O ressentimento de estudar na mesma sala que a filha da doméstica, por Tamires Gomes Sampaio

No Blog do Sakamoto

Homens que possuem espaço na mídia foram instigados a ficarem como espectadores nesta semana, ao invés de escreverem e publicarem textos sobre os direitos das mulheres e questões de gênero. Ou seja, promoverem uma ocupação de seu espaço para que elas falassem por si. Portanto, de segunda a domingo (8), mulheres de diferentes origens, histórias e regiões estão publicando, neste blog, sobre o tema dentro da iniciativa #AgoraÉQueSãoElas.

Este texto é de Tamires Gomes Sampaio, vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE) e primeira negra a dirigir o Centro Acadêmico do curso de Direito da Universidade Mackenzie. (mais…)

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As mulheres não querem migalhas que caem da mesa. Querem um novo pão, por Maíra Kubik Mano

No Blog do Sakamoto

Homens que possuem espaço na mídia foram instigados a ficarem como espectadores nesta semana, ao invés de escreverem e publicarem textos sobre os direitos das mulheres e questões de gênero. Ou seja, promoverem uma ocupação de seu espaço para que elas falassem por si. Portanto, de segunda a domingo (8), mulheres de diferentes origens, histórias e regiões estão publicando, neste blog, sobre o tema dentro da iniciativa #AgoraÉQueSãoElas.

Hoje o blog é de Maíra Kubik Mano, jornalista, doutora em Ciências Sociais e professora do bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade da Universidade Federal da Bahia. (mais…)

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O machismo seboso deixará de ser o must do intelectual charmoso, por Karina Buhr

Leonardo Sakamoto

Homens que possuem espaço na mídia foram instigados a ficarem como espectadores nesta semana, ao invés de escreverem e publicarem textos sobre os direitos das mulheres e questões de gênero. Ou seja, promoverem uma ocupação de seu espaço para que elas falassem por si. Portanto, de segunda a domingo (8), mulheres de diferentes origens, histórias e regiões estão publicando, neste blog, sobre o tema dentro da iniciativa #AgoraÉQueSãoElas.

O texto de hoje é da cantora, compositora, atriz e ativista Karina Buhr. Juliana de Faria e Luíse Bello, do Think Olga, responsável pelas campanhas #primeiroassedio e Chega de Fiu Fiu, estrearam a série nesta segunda. E amanhã, quarta, será a vez da mestre em filosofia e feminista Djamila Ribeiro. (mais…)

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A internet odeia as mulheres e ninguém vê problema nisso, por Juliana de Faria e Luíse Bello

Homens que possuem espaço na mídia foram instigados a ficarem como espectadores nesta semana, ao invés de escreverem e publicarem textos sobre os direitos das mulheres e questões de gênero. Ou seja, a cederem seu espaço para que elas falassem por si. Portanto, nos próximos sete dias, a partir desta segunda (2), mulheres de diferentes origens, histórias e regiões publicarão neste blog sobre o tema dentro da iniciativa #AgoraÉQueSãoElas. Enquanto isso, fico como leitor ao lado de vocês.

Juliana de Faria e Luíse Bello, do Think Olga, responsável pelas campanhas #primeiroassedio e Chega de Fiu Fiu, estreiam a série com o texto exclusivo que segue abaixo. Amanhã, será a vez da cantora, compositora, atriz e ativista Karina Buhr. (mais…)

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“Sou homem e meu filho não brinca de boneca.” Ou “Como criar um machista”, por Leonardo Sakamoto

No blog do Sakamoto

Lembro que, quando escrevi um post defendendo algo que não é nem inédito, nem revolucionário – meninos brincarem de boneca – alguns leitores fritaram na batatinha de tal modo que me ameaçaram cobrir de porrada se ousasse dar bonecas aos filhos deles. Porrada, que, como sabemos, é parte do patrimônio cultural do brasileiro.

Achei válido resgatar o texto, aproveitando que a pauta sobre violência de gênero ganhou destaque recente por conta da incitação à violência sexual contra uma participante de 12 anos do programa Masterchef Júnior; da campanha #PrimeiroAssedio, promovida pela ONG Olga, que fez brotar dezenas de milhares de histórias na rede; e pela prova do Enem – que trouxe o tema em questões e na redação. Pois machismo não surge de geração espontânea, imposto por alguma força divina que grita “Haja Luz!” (ou, no caso, “Haja Trevas!”) mas é algo construído por nós. (mais…)

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Ser ou não ser Simone de Beauvoir…

Por Mary del Priore, em História Hoje

Simpática? Não. Bonita, tampouco. Muitos dos seus livros se tornaram chatos de ler: A convidada é intragável. E O Segundo Sexo tem passagens nitidamente envelhecidas para não dizer pré-históricas. Já suas Memórias, são excelentes. Alguns autores anglo-saxões a acusam de colaboracionista junto com Sartre e Picasso. Comunista? Na época, era obrigatório. Seu lado feminino só se vê nas cartas de amor que escreveu a seu amante, o jornalista americano Nelson Algreen. Mas a frase universalista e bandeira do feminismo dos anos 60 e 70, ficou: “não se nasce mulher. Torna-se mulher”.

