Uma excelente reportagem sobre os crimes da monocultura do eucalipto: “Falso Verde”

Os textos abaixo foram tirados da reportagem Falso Verde, de Marques Casara (texto) e Tatiana Cardeal (fotos), publicada pela Revista Observatório Social, em dezembro de 2012. Numa incursão de 40 páginas junto a quilombolas, indígenas e agricultores sem-terra do norte do Espírito Santo e sul da Bahia, eles documentaram e fotografaram  os efeitos da monocultura do eucalipto na vida dessas populações. Mas a reportagem não se limita a testemunhos e depoimentos, e na parte final temos também o posicionamento das empresas produtoras – Votorantim, Stora Enzo, Fíbria e Veracel – e do BNDES, seu grande financiador estatal. Os dois anos que se passaram desde a publicação não tornaram a denúncia ultrapassada. Pelo contrário. Aí vão, pois, alguns trechos, como um convite à leitura da reportagem completa.  (Tania Pacheco)

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Antes de morrer, Jerre Adriani Valentim vomitou sangue durante seis noites em uma bacia de plástico, colocada pela mãe ao lado da cama, no quarto de pau a pique onde viviam, em um ajuntamento de casas conhecido como Vila São Jorge, às margens de uma estrada empoeirada no extremo norte do Espírito Santo. (mais…)

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Com protesto de centenas de camponesas, CTNBio adia decisão sobre eucalipto transgênico

Para especialistas, a implementação dessa variedade geraria impactos ambientais preocupantes em microbacias hídricas e no meio ambiente

Por Vivian Fernandes, Brasil de Fato

A reunião da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), desta quinta-feira (5), que iria decidir sobre a liberação de novas variedades de plantas transgênicas no Brasil foi ocupada por cerca de 300 camponeses da Via Campesina.  (mais…)

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Envenenamento coletivo: mortes e doenças no cotidiano dos capixabas

Manoel Pedro Serafim relata o drama das comunidades que sofrem com os agrotóxicos lançados indiscriminadamente pela Aracruz Celulose no norte do Estado

Ubervalter Coimbra, Século Diário

Com a complacência do governo do Estado, que finge não ver o genocídio, os venenos da Aracruz Celulose (Fibria) são usados em grandes quantidades e extensões no meio dos eucaliptais. E também sobre estradas, escolas e comunidades inteiras. (mais…)

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A recolonização de Moçambique pelas mãos do agronegócio. Entrevista especial com Vicente Adriano

“A redução da produtividade em novas terras chega a atingir 60%, o que coloca famílias em situação de insegurança alimentar. Assim, quanto maior for o avanço do agronegócio, menor será a disponibilidade de alimentos”, destaca o ativista

Por João Vitor Santos – IHU On-Line

Vejamos esta história. Um país que tem em seu povo uma lógica muito própria de vida. Tribos, que aos olhos estranhos podem ser vistas como primitivas, têm uma relação de subsistência com a terra. No entanto, povos europeus chegam e subvertem essa relação. O homem nativo passa a ser mão de obra, e a terra, espaço para formação de grandes monoculturas. Estamos no início do século XVI. Passam-se anos, o povo serve aos interesses dos colonizadores, surgem conflitos, e cai em miséria. (mais…)

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Carta abierta a la opinión pública en el marco de la visita al Paraguay de Ban Ki-moon, Secretario General de las Naciones Unidas (ONU)

El Parque Nacional Defensores del Chaco es el área silvestre protegida más grande del Paraguay creado por Decreto Nº 16.806 del 6 de agosto de 1975 y constituye una de las reservas emblemáticas donde se conserva una diversidad biológica y cultural única en el planeta, en cuyo extremo noroeste se encuentra el único deposito permanente de agua dulce de todo el Chaco seco. Además de ser uno de los pulmones del planeta y de integrar gran parte de la Reserva de la Biosfera, reconocida por la UNESCO en el año 2005, es un santuario de especies endémicas, amenazadas y en peligro de extinción, alberga ecosistemas representativos tanto del Chaco húmedo como también del Chaco seco y es un territorio sagrado ancestral de los Ayoreos, quienes han vivido y protegido esta zona, desde tiempos inmemoriales, y en donde además se encuentra uno de los dos últimos grupos silvícolas del país. (mais…)

