II Encontro Internacional de Jovens Indígenas de MS será na aldeia Jaguapirú

Por Caroline Maldonado

Nos dias 27, 28 e 29 de janeiro a aldeia Jaguapirú, em Dourados, sedia o II Encontro Internacional de Jovens Indígenas do Mato Grosso do Sul. Este ano o tema é “Jovens Indígenas no contexto contemporâneo”.

O encontro é realizado pela Ação dos Jovens Indígenas de Dourados (AJI), Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) e o Grupo de Trabalho Internacional para Assuntos Indígenas IWGIA.

Mais informações: AJI: (67) 3422-2617

http://www.rededesaberes.neppi.org/noticias.php

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Brasil: a mídia dá (péssimos) conselhos a Dilma

Antonio Martins

Numa matéria do Estadão, uma aula sobre como distorcer fatos, sugerir uma “saída única” para a crise financeira e evitar o debate público sobre as alternativas

Há uma razão a mais para acompanhar atentamente o ataque aos direitos sociais e serviços públicos na Europa, com seus resultados desastrosos. Na virada do ano, voltaram a se manifestar as pressões para que o governo brasileiro adote medidas muito semelhantes às que estão causando retrocessos históricos no Velho Continente. Dois setores, em especial, atuam nesta direção: os grandes aplicadores no mercado financeiro e quase toda a mídia comercial, aliada a eles. Pedem um novo corte no Orçamento da União, igual ou superior ao que colocou a economia em marcha lenta e quase provocou uma recessão, em 2011. Mas evitam o debate aberto. Seus meios são outros: ações nos bastidores do sistema político, distantes da opinião pública. E publicação, nos jornais, de matérias que apresentam o corte como “natural” ou “inevitável”.

A matéria de capa de O Estado de S.Paulo deste domingo (1º/11) é um modelo de como funciona este tipo de jornalismo. Desdobra-se em dois textos. Ambos são especulativos. Baseiam-se em informações de fontes não-identificadas. Trata-se de um recurso jornalístico que pode ser usado tanto para revelar fatos importantes, quanto para deformar a realidade, apresentando os desejos de grupos de poder como se fossem certezas,decisões já tomadas. (mais…)

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Moradores de habitações construídas com recursos do PAC ainda temem pela qualidade das obras

Thais Leitão, Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Os moradores de casas e apartamentos construídos por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Rio de Janeiro, disseram que condições de vida melhoraram muito desde que mudaram para as unidades habitacionais. Muitos deles, no entanto, reclamam que ainda têm medo que problemas nas obras, como rachaduras nas paredes e entupimentos na rede coletora de esgoto, comprometam os imóveis.

A empregada doméstica Adriana Pereira, de 34 anos idade, mora há dois anos no quarto andar de um dos edifícios do conjunto do PAC em Manguinhos, zona norte da cidade. Ela disse que poucos meses depois de ocupar o apartamento começou a notar rachaduras na sala e no quarto da filha. Então encaminhou, por meio da síndica do seu bloco, reclamações à Empresa de Obras Públicas (Emop), órgão do governo estadual responsável por gerenciar os empreendimentos, mas que nada até agora foi feito.

“Logo que elas começaram a aparecer, vieram técnicos aqui, tiraram fotos fizeram perguntas, mas nunca voltaram para uma solução. Já vi equipes fazendo reparos nos corredores e em outros apartamentos, mas não no meu e dos meus vizinhos de porta”, disse. (mais…)

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A esquerda mundial após 2011

Wallerstein propõe: as múltiplas correntes que desejam superar capitalismo precisam construir certos acordos, para não desperdiçar enormes esperanças surgidas no ano

Por Immanuel Wallerstein | Tradução: Daniela Frabasile

Por qualquer ângulo, 2011 foi um bom ano para a esquerda mundial – seja qual for a abrangência da definição de cada um sobre a esquerda mundial. A razão fundamental foi a condição econômica negativa, que atinge a maior parte do mundo. O desemprego, que era alto, cresceu ainda mais. A maioria dos governos enfrentou grandes dívidas e receita reduzida. A resposta deles foi tentar impor medidas de austeridade contra suas populações, ao mesmo tempo em que tentavam proteger os bancos.