Num país onde a violência contra a mulher é cotidiana e horária, é importante lembrar que a brasileira tem que SE construir. De preferência contra o estereótipo da Mulher-Bunda, da Loura-Burra-da-Cerveja, da submissa, da santa ou da puta. E Simone de Beauvoir foi o ponto de partida dos estudos de gênero, abordagem que des-naturaliza o fato de se ser mulher. Que extrai a mulher do seu papel unicamente biológico. Que demonstra que não nascemos para lavar louça e passar o aspirador. Ela nos convida a pensar a situação da mulher no século XX e a esposar lutas por igualdade num país onde convivem o arcaísmo, o nepotismo, o machismo, e a contemporaneidade: a internet, o consumo, a democracia. Ela nos faz meditar sobre quanto falta conquistar para ter voz, independência, direitos e deveres, dignidade. (mais…)

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Sorocaba: Promotor de Justiça ataca direitos da mulher

Citação de Simone de Beauvoir no Enem provoca a ira de promotor de justiça do Ministério Público Jorge Marum, que desqualifica a luta pelos direitos da mulher

No SMetal – Sindicato dos Metalúrgicos

Uma das questões da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizada no último domingo, 25, fez referência à pensadora francesa Simone Beauvoir, que tem várias publicações tanto no campo da filosofia como na literatura.

A frase citada, da obra “O Segundo Sexo”, de 1949, dizia: (mais…)

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É pela vida das mulheres!, por Marina Gazarolli*

Evitar a gravidez produto de uma violência como o estupro e disponibilizar todos os medicamentos anti-HIV é o mínimo que o Estado tem que garantir.

Em Carta Maior

Na noite do dia 30 de outubro milhares de mulheres se reuniram na cidade São Paulo para protestar contra o PL 5069/13 e contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Autor do projeto de lei, aprovado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) no último dia 21, o presidente da Câmara foi o principal alvo das palavras de ordem que ecoaram pela Av. Paulista e pela Av. Brig. Luís Antônio: “fora Cunha”, “Cunha é ditador” e “Cunha, seu opressor, esse PL defende estuprador”, foram alguns dos gritos entoados ao som de baterias improvisadas.  (mais…)

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As mulheres na prova do Enem e o discurso de ódio contra os direitos humanos

Por Plataforma de Direitos Humanos – Dhesca Brasil

Em um contexto extremamente conservador e de imensos retrocessos para os direitos das mulheres no Brasil – tanto no Congresso Nacional como na execução de políticas públicas – esse último final de semana foi marcado pela surpreendente forma como algumas das questões foram abordadas pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). (mais…)

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Cunha, o nosso vilão do Batman, por Eliane Brum – [excelente!]

Como a perversão se expressa na política e submete os brasileiros à farsa levada ao status de realidade

Em El País Brasil

A sensação é cada vez mais estranha ao se abrir os jornais, ligar a TV no noticiário ou acessar os sites de notícias da internet. Dia após dia, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) diz isso, afirma aquilo, declara aquele outro, alerta e ameaça. E nega as contas na Suíça. Tem lá sua assinatura, seu passaporte diplomático, seu endereço. Mas ele nega. O fato de negar o que a pilha de provas já demonstrou inegável é um direito de qualquer um. A maioria vai para a cadeia negando ter cometido o crime que a colocou lá. O problema são os outros verbos. Como é que tal personagem se tornou – e continua sendo – tão central na vida do país, a ponto de seguir manipulando e chantageando com as grande questões do momento, com as votações importantes? Como Eduardo Cunha ainda diz, afirma, declara, alerta e ameaça nas manchetes dos jornais? Como o que é farsa pode ser apresentado como fato? O cotidiano do Brasil e dos brasileiros tornou-se uma experiência perversa. A de viver dia após dia uma abominação como se fosse normalidade. Essa vivência vai provocando uma sensação crescente de deslocamento e vertigem. Não se sabe o quanto isso custará para o país, objetivamente, e o quanto custará na expressão política da subjetividade. Mas custará. Porque já custa demasiado. (mais…)

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