NOTA OFICIAL – Sobre a Redação do Enem

Eleonora Menicucci* – SEPPIR

Confraternizo com os responsáveis pelo ENEM de 2015 por apresentar como tema da redação que foi aplicada na tarde deste domingo (25/10) o debate sobre a violência.

Intitulado “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira” sem dúvida alguma fez com que 7.746.261 mil jovens – dos quais 4.458.265 (57,5%) são do sexo feminino – refletissem sobre esta epidemia da violência contra a mulher, reflexo de uma sociedade patriarcal e machista. (mais…)

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Proibição do aborto, Eduardo Cunha e o “Martelo das Bruxas”

Na base do projeto de lei 5069 há uma concepção medieval: a de que mulheres são seres suspeitos, de palavra inconfiável e corpo frequentemente pecaminoso

Por Alyson Freire, em Outras Palavras

A admissão do projeto de lei (PL) 5069/13 do deputado Eduardo Cunha pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados na última quarta feira, 21/10, mostra como ainda não estão consolidados os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. O projeto é animado por um ímpeto de negar atendimento às mulheres e meninas vítimas de violência sexual. Prevê, mesmo nos casos em que o aborto é permitido, punição aos profissionais de saúde que facilitarem este procedimento. Revela que persiste enorme dificuldade de reconhecer as mulheres como seres autônomos, pessoas plenas e capazes racional e moralmente de se responsabilizar por suas próprias ações e decisões – especialmente no que diz respeito às gestações. (mais…)

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Libertar-se do papel de macho-idiota ou ser vetor do sofrimento alheio?, por Leonardo Sakamoto

No Blog do Sakamoto

Faz tempo que não sentia tanta vergonha alheia como nos últimos dias. A quantidade de besteira que escorreu em blogs e nas redes sociais como resposta de muitos homens (sic) às mulheres que resolveram não ficarem caladas diante da violência sexual digital contra uma participante de 12 anos do programa Masterchef foi deprimente.

Apenas uma pessoa que passou a sua vida inteira em uma caverna, sem contato com a civilização, pode achar que essa situação brotou de uma hora para outra. Não, o machismo brasileiro, um de nosso maiores patrimônios imateriais, sempre esteve lá, feito pombo que descansa em fio da rede elétrica, fazendo cocô na cabeça de todos os que não são homens, nem concordam com a heteronormatividade vigente. A diferença é que, agora, a internet dá a todo o mundo, inclusive os que não aprenderam a viver em sociedade, o direito de ter um megafone. (mais…)

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No Chile, mulheres grávidas por estupro ainda não têm direito a um aborto legal e seguro

Cristina Fontenele – Adital

Tramita no Congresso chileno desde 31 de janeiro deste ano o Projeto de Lei que regula a descriminalização do aborto no país em alguns casos. Proposto pela presidenta Michelle Bachelet, o Boletim 9895-11 prevê a interrupção da gravidez em três situações: quando houver risco de vida para a gestante, quando o feto padeça de má formação incompatível com a vida extrauterina, ou quando a gravidez seja resultado de violação sexual. Dados do governo revelam que, de 2001 a 2012, foram mais de 395 mil casos de aborto no país, o equivalente a 33.000 mulheres internadas por ano em hospitais devido a complicações relacionadas a interrupções da gravidez. Organizações de direitos humanos esperam o avanço da matéria no Parlamento.

O Projeto já foi aprovado pela Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, com oito votos a favor e cinco contra. No entanto, foram realizadas modificações no texto, que deve ainda seguir para discussão n o plenário da Câmara e posterior avaliação pelo Senado. (mais…)

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A “safada” que “abandonou” seu bebê, por Eliane Brum

Como o mito da maternidade demoniza as mulheres ainda hoje e as reduz a mães desnaturadas ou criminosas, só toleradas se forem consideradas “loucas”

Em El País

Nos últimos dias, o Brasil elegeu uma nova vilã para lançar na fogueira do moralismo. Sandra Maria dos Santos Queiroz, 37 anos, é uma nordestina de Vitória da Conquista, na Bahia, que migrou para São Paulo para trabalhar como empregada doméstica. No domingo, 4 de outubro, Sandra pariu sozinha, escondida no banheiro anexo ao quarto de empregada, a sua terceira criança. O primeiro, um garoto de 17 anos, é criado por parentes na Bahia. A segunda, uma menina de três anos, vive com ela na casa dos patrões, no bairro nobre de Higienópolis. Sandra escondeu a gravidez por nove meses e passou por todas as dores do parto, que tanto atemorizam as mulheres, sem fazer alarde. (mais…)

