Negligência na distribuição dos caminhões-pipa no Norte de Minas

Caminhões-pipa passam com frequência na estrada entre Porteirinha e Monte Azul

Fernando Zuba – Do Hoje em Dia

PORTEIRINHA – Não bastasse a escassez de água imposta pela sazonalidade da seca no Norte de Minas, a população do semiárido mineiro sofre com a falta de logística na distribuição dos caminhões-pipa. Há comunidades carentes atendidas duas vezes, enquanto outras continuam com sede.

Em Porteirinha, município considerado a caixa d’água da região – por conta da abundância de nascentes e da existência de uma represa caudalosa –, motoristas de caminhões-pipa de várias cidades abastecem os tanques em uma estação de tratamento.

Na portaria, a reportagem do Hoje em Dia flagrou, na última quinta-feira (27), um congestionamento. “Sou responsável pelo atendimento de nove regiões, todas na zona rural. As distâncias são consideráveis e as estradas de terra atrasam o serviço. Dessa maneira, não consigo chegar a todos os domicílios incluídos na rota. A correria é tão grande que, às vezes, repito um local já abastecido”, diz um motorista que pediu para não ser identificado. (mais…)

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França: Moradores expulsam ciganos e queimam acampamento em Marselha

Ciganos França
Polícia foi enviada ao local para separar 30 moradores e as famílias ciganas

AFP

MARSELHA – Habitantes de um bairro popular de Marselha (sul da França) expulsaram na quinta-feira (27) à noite as famílias ciganas que estavam instaladas na área e queimaram o que sobrou do acampamento.

A polícia foi enviada ao local para separar 30 moradores e as famílias ciganas romenas, que deixaram o local em seus trailers.

Pouco depois, os objetos deixados pelos ciganos foram queimados.

A polícia não realizou nenhuma detenção porque não foram registradas agressões físicas.

Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.

http://www.hojeemdia.com.br/noticias/moradores-expulsam-ciganos-e-queimam-acampamento-em-marselha-1.38891

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Voluntários podem atuar na saúde indígena

Profissionais de saúde interessados em ações emergenciais nas aldeias deverão enviar o currículo

A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) iniciou neste mês o cadastramento de profissionais de saúde voluntários para atuação em ações emergenciais à população indígena. Os currículos serão registrados em um banco de dados que ficará à disposição dos gestores da Sesai. O profissional interessado deverá enviar o seu currículo e os contatos pessoais para o endereço: [email protected].

Sempre que for necessário, a equipe técnica da Sesai entrará em contato, por telefone ou e-mail, com os profissionais cadastrados.

Os voluntários poderão atuar nas ações do Plano de Reestruturação do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena para a redução da mortalidade infantil e materna indígenas, lançado em junho deste ano, pela presidenta da República, Dilma Roussef. O plano que está sob a coordenação do Ministério da Saúde, prevê a integração de esforços e ações com diversos ministérios o do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Justiça/Fundação Nacional do Índio, da Defesa (Exército, Marinha e Aeronáutica), Casa Civil e Secretaria – Geral da Presidência da Presidência da República.

De acordo com o secretário Especial de Saúde Indígena, Antônio Alves de Souza, quando necessários, os voluntários serão convidados para auxiliar o trabalho de aproximadamente 15 mil trabalhadores que compõem as equipes de saúde indígena dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). “As ações emergenciais têm por objetivo atender demandas imediatas ou que exijam um reforço dos trabalhos já realizados para enfrentamento de determinadas situações que coloquem em risco a saúde ou a vida dos povos indígenas”, afirmou. (mais…)

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Outra obra de Lobato acusada de racismo

Capa do livro "Negrinha", de Monteiro Lobato

Lígia Formenti, Jornal da Tarde

Brasília – Depois de Caçadas de Pedrinho, outro livro de Monteiro Lobato, Negrinha, é acusado de ter cunho racista. Por causa disso, sua adoção pelo Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE) tem recebido críticas. O Instituto de Advocacia Racial e Ambiental (Iara) ingressou na Controladoria-Geral da União nesta terça-feira com uma representação para investigar a compra, pelo Ministério da Educação (MEC), do livro de contos, datado de 1920. Para o Iara, Negrinha tem conteúdo racista e não poderia ter sido adquirido com recursos públicos.