O resultado disso foi uma revolta global daquilo que o movimento Occuppy Wall Street chama de “os 99%”. Os alvos eram a excessiva polarização da riqueza, os governos corruptos, e a natureza essencialmente antidemocrática desses governos — tenham eles sistemas multipartidários ou não. (mais…)

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Onze anos do assassinato de um lutador pela reforma agrária

Manifestantes denunciam impunidade e cobram “Reforma agrária, já!”

Manifestantes marcham em Rondon do Pará no ato “Pela paz, por liberdade e justiça no campo” - Foto: Leonardo Severo

Leonardo Wexell Severo, de Rondon do Pará (PA)

“Os ninguém, os filhos de ninguém, os donos de nada”, como diria Eduardo Galeano, tomaram as ruas de Rondon do Pará, dia 26 de novembro, para honrar a memória de um igual, que “custou menos do que a bala que o matou”. No ato “Pela paz, por liberdade e justiça no campo”, manifestantes vindos de todo o Pará lembraram o exemplo de José Dutra da Costa (Dezinho), batalhador pela reforma agrária e pelos direitos dos trabalhadores assassinado há 11 anos, cujo crime se mantém impune.

“Dezinho acreditava e defendia uma forma de desenvolvimento contrária do que sempre se viu em Rondon. Queria ver as terras públicas repartidas entre as famílias de trabalhadores rurais sem terra para aumentar a produção, a circulação de produtos dos agricultores no mercado local, melhorar a renda e a qualidade de vida dos mais pobres”, lembra a presidenta do Sindicato local, Zudemir dos Santos de Jesus (Nicinha), mantida sob proteção policial.

A seu lado, a viúva de Dezinho, dona Maria Joelma, também escoltada noite e dia por soldados da Força Nacional, recorda as razões do assassinato. “Dezinho não concordava que os pobres tivessem que viver amontoados nos bairros em extrema pobreza ou que tivessem que enfrentar o trabalho escravo nas fazendas, carvoarias e serrarias. Por isso, denunciava os grileiros de terras públicas, os latifúndios improdutivos, os utilizadores de mão de obra escrava e os autores de crimes ambientais. Os que enriqueceram com tais práticas decretaram a sua morte, pensando que com isso colocariam um fim na sua existência. Mataram o homem, mas suas ideias sobrevivem”, acrescentou. (mais…)

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2015 – Marcha das cem mil mulheres negras

Em homenagem às nossas ancestrais e em defesa da cidadania plena das mulheres negras brasileiras marcharemos porque:
  • nós mulheres negras (pretas + pardas) somos cerca de 49 milhões espalhadas por todo o Brasil;
  • o racismo, o machismo, a pobreza, com a desigualdade social e econômica, têm prejudicado nossa vida, rebaixando a nossa autoestima coletiva e nossa própria sobrevivência;
  • o fortalecimento da identidade negra tem sido prejudicado ao longo dos séculos pela construção negativa da imagem da pessoa negra, especialmente da mulher negra, desde a estética (cabelo, corpo etc) até ao papel social desenvolvido pelas mulheres negras;
  • as mulheres negras continuam recebendo os menores salários e são as que mais têm dificuldade para entrar no mundo do trabalho;
  • a construção do papel social das mulheres negras é sempre pensada na perspectiva da dependência, da inferioridade e da subalternização, dificultando que nós possamos assumir espaços de poder, de gerência e de decisão, quer seja no mercado de trabalho, quer seja no campo da representação política e social;
  • as mulheres negras sustentam o grupo familiar desempenhando tarefas informais, que as levam a trabalhar em duplas e triplas jornadas de trabalho;
  • ainda não temos os nossos direitos humanos (direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais) plenamente respeitados. (mais…)

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PE – Moradores de Tacaratu interditam rodovia para pedir mais segurança na PE-375

Moradores da aldeia indígena Pankararu realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira para pedir mais segurança na PE-375. (Imagem: Sérgio Oliveira/Divulgação)

Por Anamaria Nascimento

Depois do acidente ocorrido no último domingo que deixou cerca de 30 pessoas feridas e uma morta, em Tacaratu, no Sertão do estado, moradores da aldeia indígena Pankararu realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira para pedir mais segurança na PE-375, rodovia onde ocorreu o acidente. Eles bloquearam a estrada, que passa por dentro da cidade, para exigir a proibição do tráfego de caminhões pesados pela PE. O Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRV) não soube informar se houve engarrafamento e o tempo que durou a mobilização.