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Entrevista Especial Adital: Violência obstétrica: a (des)humanização e a mercantilização da saúde

Segundo a médica Bruna Silveira, as mulheres negras recebem menos tempo de atendimento médico do que as mulheres brancas e são as maiores vítimas da mortalidade materna no Brasil. Em relação ao parto, somente 27% das negras tiveram acompanhamento, ao contrário das brancas (46,2%)

Por Cristina Fontenele, na Adital

O Brasil vive uma “epidemia de cesáreas”, que, segundo o Ministério da Saúde, está associada à desinformação, a questões culturais e à formação dos próprios profissionais da saúde. A opção por esse tipo de parto tem dividido a classe médica e gerado dúvidas nas gestantes, que se veem submetidas às restrições dos planos de saúde e da agenda do obstetra. Em busca do empoderamento do próprio corpo, muitas dessas mulheres enfrentam uma longa trajetória até estabelecer uma relação de confiança com o médico e suas escolhas. (mais…)

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Mujeres y niñas indígenas son las que más sufren

Relatora Especial de la ONU analiza en su último informe lo que viene pasando con ellas en el mundo

Servindi

Las mujeres y niñas indígenas no solo padecen las violaciones a los derechos humanos que suelen darse contra la población originaria en general, sino que además padecen de otras vejaciones y atrocidades. 

Así lo sostiene el informe anual de la Relatora Especial de las Naciones Unidas sobre los Derechos de los Pueblos Indígenas, Victoria Tauli-Corpuz, presentado el 22 de setiembre ante el Consejo de Derechos Humanos de la ONU. (mais…)

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A batalha pelo parto natural no SUS

Um projeto de lei procura garantir às mulheres direito de decidir como darão à luz. Mas sofre oposição cerrada do lobby dos planos de saúde e das associações médicas

Por Carolina Vicentin, em AzMina/Outras Palavras

A advogada Gabriela Nunes, 32 anos, teve o parto que sempre quis. O filho Theo nasceu de forma natural e respeitosa em um hospital da rede pública, na região central de Brasília. Theo ficou no colo da mãe por mais de uma hora antes de ser pesado e medido, só teve o cordão umbilical cortado quando cessaram as pulsações e mamou – tudo conforme os protocolos do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS). A história de Gabriela, entretanto, ainda é uma exceção entre as mulheres que recorrem ao Sistema Único de Saúde (SUS) para terem seus bebês. (mais…)

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Judith Butler: ‘ensino de gênero nas escolas deveria ser obrigatório’

Em sua primeira visita a SP, filósofa norte-americana falou sobre violência policial e alianças entre movimentos sociais e comentou polêmica sobre gênero e diversidade sexual no currículo escolar: ‘exclusão do tema é uma forma de censura’

Por Carolina de Assis, no Opera Mundi

Em 1990, a filósofa norte-americana Judith Butler publicou nos Estados Unidos o livro Gender Trouble. Editada no Brasil com o título Problemas de Gênero, a obra rapidamente se tornou um dos pilares dos estudos feministas e da teoria queer. No início de setembro, 25 anos depois da publicação de seu mais conhecido trabalho, Butler finalmente veio ao Brasil para um debate público sobre os temas que a movem: identidades, vulnerabilidades e resistências. (mais…)

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Consulta Pública de Protocolo de Atenção Básica para Saúde das Mulheres

por Blogger no População Negra e Saúde

O Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde está recebendo contribuições para o Protocolo de Atenção Básica para Saúde das Mulheres no âmbito do Sistema Único de Saúde. O texto submetido à consulta pública está disponível neste endereço.

As sugestões e considerações podem ser encaminhadas até o dia 12 de setembro de 2015, pelo e-mail dab.protocolos@saude.gov.br, com especificação do número da consulta pública (01/2015) e do título da seção do documento sobre a qual está sugerindo a mudança (por ex., Capítulo 5 – Prevenção do câncer de mama). (mais…)

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