Diego Reinares (AFP)
MOENCHENGLADBACH, Alemanha — O Mundial de Futebol feminino confirmou que as semifinais desta quarta-feira serão dedicadas à luta contra as discriminações racistas, homofóbicas, sexistas e outras condicionantes ou causas de “injustiça social”.
Desta forma, A Copa do Mundo da Alemanha-2011 será o centro dos atos do décimo Dia contra a Discriminação da Federação Internacional de Futebol (FIFA), com a leitura de uma declaração antes das partidas da penúltima rodada entre Estados Unidos e França em Moenchengladbach e Suécia e Japão em Frankfurt.
“A FIFA vai usar a plataforma do Mundial feminino da Alemanha para fazer um apelo a milhões de pessoas de todo o mundo para a união do futebol contra todo tipo de discriminação, racismo, homofobia, de gênero, de origens étnicas, religiosas”, disse a FIFA num comunicado.
Antes do início das duas partidas, as capitãs vão ler uma declaração contra a discriminação, “não só no futebol, mas também na sociedade”, e depois as jogadoras e as árbitras posarão com um cartaz: “diga não ao racismo”.
“O futebol é o espelho da sociedade, o que significa que o nosso esporte ainda é afetado pela discriminação e pela intolerância. Devemos usar o futebol para educar as pessoas, principalmente os mais jovens, sobre a importância do ‘fair play’ e do respeito”, disse o presidente da FIFA, Joseph Blatter, no comunicado.
A FIFA instaurou este Dia contra a Discriminação pela primeira vez em julho de 2002, num congresso em Buenos Aires.
Depois foram aproveitados os torneios internacionais para promover atos parecidos com leituras de manifestos e apresentação de faixas, como a que houve há um ano, na Copa do Mundo da África do Sul, antes das quartas de final.
Nos primeiros dias da Copa do Mundo feminina, os organizadores desejaram poder contribuir para “um melhor espaço da mulher na sociedade” e tiveram que se posicionar repudiando algumas polêmicas declarações da treinadora da Nigéria sobre a homossexualidade, considerando-a “suja” .
“A FIFA é contra qualquer forma de discriminação”, destacou então Tatjana Hänni, responsável pelo futebol feminino da entidade, em declaração à rede de televisão alemã ARD, pedindo aos participantes que se expressem “de maneira neutra” e que não façam nada que possa fomentar nenhuma atitude discriminatória.
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