Dos 30 feridos, seis precisaram de internamento. Quatro foram trazidos para o Hospital da Restauração (HR) e dois foram levados para um hospital de Petrolina. Foram atendidos no HR, Amanda Kauani dos Santos, 9 anos, Luiz Eduardo Silva, 7, Pedro Vitor Ferraz, 2, e Maria Ana dos Santos, 63. Dos quatro, apenas Amanda continua internada na unidade de saúde. O estado de saúde dela é considerado estável e ela está em observação. (mais…)

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Palmares debate valorização da capoeira para a Copa de 2014

Por Daiane Souza

Visando estratégias ao fortalecimento e a valorização da capoeira como plataforma de promoção cultural de Brasília, a Fundação Cultural Palmares, em parceria com a Confederação Brasileira de Capoeira (CBC), realizou na última sexta-feira (30) o seminário A Capoeira como Plataforma de Promoção Cultural de Brasília na Copa do Mundo de 2014.

Capoeirista há 30 anos, Mestre Gavião, de Águas Claras, considera a iniciativa um passo importante. “Só com a ajuda do Estado será possível mostrar ao Brasil e ao mundo o que significa a resistência que é a capoeira”, explica. Ele ressalta que o seminário foi um espaço para apresentar a possibilidade da capoeira também como esporte olímpico. “Se conseguirmos levá-la para debate nas Olimpíadas de Londres (2012) e para a abertura oficial da Copa (2014) teremos grandes chances de tê-la como esporte olímpico consagrado para as Olimpíadas de 2016 em nosso país.

Empreendedorismo – De acordo com Gersonilto de Sousa, presidente da CBC, a qualificação do capoeirista terá por finalidade torná-lo um indivíduo mais completo diante da oportunidade dos jogos internacionais. “O aprendizado de outras línguas e o bom relacionamento interpessoal farão do capoeirista uma importante ferramenta”, afirmou. “É uma atividade que integra e disciplina, além de ter uma função histórica importante para o país”, completou Antônio Márcio Ferreira, coordenador-geral de Educação para as Relações Étnico-Raciais do Ministério da Educação. (mais…)

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Comunicado de prensa de La Vía Campesina en Durban

Los campesinos y campesinas condenan la Plataforma de Durban: La verdadera solución al cambio climático es la agricultura sostenible.

(Yakarta, 16 de diciembre de 2011). La Vía Campesina, movimiento internacional de campesinos y productores familiares, denuncia a los grandes emisores de carbono que pretenden esquivar su responsabilidad histórica sin hacer reducciones de gases reales y tratando llevar la crisis climática hacia falsas soluciones basadas en el mercado. La Plataforma de Durban, en la CMNUCC [Convención Marco de las Naciones Unidas sobre Cambio Climático] en el marco de la 17ma Conferencia de las Partes [COP17] que se llevó a cabo en Durban, permite que los contaminadores sigan contaminando, asegurando al mismo tiempo sus mecanismos de mercado.

La CMNUCC ha declarado que la Plataforma de Durban es un paso adelante y una manera de avanzar en la lucha contra el cambio climático. Sin embargo, un análisis más exhaustivo demuestra que no existen en los países desarrollados compromisos reales sobre reducción de emisión de gases. Hay quienes sostienen que ha sido un éxito como el que se obtuvo en el Protocolo de Kyoto pero de hecho, lo único que quedó a salvo fueron los mecanismos de mercado del Protocolo. El segundo compromiso no fue alcanzado y de hecho se aplazó para el próximo año, lo que sí se aseguró como siempre es que los mecanismos de mercado seguirían vigentes. El Fondo Verde para el Clima, que estará bajo el control del Banco Mundial, y financiado por los países industrializados (a quienes no les preocupa en lo más mínimo su deuda histórica con el Sur Global) es probable que se convierta en una fuente de financiamiento de falsas soluciones para los países afectados. (mais…)

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