Mineração – buracos de morte, por Egon Heck

Foto: Reuters
Foto: Reuters

por Egon Heck, Cimi

Camuflar atividades destrutivas e mortíferas com discursos de progresso não mais se sustenta. Os mais de 200 conflitos das mineradoras com comunidades na América Latina são um exemplo claro da resistência aos projetos de mineração. A secular exploração que vitimou milhões de pessoas, especialmente nativos, indígenas no continente, de forma perversa, iníqua e impune, está agora diante de crescente resistência e oposição aos projetos de morte implantados pelas empresas multinacionais.

Esta é uma das constatações feitas no 2° Encontro de “Igrejas e Mineração”, que se realizou essa semana em Brasília. Apesar de estar em curso um incremento da atividade de mineração motivada pela elevação dos preços das commodities em que se transformaram os minérios e com o apoio dos Estados nacionais, os “buracos de morte e destruição” começam a aumentar em quase todos os países do continente. Mais de 60% das grandes mineradoras são Canadenses. Também surgem neste cenário, com grande voracidade, empresas mineradoras chinesas e japonesas. (mais…)

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Mais da metade da população quilombola convive com a fome no Brasil

Comunidades quilombolas sofrem com isolamento e falta de apoio dos municípios, que geralmente também são pobres e possuem baixo orçamento e IDH (Fernanda Castro/ GEPR)
Comunidades quilombolas sofrem com isolamento e falta de apoio dos municípios, que geralmente também são pobres e possuem baixo orçamento e IDH (Fernanda Castro/ GEPR)

Apesar dos avanços no combate à fome, comunidades quilombolas permanecem com dificuldades para acessar os programas sociais e em situação de alta vulnerabilidade

Por Marcelo Pellegrini, Carta Capital

Apesar do Brasil ter saído do mapa da fome no mundo, muitas comunidades tradicionais brasileiras localizadas em áreas de difícil acesso ainda vivem em situação de risco. O relatório divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) no final de novembro revela que 55,6% dos adultos residentes em comunidades quilombolas vivem com fome ou sob o risco de inanição. A mesma realidade, embora em números um pouco menores, se reproduz na população infantil, na qual 41,1% das crianças e adolescentes quilombolas está sob esta condição. O cenário de fome não é o único problema. A pesquisa, realizada em 97 áreas, em 2011, revela grande vulnerabilidade social em outros índices como o acesso à água encanada, presente em menos da metade de domicílios, saúde e educação.

Majoritariamente compostas por negros, as comunidades quilombolas surgiram entre os séculos 16 e 19 durante escravidão, quando os quilombos eram refúgios de escravos fugidos da violência e da opressão de seus senhores. Com medo de serem recapturados, os escravos se forçaram a viver isolados, em regiões de difícil acesso, e de maneira autossuficiente. A lógica do isolamento prosseguiu depois da abolição da escravidão, quando muitos quilombos optaram por permanecer como povoados, e segue até hoje. Foi apenas com a Constituição Federal de 1988 que os moradores dos quilombos se transformaram em quilombolas e foram reconhecidos como comunidades tradicionais, com direito à propriedade e ao uso da terra ocupada. (mais…)

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Venezuela investe na preservação de língua indígena como patrimônio cultural

Indígenas mapoyo (Foto: AFP)
Indígenas mapoyo (Foto: AFP)

Da Agência Lusa

A Venezuela quer recuperar as tradições orais indígenas, aproveitando a recente classificação da língua mapoyo como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

O embaixador da Venezuela na Organização das Nações Unidas (ONU) explicou que esse reconhecimento ajuda nos esforços de preservação da língua autóctone, que foi colocada em uma lista de idiomas de “salvaguarda urgente”.

A classificação da língua faz parte do esforço do governo de “reivindicar os valores humanos e toda a diversidade cultural” do país, explicou o embaixador.

Os índios mapoyo vivem no Sul do país, com 55 famílias (300 pessoas) registradas. Os nativos vivem na zona de Urbana, no estado venezuelano de Bolívar, a sudeste de Caracas, na fronteira com o Brasil.

A Constituição da Venezuela contempla, além do castelhano, 34 idiomas indígenas oficiais, entre eles o mapoyo.

A língua mapoyo foi identificada no século 19 e aparece em documentos relacionados com lutas de independência locais.

