Leonardo Sakamoto
Durante sua coluna semanal “Conversa com a Presidenta”, Dilma Rousseff falou, nesta terça, sobre os impactos da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará:
“Belo Monte será fundamental para o desenvolvimento da região e do país, e o reservatório não vai atingir nenhuma das dez terras indígenas da área. Os povos indígenas não serão removidos de suas aldeias.”
Acho que perdi alguma coisa no meio do caminho… Porque até uma lontra em coma sabe que a principal preocupação das populações tradicionais a serem impactadas pela obra é exatamente o contrário: a Volta Grande do Xingu, cerca de 100 quilômetros de rio, vai praticamente secar por conta do canal que desviará a água para a geração de enegia. Isso afetará não apenas a fauna e flora, mas também a navegabilidade para as populações tradicionais, seu acesso ao alimento através da pesca – noves fora as milhões de poças d’ água que serão maternidade de mosquitos causadores de malária.
Vale lembrar que, depois de ser cobrado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ligada à Organização dos Estados Americanos, para que respondesse às acusações de que estaria ignorando as populações indígenas que serão afetadas pela obra no processo de consultas públicas, o governo brasileiro proferiu críticas severas com relação à autoridade da OEA para esse tipo de questionamento. Além de cancelar a indicação de Paulo Vannuchi, ex-ministro da área de Direitos Humanos, para uma cadeira na Comissão e chamar de volta seu embaixador na entidade.
Problemas com os subsídios ao algodão e ao açúcar dados pelas nações ricas do Norte e que causam danos aos nossos produtores rurais são tema para organismos internacionais, enquanto que, quando somos nós os acusados, gritamos contra a arbitrariedade desses mesmos organismos?
Como sustentar práticas anacrônicas diante de compromissos firmados internacionalmente quando estes são colocados à prova por informação que flui em segundos? Informações que não podem ser desmentidas ou escondidas com jogos de palavras em colunas semanais.
http://xingu-vivo.blogspot.com/
diz pra Dilma, que 3,2 bilhões de investimento pra diminuição do impacto ambiental é pouco!!!!!!!!!! se a obra pode custar 30 BILHOES ela que dê um jeitinho então e libere ao menos o dobro do custo da obra, por que o estrago vai ser GRANDE e mesmo assim nao vai ter dinheiro que pague esse impacto ambiental… a dilma só sabe dizer.. “os povos indígenas não serão removidos” essa não é a questao querida presidenta… ainda bem que eu nao votei nisso… LIXO