A representação foi feita no mesmo dia em que ocorreu uma reunião entre o MEC e o Iara para discutir os rumos de Caçadas de Pedrinho, também considerado racista pelo grupo, no PNBE. Sem acordo, a política em torno do livro deverá ser definida no Supremo Tribunal Federal. “Não vamos admitir nenhum tipo de censura”, afirmou o secretário de Educação Básica do MEC, César Callegari. “Caçadas de Pedrinho tem valor literário, é apresentado de forma contextualizada. Além disso, todo estudante tem de ter acesso à produção literária”, completou.

O advogado do Iara, Humberto Adami, afirma que o grupo não quer a censura do livro. “Reivindicamos a contextualização obrigatória, não apenas recomendada, como está num parecer do MEC.”

No mandado de segurança, o instituto reivindica que a obra seja apresentada com um encarte explicativo. Também há a exigência de que os professores sejam capacitados para tratar do assunto na escola. (mais…)

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Monge budista fala sobre Fukushima na UFBA

Convidamos para a palestra de Ademar Kyotoshi Sato, Monge do Templo Shin Budista Terra Pura de Brasília, sobre o tema “O Efeito Fukushima e o Perigo Nuclear no Brasil” que será realizada no dia 1º de outubro (segunda-feira próxima) às 18 hs, no Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da UFBA. No evento, promovido pela Rede Brasileira de Justiça Ambiental, Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça, Cidadania e a disciplina Ambiente e Saúde Coletiva do ISC, o Monge Sato falará sobre o pós-Fukushima na política nuclear planetária.

Ademar Sato, que se tornou monge em 1998, após concluir estágio nos Mosteiros de São Paulo e Kyoto (Japão), comentará impressionantes fotos da tragédia, apresentadas pelo fotógrafo japonês Sakamoto na Cúpula dos Povos/Rio+20. São imagens que expressam o terror, a angústia e a desesperança que pode provocar o vazamento radioativo de usinas atômicas, cujo efeito é amplo, interdependente e põe em risco a vida na Terra.

Por sua origem nipônica, Monge Sato talvez seja o brasileiro que melhor pode fazer uma conexão entre as tragédias vivenciadas pelo desenvolvimento da tecnologia nuclear no Japão e a ameaça que representa no Brasil, o uso dessa mesma tecnologia para gerar energia elétrica. Ele esteve duas vezes em Fukushima –terra natal de sua mãe, onde ainda tem familiares. Ali, soube que foi um irmão da sua mãe quem iniciou as negociações para a instalação da usina nuclear, quando era governador no final dos anos 50.  (mais…)

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Membros da CPI dos Incêndios em Favelas são financiados pelo setor imobiliário

Ministério Público investiga se incêndios em favelas de SP são propositais
EFE

Fábio Nassif

São Paulo – Todos os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) montada na Câmara Municipal de São Paulo para investigar os incêndios em favelas são financiados por empresas ligadas à construção civil e ao setor imobiliário. Juntos, os seis membros da comissão receberam na eleição de 2008, mais de R$ 782 mil, segundo as prestações de contas apresentadas. E na atual briga para a reeleição, suas prestações de contas parciais já contabilizam mais de R$ 338 mil em doações. Os valores totais podem ser muito maiores já que algumas doações estão registradas em nome pessoal ou dos comitês financeiros dos partidos.

A comissão instalada em abril deste ano realizou apenas três sessões e cancelou outras cinco. Na última quarta-feira (27), movimentos sociais e familiares compareceram à Câmara para acompanhar a reunião que estava agendada. Diante dos manifestantes, o presidente da CPI Ricardo Teixeira (PV) justificou o cancelamento, por falta de quórum e compromisso dos demais vereadores. Entre os colegas de Comissão, Teixeira é o campeão de arrecadação de doações por ter recebido mais de R$ 452 mil no pleito de 2008. E ao mesmo tempo que preside a comissão, já acumula mais de R$ 150 mil de contribuição do setor imobiliário para conseguir sua reeleição. (mais…)

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RJ – Ato Público “Petrobras, água negra, não!”, no dia 02/10

Aos Movimentos Sociais, Pescadores Artesanais e Comunidades impactadas pela indústria petrolífera e população em geral:

PARTICIPEM DO ATO PÚBLICO EM DEFESA DA ÁGUA, EM DEFESA DA VIDA.

