Quilombolas convocam para a Cúpula dos Povos!

 

Damião Braga, remanescente do Quilombo da Pedra do Sal, no Rio de Janeiro, convoca a sua participação e fala sobre a importância da participação da sociedade civil e da Cúpula dos Povos na defesa do bem comum. A produção é da equipe da TV Cúpula e também fará parte da programação a ser exibida no Aterro do Flamengo, de 15 a 23 de junho.

Assista e divulgue!

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Não se pode calar, quando a mentira passa como necessidade do país

“A forma como o governo brasileiro está tratando nossa região é tão revoltante e essa MP 558 é um sintoma apenas que não podemos calar e os leitores e leitoras de IHU precisam saber que aqui na Amazônia, se há deputados e políticos ficha suja e inescrupulosos, há também pessoas e organizações que não aceitam serem tratados como obstáculos ao crescimento econômico e como bagrinhos desnecessários, como já ousou dizer o sr. Lula da Sila a seu tempo de presidente e agora confirmado pela sucessora dele. Por isso, enviamos esta manifestação anexa de indignação. É uma forma de dizer ao Brasil de lá que o Brasil de cá existe e não aceita ser tratado como eterna colônia de saque”, escreve Edilberto Sena, padre coordenador geral da Rádio Rural de Santarém, presidente da Rede Notícias da Amazônia – RNA e membro da Frente em Defesa da Amazônia – FDA. ao enviar o artigo que publicamos a seguir.

Eis o artigo.

Existe hoje uma falácia criminosa que envolve o presente e o futuro da natureza e dos povos da Amazônia. Quem passa essa mentira é o governo brasileiro e seus submissos acólitos do Congresso Nacional. São tantas as mentiras do PAC, que o Brasil de lá e o mundo assimilam como verdade natural sobre o que está acontecendo na Amazônia.

Entre outras, a mais recente mentira é a da Medida Provisória 558 da Presidente Dilma Rousseff e aprovada pelo Congresso nacional. Ela trata simplesmente de reduzir cerca de 150 mil hectares de floresta na bacia do rio Tapajós, no Pará e em parte de Rondônia/Amazonas. (mais…)

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Parteiras querem ser reconhecidas como patrimônio imaterial do País

Depois da roda de capoeira, do acarajé baiano e do toque dos sinos de Minas Gerais, chegou a vez de os chás, as rezas e as massagens que servem de pano de fundo para muita gente chegar ao mundo se tornarem patrimônio nacional.

A reportagem é de Ocimara Balmant e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 03-06-2012.

É que a ONG Instituto Nômades encaminhou ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) um inventário e uma solicitação do registro do ofício da parteira tradicional como bem cultural de natureza imaterial.

“A maioria das parteiras é idosa e o saber acumulado por elas encontra-se sob ameaça de desaparecimento diante de um contexto que inclui a oralidade desse saber, o desinteresse das novas gerações pelo ofício e a pouca valorização da profissão em nossa sociedade”, afirma Júlia Morim, antropóloga do Instituto Nômades. “Partejar não é só retirar o bebê. Precisamos preservar esse saber coletivo que reforça a identidade de um povo.”

Apesar de não haver uma estatística oficial, estima-se que sejam realizados 40 mil partos domiciliares no País ao ano, a maioria deles assistida por parteiras tradicionais das Regiões Norte e Nordeste. Para fazer o inventário, a ONG localizou e entrevistou 165 parteiras das 871 residentes no Estado de Pernambuco. (mais…)

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A convivência com o semiárido. Um novo paradigma. Entrevista especial com Haroldo Schistek

“Querendo combater a seca, nunca ganharemos. A convivência com o semiárido procura entender a natureza cada vez mais e organizar a vida e a produção conforme os parâmetros encontrados”, diz o agrônomo.

“Quando um ano de baixa precipitação assusta a sociedade e os governos, isso é um sinal de que até hoje o semiárido é uma região mal compreendida”. É com essa declaração que Haroldo Schistek comenta as notícias de que o semiárido brasileiro enfrenta a maior seca dos últimos 50 anos. Idealizador do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – IRPAA, ele esclarece que “anos de mais baixa precipitação não devem assustar a ninguém, ao contrário, devem ser considerados como fator de produção”. Para ele, as dificuldades do semiárido brasileiro estão relacionadas à falta de investimento dos governos estaduais e federal, que não propõe alternativas eficazes para assegurar uma vida digna no sertão. “Uma catástrofe, isto sim, é a falta de preparo dos nossos governos. Tiveram três décadas, deste a última grande seca, para não, mais uma vez, serem apanhados de surpresa. Porém, precisam mais uma vez tomar medidas de emergência, gastar somas vultuosas para evitar maiores prejuízos econômicos e mortes da população”.

