Fábio Pereira
Fui convidado por moradores, que me ligaram em desespero, a visitar o bairro Figueira, em Duque de Caxias. Mais precisamente nos arredores da empresa AMBIENTAL LIXO ZERO.
O que vi, ouvi e senti foi aterrorizante, indigno: um mau cheiro insuportável, essa empresa é um deposito de lixo constante, com chorume no chão, trabalhadores sem equipamentos básicos, desrespeito aos moradores vizinhos que, após a instalação dessa empresa, têm sua saúde e bem estar violados pelo constante e terrível mau cheiro.
Só para que o leitor tenha uma ideia, eu fiquei pouco menos de 3 (três) horas no entorno da empresa, ouvindo relatos desesperados dos vizinhos e sai dali com ardência nas vias nasais e dor de cabeça. Fico imaginando aquela população que é obrigada a suportar aquilo todos os dias, com esse martírio já durando anos.
Infelizmente a prefeitura de Duque de Caxias, através da sua secretaria de meio ambiente, está omissa em relação ao caso, transferindo a responsabilidade para o Ministério Público, este, por sua vez, também prorroga o prazo de funcionamento daquele lixão que se chama empresa por sucessivas vezes.
Os moradores organizaram abaixo-assinado, tentaram diálogo com a empresa, buscaram a prefeitura, a Justiça e nada.
Cabe agora, ampliarmos a denuncia para que toda Duque de Caxias saiba desse desrespeito ao meio ambiente e a saúde dos moradores da Figueira.
Peço, sensibilizado com o que vi e senti, que repassem essa notícia com toda força e meios que puderem.
A dignidade e bem estar dessa gente já tão sofrida pela carência de serviços públicos básicos – como rua calçada, por exemplo – precisa ser amenizada com a interdição desse lixão travestido de empresa.
É hora da prefeitura e demais governos, tomar vergonha na cara e, além de impedir que aquela empresa funcione, trate aqueles moradores como cidadãos e restaure a dignidade violada pela quase total ausência de políticas públicas.
Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça! Quem tem coração para partilhar, que compartilhe!
http://www.caxiasdigital.com.br/blog/autoridades-fazem-pouco-caso-com-crimes-ambientais-na-figueira-duque-de-caxias/