Mais uma vez, a Empresa Imetame que está construindo as caldeiras da Termelétrica da MPX/Mabe, vem ocasionando uma série de problemas aos seus empregados. A Imetame é uma empresa do Estado do Espírito Santo, e desde a chegada no Maranhão, vem realizando todos os tipos de ilegalidades contra os direitos trabalhistas.
De acordo com o Sindmetal, a empresa não pagava o salário conforme tabela da Convenção Coletiva de Trabalho dos metalúrgicos de São Luís. Acionada pelo Sindicato e órgãos de fiscalização, a empresa recuou e decidiu pagar os valores corretos. Além disso, a primeira ilegalidade foi de não querer contratar trabalhadores maranhenses, já que a Empresa tem a política de importar trabalhadores do Espírito Santo para todos os Estados onde desenvolve atividades.
Cadeado no bebedouro:
Agora, a empresa vem negando água potável aos seus empregados. Para evitar o consumo de água na empresa e reduzir gastos, a Imetame está colocando o cadeado no bebedouro para que os trabalhadores pensem duas vezes antes de tomar água. Para beber, é preciso deixar o crachá no almoxarifado, pegar a chave, encher a garrafa e depois devolver a mesma para ter o crachá de volta.
Para utilizar o banheiro, o procedimento é semelhante. De acordo com os Trabalhadores, já houve caso em que no percurso entre entregar o crachá e pegar o papel higiênico no almoxarifado, o Trabalhador defecou nas calças, sendo exposto a situação vexatória e humilhante. Para piorar a situação, as condições sanitárias do banheiro estão longe de obedecer aos critérios mínimos de limpeza. A Vigilância Sanitária ficaria estarrecida se por lá passasse.
Transporte, só para os Capixabas:
Outra irregularidade na Imetame é falta de transporte para os trabalhadores. Segundo os maranhenses fichados na empresa, ônibus somente para os trabalhadores Chefes ou vindos do Espírito Santo que estão alojados no bairro do Vinhais. “São apenas duas rotas de ônibus que vão da empresa para o Vinhais por dois caminhos diferentes, para conseguir pegar uma delas, por exemplo, os trabalhadores da região do Maiobão, Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, tem de chegar no retorno da Forquilha às 5:50 horas da manhã, para conseguir embarcar no ônibus da empresa”.
Para o Sindmetal, a Imetame discrimina os maranhenses, que se submetem a todo tipo de exploração.
Além disso, os mesmos trabalhadores que dirigem os ônibus da empresa, são os mesmos que operam os guindastes da Imetame, fazendo assim, uma dupla atividade na jornada de trabalho.
Assédio Moral:
Para incrementar o coquetel de ilegalidades da Imetame, a Gerência da Empresa, piora as já ruins condições de trabalho para forçar os trabalhadores a pedirem contas. Segundo um Trabalhador que não quis se identificar, o discurso da Gerência é o seguinte: “Ou pede contas ou é justa causa, mas mandar embora nunca!”
A tolerância de 15 minutos para que os trabalhadores batam o ponto não é respeitada conforme manda a CCT. Tem cadeado também no ponto, conforme mostra imagem abaixo!
Sindmetal vai acionar Imetame na SRTE:
Além de buscar mobilizar os trabalhadores a não aceitarem tais condições impostas pela Imetame, o Sindicato vai entregar as denúncias feitas pelos trabalhadores à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE, órgão do Ministério do Trabalho, responsável em fiscalizar e autuar com multa e outras penalidades, empresas que burlam a legislação.
A denúncia é composta de imagens e outras provas que não deixam espaço para qualquer refutação da Imetame.
Para o Sindmetal, enquanto o Governo do Maranhão e Sindicato Patronal fizerem vistas grossas para a situação precária da terceirização que atinge os grandes empreendimentos no Estado, situações como estas tendem a piorar, e aumentar com a chegada de empresas de outros Estados, principalmente do Sudeste do país, estas que em sua grande maioria são xenófobas.
Por isso, que o Sindmetal exige das autoridades uma Lei de proteção à mão-de-obra local.
Vale lembrar, que recentemente, trabalhadores se revoltaram nas obras da usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, e na construção da usina termelétrica de Pecém, no Ceará, e da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, chegando, em alguns casos, a tocar fogo nos alojamentos.
A Imetame quer que aconteça isto? Caso isso aconteça, a Imetame é única responsável!
Fonte: Imprensa Sindmetal.
http://www.sindmetal-ma.com.br/2011/3/31/imetame-massacra-trabalhadores-maranhenses-142.htm
Enviada por Edmilson Pinheiro.