Com 30 mil indígenas escravizados e torturados “Febre da Borracha” segue símbolo de injustiça

Jeane Freitas, Jornalista da Adital

“Para que os espíritos de nossos ancestrais descansem em paz”. Este foi o pedido emocionado que Fany Kuiru, uma colombiana witoto, fez ao mundo, para ajudar a revelar o que aconteceu com os seus antepassados durante a chamada “Febre da Borracha”, período em que milhares de índios foram escravizados e assassinados em países com territórios amazônicos. A informação foi divulgada pela organização Survival Internacional.

Após 100 anos de o jornal ‘Daily News’ ter apresentado os índios Omarino e Ricudo pela primeira vez ao público britânico para mostrar ao mundo que os indígenas de Putumayo, na Colômbia, estavam sendo escravizados, o mistério dos escravos da borracha continua. Os índios, que haviam sido levados para o país para mostrar a exploração durante a “febre da borracha”, foram ‘dados de presente’ ao Cônsul Britânico Roger Casement em 1910. Um deles foi trocado por um par de calças e uma camisa e o outro ganho em um jogo de cartas. (mais…)

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Manifestação pacífica contra Código Florestal em frente ao Congresso acaba em prisão

Jovens reuniram-se ontem (2) em frente ao Congresso Nacional para protestar contra a aprovação do novo Código Florestal e contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Os manifestantes estão acampados em Brasília desde domingo (31) e têm o objetivo de plantar mudas de árvores nativas do cerrado, no gramado em frente ao Congresso.

No domingo, três mudas foram plantadas: uma de Copaíba, uma de Ipê Roxo e outra de Aroeira, mas a Polícia Senado retirou todas. “Isso é um crime previsto em lei e, para cada muda retirada, 30 devem ser replantadas no lugar, ou seja, o Senado nos deve 90 mudas de plantas”, disse o historiador Leandro Cruz, de 28 anos, que participava do manifesto. Às 16h, o grupo reuniu-se, plantou uma das mudas no gramado e, posteriormente, as polícias Federal e Militar foram acionadas. (mais…)

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Somalis são perseguidos pela miséria enquanto tentam fugir da fome

Somalis são perseguidos pela miséria enquanto tentam fugir da fome

As pessoas começaram a andar com dificuldade ao amanhecer, mais de mil a cada dia, exaustas, doentes e famintas, se materializando do ar do deserto para ocupar seus lugares nos portões do maior campo de refugiados do mundo, aqui no norte do Quênia.

Elas estão fugindo de uma das piores secas na Somália em 60 anos e muitas caminharam por semanas, em meio a uma paisagem anárquica, repleta de bandidos e militantes, mas pouca comida.

Quando chegam aqui, muitas mal conseguem permanecer em pé, conversar ou engolir. Algumas mães até mesmo chegam com os corpos murchos de bebês amarrados em suas costas.

Abdio Ali Elmoi agarra seu filho, Mustapha, cujos olhos estão fechando. Seu rosto está marcado pelo pesar. Ela já perdeu três filhos para a “gaajo”, ou fome, uma palavra comum por aqui.

“Eu caminhei o dia todo e a noite toda”, ela sussurrou, mal conseguindo falar. “De onde venho, não há comida.” (mais…)

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Água para todos, menos para o Xingu, artigo de Mauricio Santos Matos(*)

Em 27/07/2011 foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto nº7535, instituindo o Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Água, denominado “Água Para Todos”.

Dentre suas diretrizes estão a “priorização da população em situação de extrema pobreza” e o “fomento à implementação de infraestrutura e equipamentos de captação, reservação, tratamento e distribuição de água, oriunda de corpos d’água, poços ou nascentes e otimização de seu uso”. Tudo isso articulado com os órgãos responsáveis pela segurança alimentar e nutricional e pela saúde e meio ambiente, dentre outros.

Não há como deixar de notar a enorme incoerência, mesclada com pitadas de demagogia e sadismo, por parte do Governo Federal.

Ao mesmo tempo em que edita uma medida de vital importância para qualquer ser humano, o acesso à água potável, reconhecido em julho/2010 pela Assembléia Geral da ONU como um direito universal, Dilma, Lobão e companhia, continuam com a insanidade de construir Belo Monte. (mais…)

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Direito à terra é pressuposto para a garantia dos povos indígenas

A questão territorial é o foco central para a garantia dos direitos fundamentais como saúde e educação para os 240 povos indígenas que habitam o território brasileiro e que somam hoje 700 mil habitantes, menos de 1% da população nacional.

A constatação é da professora Lúcia Fernanda Jófef, conhecida no movimento indígena como Fernanda Kaingang, que na última semana ministrou aulas no curso de pós-graduação em Educação, Diversidade e Cultura Indígena promovido em parceria entre o Conselho de Missão entre Índios (COMIN) e a Faculdades EST. A informação é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 02-08-2011.

Mestre em Direito pela Universidade de Brasília (UnB), Fernanda relembrou que num passado recente o índio não era considerado um cidadão com capacidade plena, mas sim um cidadão de segunda categoria sujeito à tutela do Estado. “Prevalecia a ideia de que os indígenas deveriam ‘evoluir’ para que pudessem se integrar à comunhão nacional, abrindo mão da sua diversidade”, pontuou. (mais…)

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