Seminário Hidronegócio: Pra onde vai a água em uma crise construída? começa amanhã, 18/05, na USP

O Seminário Hidronegócio: Pra onde vai a água em uma crise construída? ocorrerá entre os dias 18 a 23 de Maio, nos Anfiteatros da Geografia/História – Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, da Universidade de São Paulo. O evento visa a problematizar as formas de apropriação das águas na sociedade, em meio ao processo de privatização de recursos naturais que se intensifica.

Como forma de ampliar a visão da atual crise hídrica da região Sudeste do Brasil, o seminário pretende promover articulação e debate entre atores que constroem o enfrentamento da crise, trazendo reflexões e perspetivas ausentes nos discursos da mídia e dos governantes. O evento trará também algumas experiências ocorridas em outros estados e países a fim de aprofundar a análise.

A transmissão ao vivo poderá ser acessada AQUI. Abaixo, segue programação completa.

Programação

MESA 1 (18/05 à noite): OURO AZUL: Á ÁGUA ENQUANTO MERCADORIA

  • Oscar Olivera Foronda – Ex-dirigente da Coordenadoria em Defesa da Água e da Vida – Cochabamba – Bolívia – Entre sonhos, lutas e realidades: a guerra da água na Bolívia, 15 anos depois.
  • Hector Mondragon – Assessor das organizações camponesas e indígenas da Colômbia e professor da COGEAE – Água, mercado e vida na Colômbia
  • Marta Inez Medeiros Marques – Professora do Departamento de Geografia USP – Novas formas de privatização e produção da natureza. A recente expansão da indústria de papel e celulose no campo brasileiro.
  • Marzeni Pereira – Tecnólogo em Saneamento da SABESP – Privatização do saneamento.

MESA 2 (19/05 à noite): INDÚSTRIA DA SECA: A PRODUÇÃO DA ESCASSEZ E O CONSUMO DE MASSA

  • 18h – Exibição do Documentário “Compartilha Ciclovida: A construção da autonomia no semiárido” (lançamento do DVD)
  • Ivânia de Alencar e Manoel Inácio do Nascimento – camponeses do movimento Ciclovida – Assentamento Barra do Leme – CE – A indústria da seca e as resistências camponesas no semiárido nordestino.
  • Larissa Mies Bombardi – Professora do Departamento de Geografia – USP – Exportação de água em commodities, o consumo doméstico de água no prato e a irrigação da miséria do campo.
  • Bernadete Maria Coêlho Freitas – Professora de Geografia da Universidade Estadual do Ceará – Implicações do agrohidronegócio e das politicas públicas de irrigação e o papel das resistências no estado do ceará.

MESA 3 (20/05 à noite) – APROPRIAÇÃO OU EXPROPRIAÇÃO? CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS DOS USOS DA ÁGUA

  • Fernando Nadal – Professor do Departamento de Geografia-USP – A solução da escassez pelo aumento da oferta – Transposição do Rio Paraíba do Sul para o sistema Cantareira na bacia do PCJ.
  • Ruben Siqueira – Membro da CPT e da Articulação Popular São Francisco Vivo – Terra, água e resistência popular: para que e para quem corre o rio são francisco?”
  • Leonardo da Silva – Guarani-Mbyá da aldeia Peguao Ty l – Sete Barras-SP – O uso da água por populações indígenas criminalizado por órgãos do governo.
  • Dênis Rodrigues e Renata Lacerda – Grupo Águas do Ribeira – O Vale do Ribeira e o Sistema São Lourenço – populações invisíveis, recursos naturais na vitrine.

MESA 4 (21/05 à noite) SÃO PAULO: A CARA TURVA DA ÁGUA NA METRÓPOLE

  • Vanderli Custódio – Professora do Instituto de Estudos Brasileiros- USP – A apropriação dos recursos hídricos e o abastecimento de água na região metropolitana de São Paulo.
  • Caio Silva Ferraz – Diretor do projeto Volume Vivo de jornalismo investigativo – Mudanças atuais nos sistemas de abastecimento de São Paulo
  • Ronaldo do Pantanal – membro do MULP – Movimento de Urbanização e Legalização do Pantanal – Enchentes induzidas: as operações das barragens do rio Tietê e os impactos no Jardim Pantanal – São Paulo
  • Alexandre Delijaicov – Professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP – O modelo rodoviarista de cidade e o plano de hidrovias para São Paulo

MESA 5 (22/05 à tarde) ALTERNATIVAS: GESTÃO E SANEAMENTO

  • Ladislau Dowbor – Professor de Economia da PUC-SP – Administrando a água como se fosse importante
  • Lucca Pérez – Integrante do Escritório Piloto – Escola Politécnica- USP – Saneamento alternativo em áreas periurbanas.
  • Lucas Ciola – Ikobé Cooperativa de Bioconstrução e MUDA-SP – Uso de água da chuva, tratamento descentralizado de esgotamento sanitário com filtragem biológica e banheiros secos.

MESA 6 (22/05 à noite) ALTERNATIVAS: PLANTIO E MANEJO DE ÁGUA (AGUAFLORESTA)

  • Sueli Furlan – Professora do Departamento de Geografia da USP – Florestas culturais: manejo sociocultural, territorialidades e água.
  • Newton Barbosa Campos – Coordenador do Projeto Plantadores de Água – Alegre-ES – Experiências de conservação, manutenção e plantio de águas na Serra do Caparaó – ES
  • Ramón Bonzi – Mestre em infraestrutura verde pela FAU-USP – Pesquisa, intervenções e mapeamento das águas no sitio urbano de São Paulo
  • Eugênio Giovenardi – Ecossociólogo, fundador da Reserva Ecológica Sítio das Neves e representante da Olho d’água – GO – Águas acima: o manejo ecológico de nascentes e as técnicas alternativas de micro-barragens (“barragem castor” feita com cupinzeiros).

MINICURSOS

  • Quarta (20/05) às 14 hrs no vão: Como encontrar água em São Paulo com Adriano Sampaio
  • Quinta (21/05) às 14 hrs no vão: Técnicas alternativas de Captação e Tratamento com Lucas Ciola

SÁBADO (23/05 – o dia todo)

  • 09h30: Encontro no vão da hist/geo para trabalho de campo para a identificação de nascentes na USP
  • 12h00: pic-nic – a ideia é que cada um traga um prato pra compartilharmos no almoço
  • 14h00: Roda de conversa de caráter propositivo diante do acúmulo gerado no seminário. Local: Vão da Hist/Geo.

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