DIA 02/10/2012 (TERÇA FEIRA) – CENTRO DO RIO – AV. CHILE, EM FRENTE AO PRÉDIO DA PETROBRAS, DAS 12:30H ÀS 14:30H.

Você sabia que:

A PETROBRAS tem uma dívida histórica com a Baía de Guanabara, com os oceanos e com a sociedade?

I. A REDUC (Refinaria Duque de Caxias) é a maior poluidora individual da Baía de Guanabara. Em 18 de janeiro de 2000 ocorreu o maior acidente ecológico da história do país, com o vazamento do duto que liga a Refinaria ao terminal da Ilha D´Água. Com isso, foram despejados 1,3 milhões de m3 de óleo e graxa nas águas da Baía. Até hoje a Petrobras não indenizou os milhares de pescadores artesanais impactados, que perderam sua fonte de renda e empobreceram, além de, ainda hoje, haver presença de grande volume de óleo nos manguezais. (mais…)

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RJ – Desativado último lixão às margens da Baía de Guanabara

Lixão do município de Guapimirim. Foto: Reprodução

Da Redação Agência Rio

Foi desativado na última terça-feira o lixão do município de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio. A área, de 60 mil metros quadrados e que funcionava desde 1985, recebia diariamente cerca de 35 toneladas de resíduos por dia e despejava litros de chorume em rios que desembocam na baía. Agora, o lixo de Guapimirim irá para o aterro sanitário de Itaboraí, município vizinho.

Segundo o governo do estado do Rio, o lixão de Guapimirim é o último situado às margens da Baía de Guanabara a ser fechado. Desde o início do ano, com a entrada em funcionamento das Centrais de Tratamento de Resíduos (CTR) de Seropédica, São Gonçalo e Belford Roxo, os depósitos de Gramacho, Babi e Itaóca também foram desativados. Situado em meio à vegetação de Mata Atlântica, o espaço agora ganhará um plano de recuperação, que inclui coleta de chorume, impermeabilização do solo e, no futuro, reflorestamento. (mais…)

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Publicada lei que estabelece pena para envolvidos em milícias e grupos de extermínio

Renata Giraldi, Repórter da Agência Brasil

Brasília – A punição para crimes relativos a grupos de extermínio, milícias, organizações paramilitares e esquadrões pode chegar a oito anos de detenção. A lei tipificando o crime e estabelecendo a pena foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff e está na edição de hoje (28) no Diário Oficial da União.

O Artigo 2º do texto determina que a pena será aumentada em um terço até a metade, se o crime de homicídio for praticado por milícia privada, sob “o pretexto de prestação de serviço de segurança ou por grupo de extermínio”. A pena mínima é quatro anos e a máxima, oito. Pelo Código Penal, de 1940, a associação de mais de três pessoas para cometer crimes é denominada quadrilha, cuja pena vai de um a três anos.

O Artigo 288 do texto publicado hoje no Diário Oficial da União detalha em que consiste o crime: “Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes [previstos no Código Penal]”, diz. (mais…)

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O desmantelamento do estado de bem estar social é o DNA do capitalismo. Entrevista especial com Ruy Braga

“Há um retrocesso da solidariedade da classe estruturada durante o período fordista, e um avanço de um projeto de sociedade marcadamente individualista e neoliberal, um individualismo esvaziado de solidariedade, profundamente marcado pela concorrência com os diferentes atores”, diz o sociólogo. Confira a entrevista.

“As políticas de austeridade derivam de uma tentativa de transferir o ônus econômico para as classes trabalhadoras”, frisa o sociólogo Ruy Braga, ao comentar o desmantelamento do Estado de bem-estar social nos países europeus que enfrentam a crise econômica. Segundo ele, para diminuir os prejuízos do capital financeiro, o Estado nacional assume “ônus de socializar as perdas entre as classes sociais subalternas”.

Na avaliação de Braga, a crise atual é de natureza política e econômica e se manifesta de “forma mais ou menos aguda desde meados da década de 1970”. Os pacotes de austeridade impostos pela Tróika apontam para “a questão de que o capitalismo não é capaz de resolver essa dupla contradição, ou seja, integrar os trabalhadores e ao mesmo tempo protegê-los. Essa foi uma ilusão do capitalismo pós-guerra, especialmente na Europa”, enfatiza o sociólogo em entrevista concedida à IHU On-Line por telefone. (mais…)

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