Há mais de vinte anos as famílias de Piquiá de Baixo custam a respirar.
Ainda hoje, 300 famílias vivem ao lado de quatorze alto-fornos siderúrgicos, que se instalaram na região onde já vivia um grande número de moradores.
Cercado pela ferrovia da mineradora Vale, seu pátio de descarregamento de minério, as usinas guseiras, as termoelétricas e uma aciaria, além de grandes extensões de monocultura de eucalipto, o povo de Piquiá não tem outra chance a não ser pedir o remanejamento, para um novo local onde tenha menos poluição e mais qualidade de vida.
A associação de moradores de Piquiá, a Paróquia São João Batista, os Missionários Combonianos Brasil Nordeste, a rede Justiça nos Trilhos, o Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia vêm denunciar o descaso e a lentidão das instituições públicas e privadas para garantir justiça a essas vítimas do desenvolvimento… de outros.
Nós, entidades e pessoas abaixo-assinadas, exigimos que o Ministério Público Estadual assuma uma atuação firme e comprometida nesse conflito.
Apelamos também ao Estado do Maranhão, para que reconheça suas responsabilidades quanto à situação e providencie urgentes medidas de reparação e acompanhamento das propostas alternativas do povo.
Pedimos que o poder público local assuma as próprias responsabilidades e participe de maneira eficaz no processo de negociação para o reassentamento.
Reivindicamos o compromisso urgente das empresas, para a preservação da vida dos moradores afetados pelos efeitos colaterais de seus empreendimentos.
Acompanharemos daqui para frente com redobrada atenção o desenvolvimento das negociações: Piquiá não pode esperar mais!
Assine a petição aqui!