Militante do movimento social do campo é assassinado em Rondônia depois de denuncia de retirada ilegal de madeira

Nota do Cimi Regional Rondônia sobre o assassinato de Adelino Ramos, líder sindical do Movimento Camponês Corumbiara

Dentre os últimos acontecimento no estado do Pará de assassinatos a camponeses na defesa dos direitos à terra com propostas de alternativas agroflorestal, onde afirmam que é possível produzir, tirar o sustenta da terra em harmonia com a natureza (floresta amazônica),  em Rondônia foi assassinado Adelino Ramos, líder sindical do Movimento Camponês Corumbiara (MCC), no dia 27 de maio pela manhã em Vista Alegre do Abunã/ região de Ponta de Abunã, município de Porto Velho.

Adelino Ramos, o “Dinho” como era chamado por todos, tornou-se conhecido por sua firmeza e postura política em defesa da floresta Amazônica. O mesmo foi um dos sobreviventes do massacre Corumbiara na década de noventa. Desde então, tornou-se liderança de frente do movimento camponês na região e ficou na mira dos latifundiários, assim como tantos outros que defenderam e defendem a terra como alternativa auto-sustentável para a geração presente e futura. (mais…)

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CPT se reúne com o governo para discutir violência no campo

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) irá participar nessa terça-feira, 31 de maio, de audiência com a ministra da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, para discutir a violência no campo e os assassinatos de 4 pessoas na região Norte na última semana. A notícia é da Comissão Pastoral da Terra – CPT, 30-05-2010.

A Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República convidou representantes da CPT para uma audiência que se realizará nessa terça em Brasília, para discutir as ameaças de morte contra lutadores e lutadoras da terra e sobre a violência no campo e os assassinatos da última semana.

Em cinco dias foram 4 trabalhadores e trabalhadoras, defensores dos direitos dos camponeses e da floresta, os que tombaram diante do poder e da impunidade persistente nos rincões do Brasil. O casal de ambientalistas José Cláudio e Maria do Espírito Santo, vinham recebendo ameaças desde 2001, segundo registros da CPT. Denúncias foram feitas aos governos estadual e federal, e mesmo assim a morte desses dois lutadores se concretizou. (mais…)

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Líder extrativista assassinado fez alerta ao Incra

Quase seis meses antes de ser assassinado uma emboscada em Nova Ipixuna (PA), o líder extrativista José Claudio Ribeiro da Silva denunciou ao Incra (Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária) que lotes do assentamento que ajudou a criar estavam ocupados por falsos assentados. A reportagem é de João Carlos Magalhães e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 31-05-2011.

As denúncias foram feitas em dezembro do ano passado. Elas nomeiam os suspeitos, narram violências sofridas por assentados e pedem que o Incra intervenha nos conflitos.
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Falta precisão nos registros de queixas por discriminação

Os agentes policiais ainda têm muita dificuldade em discernir o que é preconceito e o que é “brincadeira”. Segundo uma pesquisa da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras (FFLCH) da USP, palavras ou termos racistas utilizados pelos acusados devem ser relatadas com exatidão pela vítima para caracterizar o crime de racismo e para convencer o agente policial de que realmente houve uma situação ofensiva e racista.

O sociólogo  Artur Antônio dos Santos Araújo, que defendeu sua dissertação de mestrado sobre o tema, afirma que não é estranho afirmar que designações como “cabelo ruim”, “preto safado”, “negro sujo”, “chita” e “macaco”, entre outros adjetivos e expressões correntes tais como “se negro não suja na entrada suja na saída”, “lugar de negro é…” ou “só podia ser preto…” mesmo quando utilizadas em uma “aparente brincadeira” correspondem a uma visão preconceituosa, há muito tempo, incorporada à sociedade. (mais…)

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Histórias do São Francisco

Carlos Diamantino Alkmim lança obra sobre o rio mais famoso do estado

Um canto de amor ao Rio São Francisco: assim pode ser definido o livro O velho Chico em três tempos, que o jornalista Carlos Diamantino Alkmim lança hoje, na Galeria do BDMG Cultural. Além do lado afetivo, pelo fato de ter nascido em Manga, no Norte de Minas, e desde criança ter vivido próximo ao rio e ao seu entorno, Alkmim conta que, ao realizar o trabalho, teve como propósito resgatar a história do São Francisco registrada em 1925 e 1944, respectivamente, pelos escritores Noraldino Lima (em No valle das maravilhas) e M. Cavalcanti Proença (em Ribeira do São Francisco). Valeu-se também de viagem realizada há dois anos no famoso vapor Benjamim Guimarães, de Pirapora ao Porto de São Romão, no Norte do estado. (mais…)

