Por Tereza Amaral
Umas das fantasias que sempre foram – ainda continuam – mais usadas por brasileiros no carnaval são do universo indígena. Mas ‘fantasiosa’ mesmo é a política indigenista escondida sob a máscara da omissão, desrespeito, impunidade com ‘morte’ branca’, como o envenenamento de água com agrotóxico pelo agrocrime. Este último é o carnaval da maldade!
Ao contrário da Festa de Momo dos brancos, onde predomina alegria, a brincadeira de perversão é fatal! Não se trata de morte até por opção, como o não uso de preservativos tão cuidado – e deve ser – pelo sistema de saúde do governo federal que investe em campanhas preventivas.
Mas no ‘carnaval indígena’ o que descolore é a inexistência de programas de saúde, além de outras medidas de proteção. Exemplo disso são as recentes mortes por virose (etnia Hupda) , desconhecimento e omissão na iminência de extinção da etnia Akunt’su, falta de proteção às lideranças ameaçadas de morte (Guarani-Kaiowá, dentre outros), numa nada fantasiosa violação dos direitos humanos.
E, por achar bonito ou até engraçado, muitos continuam se fantasiando de índios no carnaval sem saber o que, de fato, acontece com os povos originários. Enquanto isso, no imaginário popular de muitos brasileiros a UH de Belo Monte – será o maior ‘monstro’ de genocídio e desastre ecológico com devastação da fauna e flora da Amazônia – é defendida com gargalhadas ‘porcinianas’ pela extravagante e ex- Namoradinha do Brasil, a atriz Regina Duarte. (mais…)