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Aracruz Celulose destruiu a água com seus plantios de eucalipto no norte capixaba

Em Conceição da Barra e São Mateus, empresa recorre até a fonte preservada por quilombola, povo de quem usurpou a terra

Ubervalter Coimbra, Século Diário

A Aracruz Celulose (Fibria) apossou-se inteiramente dos sistemas de águas da região de São Mateus e Conceição da Barra, no norte do Estado, para emprego nos replantios e plantios de seus eucaliptos. Diariamente, seus caminhões-pipa recorrem as mais diferentes fontes de água. Essa região a qual ela recorre, praticamente perdeu os seus principais mananciais de água. Pelo desmatamento e pelos efeitos do eucalipto, que cobre mais de 80% do seu vasto território agrícola. (mais…)

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Crônica da destruição do cerrado

A ideologia mórbida do capitalismo rural detonou o bioma mais antigo no país – responsável por quase 20 mil nascentes – e isso impacta o Brasil inteiro.

Por Najar Tubino, na Carta Maior

O professor Altair Sales Barbosa, da PUC de Goiás, criador do Memorial do Cerrado, em Goiânia, nos últimos anos tem argumentado que o cerrado como bioma não existe mais, tamanha a destruição pelo avanço do agronegócio. Ele não é o único. Os mais otimistas consideram que em 2030 o cerrado não existirá mais, seguindo a média de extinção de dois milhões de hectares por ano. Ou seja, em 45 anos, contando do início da década de 1970 –o Programa de Desenvolvimento do Cerrado, chamado polo centro pelos militares, foi instituído em 1975-, a ideologia mórbida do capitalismo rural brasileiro detonou o bioma mais antigo no país, responsável por quase 20 mil nascentes, que abastecem oito das 12 regiões hidrográficas. As quatro mais importantes: do rio Paraná, do rio São Francisco e dos rios Araguaia e Tocantins. (mais…)

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CTNBio vota liberação do eucalipto transgênico dia 5 próximo

Ubervalter Coimbra, Século Diário

A data da liberação dos plantios transgênicos do eucalipto no país está marcada: a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) pautou o tema para o dia cinco de março próximo. Com a medida, a colheita da planta para uso industrial será feita com cinco anos, aumentando os danos ambientais provocados pela monocultura.

Atualmente o corte do eucalipto é feito aos sete anos. No Espírito Santo, a Aracruz Celulose (Fibria) começou a plantar eucalipto na década de 60. (mais…)

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Os caminhos tradicionais e os caminhos aplainados nas Chapadas de Urbano Santos, Anapurus e Santa Quiteria

Por Mayron Régis, em Territórios Livres do Baixo Parnaíba

A Francisca indicava os caminhos pela Chapada.  Eles se perderiam entre os plantios de eucalipto da Suzano Papel e Celulose caso ela não completasse o grupo. A caminhonete não pararia em nenhum lugar antes de chegar à comunidade de Bracinho. Tomou-se essa decisão pelo simples fato de que só arranjaram a caminhonete no meio da manhã com um comerciante de Urbano Santos. Quanto ao preço, ele cobrou trezentos reais pelo aluguel. Ficaria a cargo do seu filho Jeová a direção da caminhonete. (mais…)

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Capixabas devem ficar alertas para 4ª fábrica da Aracruz Celulose

Agricultores apontam para riscos de mais 100 mil hectares de eucalipto no Estado, o que aumenta consumo de água

Ubervalter Coimbra, Século Diário

A quarta fábrica da Aracruz Celulose (Fibria) no Espírito Santo pode estar na iminência de ser confirmada. E será uma gigante: produzirá cerca de 1,4 milhão de toneladas anuais. Hoje a empresa produz 2,33 milhões de toneladas/ano em suas três usinas no Estado. (mais…)

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