IV Encontro da CONAQ: A bela vitória da luta quilombola corporificada no discurso final!

“Oh, Senhor Ogum, nós somos companheiros! E nos campos de batalha nós somos guerreiros!”

Texto, fotos e vídeo: Tania Pacheco

Apenas duas frases repetidas na voz negra de Vó Sebastiana (e voz tem cor? Nunca tive a menor dúvida a respeito!), saudando as novas Coordenações Estaduais da CONAQ, reunidas em torno do que havia sido a mesa de trabalhos, ao longo de três dias. No anfiteatro lotado e de pé, perto de 500 outras vozes se uniam nas mesmas frases: cantadas, gritadas como um desafio, choradas na emoção do acúmulo de tudo o que havia sido vivido e da beleza da vitória conquistada. Pronunciávamos junt@s como que o primeiro discurso de encerramento do IV Encontro da CONAQ.

Rememorando esses últimos dias, o filminho (que começava às 8 da manhã e não acabava antes das 8 da noite) agora passa em flashes rápidos. (mais…)

Ler Mais

Funcionários da Funai retornam a base no Acre invadida por traficantes peruanos e reclamam da falta de segurança

Vista aérea da região onde está localizada a Base de Vigilância Xinane, no Acre

Por Maria Emília

Quatro funcionários da Funai (Fundação Nacional do Índio) e um sertanista que trabalha com eles retornaram nesta sexta-feira (5 de agosto) à base invadida por traficantes peruanos durante o mês de julho. Os funcionários se queixam que a Polícia Federal não permaneceu na base para garantir a proteção da fronteira e dizem que pretendem ficar por lá devido “ao compromisso que têm com os índios”. A PF, por sua vez, diz que está analisando a situação e que provavelmente fará um sobrevoo na área esta manhã.

A invasão à base da Funai aconteceu no dia 23 de julho. Segundo relatório da Funai a que o UOL Notícias teve acesso, eram cerca de 40 pessoas vindas do Peru. A Fundação, alertada por índios Ashaninka, que vivem em uma aldeia a três horas de barco da base pediu ajuda ao Ministério da Justiça, à PF (Polícia Federal) e ao Exército. A base, que fica em 32 quilômetros da fronteira do Peru e a cinco dias de barco do município de Feijó (AC) foi saqueada após evacuação dos funcionários da Funai.

(mais…)

Ler Mais

CE – Pelo respeito à democracia na escolha do/a Ouvidor/a da Defensoria Pública

Aline Baima*

Amanhã, 8 de agosto de 2011, a Defensoria Pública Geral do Ceará dará um importante passo. Será escolhido(a), pela primeira vez, um(a) Ouvidor(a) Externo(a).

A iniciativa de instituir uma Ouvidoria Externa é bastante simbólica, revelando o interesse e o empenho de um diálogo efetivo, uma proximidade maior com os setores assistidos pela Defensoria, contribuindo assim para ampliar a compreensão desta sobre os contextos e demandas deste público, como também esta poderá contar com o maior envolvimento e participação da população na sua própria defesa, com vistas à autogestão de diretos.

O envolvimento de diversos segmentotores da sociedade civil, tanto na composição de nomes para a lista tríplice, como para a votação, e também as manifestações da sociedade, congratulando a iniciativa da Defensoria e defendendo a escolha do mais votado, são sinais do reconhecimento da importância deste espaço pela sociedade civil e mostram que ele já está movimentando e contribuindo para uma aproximação maior da sociedade com a instituição, fazendo com que os movimentos reflitam sobre o papel e a importância desta para uma sociedade mais justa e democrática. A Defensoria Pública e a sociedade saem fortalecidas deste processo.

A próxima etapa será a escolha do(a) Ouvidor(a) Externo (a), dentre os(as) três mais votados(as) pela sociedade civil. (mais…)

Ler Mais

Insensata opção

Por Heitor Scalambrini Costa*

Muito se tem falado e escrito pró e contra a opção do governo Lula/Dilma em reativar o Programa Nuclear, implicando assim na instalação de centrais nucleares no território brasileiro.

Os defensores desta tecnologia, identificados com setores da burocracia estatal, militares, membros da academia, grupos empresariais (empreiteiras e construtores de equipamentos), julgam que o Brasil não deve prescindir desta fonte de energia elétrica para atender à demanda futura, alegam ser vantajosa por ser barata e “limpa” por não emitir gases de efeito estufa. Afirmam não ser possível acompanhar o desenvolvimento científico-tecnológico, caso não se construam usinas nucleares. E por outro lado, minimizam o recente desastre ocorrido no complexo de Fukushima Daiichi, garantindo riscos mínimos, e mesmo a ausência deles, nas instalações brasileiras.

À primeira vista tais argumentos pareceria convincente, e poderiam até confundir os mais neófitos e menos desavisados cidadãos e cidadãs, que desejam o melhor para o país e para sua população. Mas a verdade dos fatos tem revelado que a opção pela energia nuclear atende somente a interesses inconfessáveis de alguns, em detrimento dos interesses da ampla maioria, resultando em mais problemas do que soluções. (mais…)

Ler Mais

Declaración Final de II Encuentro Continental de Formadoras y Formadores Agroecológicos

CLOC-Vía Campesina

El mundo se encuentra enfrascado en múltiples crisis generadas por la codicia inherente al sistema capitalista, caracterizado por la dominación del capital sobre la producción de los bienes de la naturaleza. Entre ellas la Crisis Alimentaria y la Crisis Climática.

El hecho de que el número de personas hambrientas en el mundo haya subido de 800 millones a mil millones en los últimos años, aunado a la terrible hambruna en Somalia, muestra que el sistema alimentario dominante de las corporaciones es incapaz de alimentar al mundo, a la vez de que las emisiones de gases de efecto invernadero producidos por el mismo modelo calientan el planeta y dañan a la Madre Tierra.

El capital, representado por las corporaciones, los medios de comunicación, educación formal, las transnacionales, el latifundio y el agro negocio actualmente han cambiado su discurso apropiándose de términos y concepciones construidas a lo largo de la historia por los pueblos.

La Vía Campesina, por otro lado tiene la propuesta de la agricultura agroecológica, campesina, indígena, comunitaria que se presenta como pilar fundamental en la construcción de la soberanía alimentaria. Este modelo de agricultura produce alimentos sanos, basados en la diversificación de cultivos, en nuevas relaciones entre hombres, mujeres y la naturaleza en la eliminación del uso de agro tóxicos, de transgénicos y la dependencia del capital. (mais…)

Ler Mais