Povo Kuntanawa ressurge na Amazônia e tenta resgatar suas raízes

Fabíola Ortiz

O povo indígena da etnia Kuntanawa no Acre, tido como extinto, ressurge agora a partir de seus descendentes misturados com os “brancos” e luta pela demarcação de suas terras no estado

Eles eram apenas cinco em 1911 e hoje são cerca de 400. Os Kuntanawa foram quase exterminados no início do século XX com o avanço da extração da borracha, durante as perseguições armadas aos povos indígenas que acompanharam a abertura e a instalação dos seringais em todo o Acre.

Eles não falam mais a sua língua indígena, pertencente ao tronco linguístico Pano. Agora todos falam o português. Sua cultura praticamente desapareceu tendo sido esquecida.

“Nós somos a prova viva de que é possível erguer uma nação, trazer de volta aquilo que foi esquecido”, afirmou Haru Xinã Kuntanawa, embaixador mundial da paz pelas Nações Unidas. (mais…)

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Em Fortaleza, manifestantes do MLB são agredidos por seguranças de shopping e mantidos em cárcere privado

No final da manhã de ontem, participantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) realizavam manifestações pacíficas do “Natal Sem Fome” em frente ao Supermercado Lagoa do North Shopping em ato-denúncia da fome do povo excluído de nossa periferia e em protesto contra o aumento autoconcedido dos deputados e senadores. No local havia estudantes, homens, mulheres, crianças ligadas ao movimento e clientes que aderiram à manifestação.

Sem qualquer diálogo com o movimento, os seguranças do North Shopping agrediram brutal e covardemente os presentes e mantiveram seis dos manifestantes em cárcere privado no interior do shopping, além de tomarem a câmera fotográfica de um deles. A polícia foi chamada e conduziu os seis até o 1º Distrito Policial onde foi lavrado o TCO. O inspetor presente se recusou a registrar a denúncia de cárcere privado e de agressão dos seguranças.

Eles já foram liberados para o exame no IML. No dia da audiência, gostariam de contar com o apoio d@s camaradas de luta para que esse caso não caia na seara do crime comum para a qual quer levar a administração do Shopping.  Por favor, circulem entre as listas e divulguem mais esse ato de criminalização dos movimentos sociais.

Enviado por Ana Cláudia Teixeira.

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Stédile: ‘Temos que diferenciar o Lula do governo Lula, que foi um governo de composição de classes e transitório’

IHU – Unisinos *

Adital – “Estamos em um período de resistência, de acúmulo de forças, para que num próximo período histórico, que espero seja em breve, a classe consiga retomar a iniciativa de lutas de massa, acumular forças e partir para a ofensiva política. Nesse novo período de retomada das lutas, surgem novas formas de luta, novos instrumentos e novas lideranças. Anotem e verás!”, alerta João Pedro Stédile, fundador e líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST -, em entrevista publicada pelo sítio Porradão, 17-12-2010. Eis a entrevista.

Quem é João Pedro Stédile?

Sou um ativista social. Um militante da causa da reforma agrária e da justiça social no Brasil. Como me criei no interior, em uma família de descendentes de camponeses migrantes do norte da Itália que vieram para o Sul, tive uma formação cultural ligada a esse ambiente camponês, formada por migrantes, de vivência no interior. (mais…)

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Dom Pedro Casaldáliga recebe prêmio Dom Hélder Câmara; Dom Manuel recusa-o

Dom Pedro Casaldáliga na sua casa em São Felix de Araguaia (foto: Eden magalhães/Arquivo Cimi)

Além do bispo emérito, receberam o prêmio de Direitos Humanos do Senado dois defensores públicos e um deputado estadual. Outro nomeado, Dom Manuel Edmilson da Cruz, recusou o prêmio em protesto ao aumento salarial do congresso.

Ontem, 21 de dezembro, o Senado outorgou pela primeira vez a Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara, um prêmio que visa reconhecer e homenagear pessoas que se destacam na luta pelos Direitos Humanos no Brasil.

Bispo dos Pobres

Dom Pedro Casaldáliga recebeu uma homenagem pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT). Ela se emocionou ao falar da vida e da obra de Casaldáliga: “Um guerreiro, símbolo da luta pelo direito à terra, que dedicou sua vida à justiça social, por uma vida melhor para os pobres deste Brasil”. Destacou que Dom Pedro se baseia na teologia da libertação, adotando como lema para sua atividade pastoral “nada possuir, nada carregar, nada pedir, nada calar e sobretudo nada matar”.