Diante das dificuldades enfrentadas pelos sertanejos que dispõem de pouca terra e não têm infraestrutura para enfrentar os períodos mais críticos, Schistek lamenta: “Sabemos que para o povo, agora é a hora de cuidar da vida, ter carro-pipa, achar preço bom para os animais, procurar emprego para alimentar a família. Ir atrás de subsídios do governo. Serão longos meses de sol quente, de poeira e de muitas caminhadas e viagens. Será uma luta, uma batalha, até alcançar a próxima chuva”.  (mais…)

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Especial Blog – Neyla Ferreira Mendes: “Moro no estado onde acontece hoje o mais escabroso caso de Racismo Ambiental”

Na palestra que fez no IFF de Campos, no II Mosaico Ambiental “Rumo às Rio+20”, a da Defensora Pública Neyla Ferreira Mendes, de Mato Grosso do Sul, denunciou principalmente  o verdadeiro genocídio que vem sendo praticado contra os Povos Indígenas do estado. Num cenário em que povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais vêm sendo cada vez mais ameaçadas pelo avanço do agronegócio e dos mega empreendimentos, Neyla explicou a importância de a sociedade civil se “apossar” das Defensorias Públicas. E foi além, afirmando para o Promotor Felício Pontes, também presente: “Mato Grosso do Sul é Belo Monte amanhã”. Segue a palestra, em dois blocos. TP.

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Dom Erwin Kräutler: “Lula e Dilma passarão para a História como predadores da Amazônia”

Eliane Brum*

O lendário bispo do Xingu, ameaçado de morte e sob escolta policial há seis anos, afirma que o PT traiu os povos da Amazônia e a causa ambiental. Afirma também que Belo Monte causará a destruição do Xingu e o genocídio das etnias indígenas que habitam a região há séculos. Há 47 anos no epicentro da guerra cada vez menos silenciosa e invisível travada na Amazônia, Dom Erwin Kräutler encarna um capítulo da história do Brasil

Eliane Brum

Nesta segunda-feira, um homem grande, de sorriso caloroso e cabelos brancos, embarcou em um avião para o Brasil. Para o Brasil apenas, não. Para a Amazônia. Depois de 40 dias na Áustria, a terra onde nasceu, ele sente falta da geografia que escolheu para ser sua desde o momento em que, ainda jovem e tropeçando no português, descobriu maravilhado que o Reno é “um igarapé comparado ao Xingu”. Dom Erwin suspira de saudades do rio, das gentes, dos cheiros e até do clima da cidade paraense de Altamira, com temperaturas e humores tão intratáveis que só agrada aos mais fortes. Este homem, que circulava livremente por ruas imaculadas na primavera austríaca, onde foi garimpar recursos para projetos sociais na Amazônia, volta agora para sua rotina de prisioneiro. Há seis anos, Dom Erwin Kräutler, bispo do Xingu, não dá um passo no Brasil sem estar sob a escolta dos quatro policiais que se alternam para proteger sua vida.

Perto de completar 73 anos, Dom Erwin, que acolheu e depois enterrou a missionária assassinada Dorothy Stang, vive na mira de pistoleiros. Homens contratados por gente graúda para calar uma voz que há quase meio século eleva o tom na defesa dos mais pobres e dos mais frágeis, dos indígenas, dos ribeirinhos e dos extrativistas da Amazônia. Dom Erwin tem escrito, com rara coerência, um capítulo crucial de uma história pouco contada no Brasil: o papel da Igreja Católica, especialmente a dos religiosos ligados à Teologia da Libertação e às comunidades eclesiais de base, na proteção dos povos da floresta – e da própria Amazônia – a partir da segunda metade do século XX. (mais…)

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Programação do Ato Público da Plenária dos Movimentos Sociais no Dia Mundial do Meio Ambiente, amanhã

“Em defesa dos bens comuns, contra  a mercantilização da Vida”

Sérgio Ricardo de Lima*

O Ato do Dia 5 de Junho- Dia Internacional do Meio ambiente -, em frente ao  INEA ( Instituto Estadual do Ambiente) e a Secretaria deAmbiente do RJ,  é uma expressção da luta das populações do estado impactadas pelo atual modelo de desenvolvimento econômico implantado pelo governo estadual e que está configurando no RJ uma “Economia Cinza”, causando degradação ambiental, remoções e perda do território de vida de populações tradicionais do RJ, como pescadores artesanais, quilombolas e pequenos agricultores.

Este “desenvolvimento econômico” marrom se materializa nos mega-empreendimentos em curso no estado, como o Polo Siderúrgico de Santa Cruz , a TKCSA, intensamente poluidor e impactante para a população de Santa Cruz, o Porto do Açu em Campos, o Porto Sudeste na Baía de Sepetiba, a Refinaria da Petrobrás em Itaboraí (Comperj), a monocultura do eucalipto no norte e noroeste do estado, que forma o chamado Deserto Verde Fluminenense, responsabilidade da Corporação Fíbria, antiga Aracruz Celulose, só para citar alguns exemplos. (mais…)

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ONG internacional considera “decepcionante” apoio do Brasil a restrições na Comissão de Direitos Humanos da OEA

A Human Rights Watch, destacada organização internacional de defesa dos direitos humanos, divulgou hoje nota qualificando como ”decepcionante” o apoio do Brasil às propostas de mudança na Comissão Interamericana de Direitos Humanos. De acordo com o texto, assinado por José Miguel Vivanco, responsável pela Divisão das Américas, tal tipo de atitude é compreensível entre os membros da Alba, organização idealizada por Hugo Chávez, da Venezuela. Não é aceitável, porém, em um país que reivindica papéis com responsabilidade mundial. (mais…)

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