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Velho Chico: Euforia movida a gás

Ao completar três anos em Brasília, onde fazia faculdade de sistemas de informação, Pedro Júnior Resende, de 23 anos, recebeu em janeiro um telefonema. Do outro lado da linha, o pai dele tinha um pedido pouco usual: queria que Pedro trancasse a matrícula e voltasse o quanto antes para Brasilândia de Minas, na Região Noroeste, a 490 quilômetros de Belo Horizonte. “Ele disse que eu precisava ajudá-lo a administrar o hotel da família porque o movimento tinha crescido muito”, conta o universitário. Dias depois, foi a vez de um amigo de Pedro, Heraldo Ferreira, de 24, retornar à cidade após oito anos morando no Distrito Federal. Ele também decidiu se empenhar nos negócios da família.

A novidade que está fazendo jovens voltarem à pacata Brasilândia de Minas é a descoberta, pela Petrobras, de uma jazida de gás natural no município. A confirmação da reserva ocorreu em abril, mas desde o ano passado o movimento de funcionários da estatal transformou a rotina da cidade, de apenas 15 mil habitantes. Hotéis e restaurantes foram os primeiros a lucrar. Agora, a cidade começa a entrar na mira de construtoras e outras empresas. “Firmas interessadas em vir para cá nos sondam constantemente”, diz o prefeito, João Couto. “Só construtoras de imóveis foram cinco. Uma planeja erguer 240 moradias e outra, 150 unidades”, contabiliza. Diante de tanto movimento, ele prevê que a população de Brasilândia de Minas deve dobrar em pouco tempo. (mais…)

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Velho Chico: Luz para nem todos

Remanso, Casa Nova, Pilão Arcado, Sobradinho, Ibotirama e Paratinga – A riqueza da bacia do Velho Chico não esconde a desigualdade social ao longo do vale. O mesmo rio que ajudou a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), maior geradora de energia do país e segunda em transmissão, a registrar lucro líquido de R$ 2,1 bilhões em 2010 – 140% a mais do que os R$ 905,9 milhões apurados em 2009 – é testemunha de homens e mulheres que vivem em casebres de cidades baianas onde a energia elétrica ainda é sonho distante. O parque gerador da Chesf explora outros leitos, como o Parnaíba, na divisa do Piauí com o Maranhão, mas suas principais usinas são movidas pelas águas vindas da represa de Sobradinho, um dos maiores lagos artificiais do mundo, com 4,2 mil quilômetros quadrados.

O aposentado Osvaldo dos Anjos e sua mulher, Noemis Araújo Ramos, moradores da área rural de Buritirama, no sertão da Bahia, vivem a cerca de 40 quilômetros de Barra, onde o leito do rio começa a ganhar a forma da represa de Sobradinho. Apesar da proximidade com o lago, classificado por especialistas como o pulmão das usinas de Paulo Afonso, na cidade homônima, os quatro filhos do casal jamais tiveram o prazer de assistir à televisão em casa. Curiosamente, um poste que ajuda a levar energia a outros pontos da região está instalado no quintal da casa da família.
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O terreno difícil dos agrotóxicos, artigo de Washington Novaes

Neste próximo mês de junho entra em vigor resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proíbe (desde janeiro) a produção e a comercialização de agrotóxicos que contenham como ingrediente ativo o metamidofós. O veto à comercialização programado só para junho visou a evitar que houvesse este ano prejuízos para cultivos, com indisponibilidade de substitutos. Mas em junho de 2012 ficará proibido todo e qualquer uso do metamidofós.

Os estudos que levaram à resolução concluíram que esse inseticida – usado no País em lavouras de soja, algodão, feijão, batata, trigo, tomate e amendoim – “não oferece segurança nem para trabalhadores, nem para consumidores, nem para a população em geral” que possa estar exposta a seus resíduos: foi considerado neurotóxico e imunotóxico, com atuação prejudicial aos sistemas endócrino, reprodutor e ao desenvolvimento embriofetal. No Brasil, tem um consumo anual em torno de 8 mil toneladas de ingrediente ativo. (mais…)

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