Tania Pacheco
Ao final de uma oficina realizada ao longo de todo o dia de ontem, 18, na Universidade Federal do Maranhão, as diversas organizações locais presentes decidiram criar o Núcleo Maranhense do Mapa da injustiça Ambiental e Saúde no Brasil.
O Núcleo Maranhense será formado, inicialmente, pelas seguintes entidades: MOPS – Movimento Popular de Saúde; Fórum Carajás; Campanha Justiça nos Trilhos; e GEDMMA – Grupo de Estudos Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente, da UFMA. O MST deverá ser o quinto integrante do Núcleo, do qual outras entidades, também presentes, participarão como colaboradoras.
O Núcleo atuará como um parceiro efetivo do Mapa, responsabilizando-se pelo acompanhamento e atualização dos conflitos já registrados no estado; pela definição de novos casos a serem priorizados; e pelo levantamento dos dados a eles referentes, para que sejam inseridos no Mapa.
O debate com parceiros para a criação dos núcleos estaduais foi iniciado pela Coordenação do Mapa já no segundo semestre do ano passado. A ideia é que um grupo de entidades e movimentos de cada estado se organize e se “aposse” efetivamente das informações já registradas, se responsabilizando, ao mesmo tempo, pelo diagnóstico e levantamento de novos conflitos a serem documentados.
É importante que os Núcleos a serem criados, começando pelo Maranhense, assumam seus espaços no projeto, criando verdadeiros Mapas Estaduais. Em lugar de se apresentado de forma atomizada– o que significaria fragmentar informações e lutas -, o material colhido em cada estado será lançado no Mapa comum, nacional. Isso irá facilitar, inclusive, a construção de estratégias políticas conjuntas, neste país onde cada vez mais a luta pelo território não respeita comunidades nem fronteiras.