiros e únicos produtores orgânicos certificados.  Se vieram outros depois de nós, nunca ouvimos falar (…). Imagina que existe uma mata fechada, que a gente tem que atravessar.  O nosso grupo está com um facão abrindo as picadas”, afirma Maria José Kunikawa, a Tomi, de 57 anos.
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Carta da XXIV Assembleia da Comissão Pastoral da Terra, Regional Mato Grosso

“Eu vi e ouvi o clamor de meu Povo e desci para libertá-los” (Êx. 3,7)

Nós, da Comissão Pastoral da Terra, regional Mato Grosso, nos reunimos nos dias 22 a 24 de fevereiro de 2013, no CETRA, Várzea Grande-MT, com a presença de 55 camponeses, agentes pastorais e representantes de movimentos sociais de todas as regiões do Estado nas quais exercemos nosso serviço pastoral, para nossa XXIV Assembleia Estadual, com o tema “Pastoralidade e Questão Agrária”, em que partilhamos a caminhada de lutas, denúncias e desafios enfrentados pelas mulheres e homens dessa terra, rumo à Terra sem males.

Buscamos refletir à luz da realidade de Mato Grosso e do Brasil que se apresentam desafiadora para as/os camponesas/es e movimentos sociais, diante da ausência do Estado que não implementa políticas públicas que realmente enfrentem as causas reais das injustiças e continua financiando o agronegócio com apoio de mídia burguesa.

Indignamo-nos e lamentamos a morte de camponeses vítimas cotidianas da exploração no campo, a criminalização dos movimentos e entidades sociais que defendem o direito à terra, a vida digna e à organização popular. (mais…)

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MPF/MS: Tribunal Regional Federal da 3ª Região reafirma obrigação do Estado em prestar policiamento emergencial nas aldeias

Decisão mantém liminares conseguidas pelo MPF. Polícias Civil e Militar devem atender solicitações nas regiões de Dourados e Naviraí.

As policiais estaduais, Civil e Militar, continuam obrigadas a prestar atendimento emergencial às comunidades indígenas de 28 municípios de Mato Grosso do Sul. É o que determina decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) em ação ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF).

O policiamento emergencial – requisitado pelo número 190 – já estava sendo prestado nas regiões de Dourados e Naviraí por força de liminares concedidas pela Justiça Federal dos dois municípios. O Governo do Estado recorreu das decisões ao TRF3, mas os recursos foram julgados improcedentes.

De acordo com a decisão, as Polícias Civil e Militar devem atender as comunidades para “apuração e repressão de delitos contra a vida, patrimônio e integridade psicofísica”.

Confronto de ideias

A determinação judicial para policiamento nas aldeias confronta diretamente a posição do Governo de Mato Grosso do Sul. Ofício da Procuradoria-Geral do Estado, enviado a todos os órgãos policiais, estabelecia o não atendimento às comunidades indígenas – tanto emergencial quanto preventivo – com a alegação de se tratar de competência exclusiva da Polícia Federal. (mais…)

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MPF: Em Reunião Ordinária, 6ª Câmara de Coordenação e Revisão discute situação do Quilombo Rio dos Macacos, de índios Potiguara e Tapuia (RN) e Guarani-Kayowá (MS)

A 6ª Câmara de Coordenação e Revisão realizou, na tarde do dia 19 de fevereiro, sua 391ª Reunião Ordinária. Estiveram presentes a Coordenadora da Câmara, Dra Deborah Duprat, e seus membros, Dra. Gilda Pereira de Carvalho, Dra. Maria Eliane Menezes de Farias, Dr. Luciano Mariz Maia e Dr. Daniel Sarmento.

A Câmara agendou o seu XIII Encontro Nacional, que será realizado em João Pessoa – PB, nos dias 3, 4 e 5 de abril. O tema principal do Encontro será a demarcação de terras indígenas, com especial atenção à situação dos índios do Nordeste.

Também foi objeto de atenção a situação da Comunidade Remanescente de Quilombos de Rio dos Macacos, no Estado da Bahia. A Câmara manifestou sua preocupação com as dificuldades enfrentadas pela comunidade no convívio com a Marinha, as limitações que lhe são impostas e as violações de direitos humanos sofridas, bem como suas demandas pela titulação de seu território e pela implementação de políticas públicas, tais como saúde, educação e segurança alimentar. Deliberou, assim, realizar audiência pública em Salvador – BA para tratar do tema.  (mais…)

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