Citando um texto de Frei Betto a senadora lembrou da posição radical de Dom Pedro contra o sistema capitalista, que ele tem chamado de pecado mortal: “Quando o capital é neoliberal, de lucro onímodo, de mercado total, de exclusão de imensas maiorias, então o pecado capital é abertamente mortal”. A Senadora fechou sua fala, saudando Dom Pedro como bispo dos pobres, bispo dos despossuídos, bispo dos discriminados. (mais…)

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Jagunços Ameaçam Quilombolas do Brejo dos Crioulos – MG

A Comissão Pastoral da Terra recebeu telefonemas  de lideranças das Comunidades do Território Brejo dos Crioulos, nos municípios de São João da Ponte, Varzelândia e Verdelândia, em Minas Gerais, de que três veículos cheios de pessoas, com as respectivas placas KKU 9833, KKU 9192 e HHU 9888, têm rodado esses dias todos à noite em volta da fazenda recentemente ocupada pelos quilombolas. Notícias correm de que irão preparar a desocupação dos quilombolas do local.

Em uma recente reunião neste mês com o presidente do INCRA Nacional, Rolf Rackbart, foi prometido que o processo desse território estaria agora no dia 22 de dezembro sendo enviado para a Casa Civil para fins de desapropriação e entrega deste território aos quilombolas. Reivindicação essa que já dura mais de dez anos.

Solicitamos medidas urgentes no intuito de apurar e evitar que fatos, já tão conhecidos neste país, venham a se repetir. Chacina como a de Felizburgo poderia ter sido evitada, caso fosse dado a devida atenção às denúncias anteriormente realizadas. (mais…)

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Pesquisa do Incra mostra que assentados têm dificuldade de acesso a crédito e serviços de saúde

Pesquisa do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) identificou o perfil e o nível de satisfação das famílias assentadas no país. A maioria dos entrevistados reclama do acesso a hospitais e postos de saúde (56%) e da má qualidade das estradas vicinais de acesso aos assentamentos (57%). E quase metade (48%) respondeu que não teve acesso aos financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

“Precisamos investir ainda muito na saúde nos assentamentos”, reconheceu o presidente do Incra, Rolf Hackbart, que apresentou ontem (21) os dados. A reportagem é de Carolina Pimentel, da Agência Brasil, e publicada por EcoDebate, 22-12-2010.
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Centro de Trabalho Indigenista: Informe sobre a Saúde na Terra Indígena Vale do Javari

Em junho de 2004 o Centro de Trabalho Indigenista – CTI, diante da grave situação de saúde dos indígenas da Terra Indígena Vale do Javari, lança o dossiê “A grave Situação das Hepatites B e D no Vale do Javari”, denunciando que pelo menos há 13 anos os casos de hepatites virais na região vinham causando várias mortes. Informa que, somente no período de junho de 2001 a junho de 2004, haviam ocorrido 22 óbitos por Síndrome Febril Íctero Hemorrágica Aguda e/ou hepatites B e D, sendo 17 casos apenas em 2003.

O objetivo do CTI com a elaboração e divulgação deste dossiê era que as autoridades competentes, pressionadas pela imprensa brasileira, se responsabilizassem pelo controle dessa epidemia que já vinha sendo denunciada há quase 10 anos pelo Conselho Indígena do Vale do Javari – CIVAJA.
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Duas operações libertam 20 trabalhadores escravizados


Em Xanxerê (SC), grupo móvel libertou 15 pessoas em situação de trabalho escravo contemporâneo na colheita de erva-mate. Em Urubici (SC), outras cinco que colhiam maçã estavam submetidas a condições de escravidão

Por Bianca Pyl

Ações do grupo móvel de fiscalização do governo federal e da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Santa Catarina (SRTE/SC) libertaram 20 trabalhadores de condições análogas à escravidão na Região Sul. As vítimas trabalhavam na colheita de erva mate e maçã, nos municípios de Xanxerê (SC) e Urubici (SC), respectivamente.

A primeira fiscalização ocorreu no início de novembro e flagrou 15 trabalhadores, incluindo duas mulheres, submetidos a jornadas de mais de dez horas diárias, em um ambiente de trabalho totalmente inadequado e insalubre. No local em que as pessoas estavam, não havia instalações sanitárias, água potável ou alojamentos minimamente decentes.
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Guerrero recebe terceira condenação no ano por violações de direitos humanos

Tatiana Félix

Adital – Pela terceira vez, o estado de Guerrero, no México, é condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) por causa das constantes violações de direitos humanos. Ontem (20), a CIDH divulgou a mais recente sentença contra o Governo Mexicano, referente ao caso dos campesinos ecologistas Rodolfo Montiel e Teodoro Cabrera, que foram vítimas de prisão arbitrária e sofreram tortura em 1999, praticadas por membros do exército do país.

Para a CIDH, o México violou os direitos humanos de liberdade e integridade pessoal dos ativistas, além de também ter violado as garantias previstas em lei e a proteção judicial. Em virtude disso, o país recebeu como sentença, medidas que deverão ser executadas dentro de prazos estabelecidos pela Corte, para reparar o dano causado às vítimas e também para reverter as condições que ainda hoje permitem que graves violações de direitos humanos aconteçam.
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