Frente ao atentado contra o Charlie Hebdo e os cartunistas, não posso me impedir de fazer alguns comentários, mesmo que bem parciais.
Em 1959, estudante, nas férias, acompanhei uma turma de jovens argelinos, quase da minha idade. Seu país estava em guerra anti-colonial contra a França e tinham sido enviado à França não lembro por quem nem como, mas com certeza na perspectiva de lhes mostrar como a França era generosa. Eles estavam atormentados, se sentiam inferiorizados. Tive a ideia de levantar seu astral organizando e ‘dando’ alguns cursos sobre a história árabo-muçulmana seus pensadores, filósofos, matemáticos. Acho que, a contrário do que se esperava dessa estadia na ‘metrópole’, voltaram mais conscientes da necessidade imperiosa da descolonização. (mais…)