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Restos mortais de um dos 43 estudantes mexicanos desaparecidos são identificados

Manifestação no México. Alex Cruz/Agência Lusa
Manifestação no México. Alex Cruz/Agência Lusa

Da Agência Lusa

Peritos forenses identificaram os restos mortais de um dos 43 estudantes mexicanos desaparecidos, entre os restos humanos carbonizados encontrados em um aterro, disse nesse sábado (6) um oficial federal, que pediu para não ser identificado.

As autoridades federais mandaram para uma universidade de medicina austríaca, no mês passado, os restos humanos que encontraram em uma lixeira, ao lado de um rio no sul do estado de Guerrero. “Uma das peças (ossos) pertence a um dos estudantes”, disse o oficial federal.

Segundo as autoridades, os estudantes desapareceram após um ataque na cidade de Iguala, no dia 26 de setembro, supostamente por ordem do prefeito e da sua mulher. Os jovens teriam sido entregues a membros do cartel Guerreros Unidos, que disseram aos investigadores que os levaram em dois caminhões. De acordo com as investigações, eles mataram os estudantes, queimaram seus corpos e os jogaram no rio.

Pais dos estudantes fizeram ontem (6) novo protesto na Cidade do México, o mais recente de uma onda de manifestações contra a forma como o presidente Enrique Peña Nieto lidou com o caso.

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¡Hoy se inicia la Cumbre de los Pueblos!

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Evento paralelo de los pueblos originarios y organizaciones de la sociedad civil ante la COP 20

Prensa Cumbre, 8 de diciembre, 2014.- Crisis de civilización, calentamiento global y cambio climático, transición energética, agricultura y soberanía alimentaria, son algunos de los temas que tratará la Cumbre de los Pueblos, que comienza hoy en Lima, Perú.

La cita es en el Parque de la Exposición de Lima, ubicado en la Av. 28 de Julio, Cercado de Lima, y algunos auditorios cercanos (Ver programa en este enlace)

El evento paralelo a la 20 Conferencia de Naciones Unidas sobre Cambio Climático (COP20), también abordará aspectos relacionados con la gestión sustentable del territorio y los ecosistemas, financiamiento y transferencia de tecnología, y mujeres y sostenibilidad.

De particular importancia será la llamada Marcha Mundial en Defensa de la Madre Tierra, el día 10 de diciembre, donde la sociedad civil exigirá a los países la adopción de medidas firmes para mitigación y adaptación al cambio climático. (mais…)

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Exposta a influência negativa da Anglo American nas políticas sobre o clima

LIMA, PERÚ, 8 de dezembro de 2014 – Um novo informe publicado hoje [8 de dezembro] durante as negociações das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas expõem que as empresas multinacionais, como Anglo American, minam importantes políticas sobre o clima e promovem falsas soluções, e assim, lucram com a crise climática. [1]

O novo informe examina as atividades da gigante mineradora Anglo American e se foca em uma das maiores minas a céu aberto do mundo: El Cerrejón, em La Guajira, na Colômbia. A empresa britânica-sul africana Anglo American é uma das três empresas acionistas da mina.

A Anglo American lucra com as falsas soluções para a crise climática como o comércio, a captura e o armazenamento do gás carbônico, o que beneficia as grandes empresas e não as pessoas e o ambiente, de acordo com o informe publicado por Amigos da Terra Internacional (ATI), Observatório Europeu de Corporações (CEO) e Transnational Institute (TNI).

A Anglo American segue expandindo o seu modelo empresarial nocivo para o clima com a utilização de fundos verdes, mecanismos de compensação e soluções técnicas duvidosas para conseguir uma imagem ecológica, segundo afirma o informe intitulado “O lobby da Anglo American a favor das energias sujas e falsas soluções para o clima”, que foi lançado hoje em uma conferencia de imprensa durante as negociações do clima em Lima e apresentado na Cúpula dos Povos contra as Mudanças Climáticas, como parte do Dia de Ação para Parar as Corporações na COP20. [2] (mais…)

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El sexismo de la ciencia

Imagen: Dafne Gentinetta
Imagen: Dafne Gentinetta

Los contenidos y el quehacer investigativo estuvieron siempre centrados en el hombre. Esta doctora en filosofía e historiadora de la ciencia pone en crisis ese paradigma: rescata el aporte femenino, muestra por qué la presencia de la mujer siempre fue desvalorizada en ese ámbito y explica con casos concretos cómo la perspectiva de género cambia una disciplina científica

Por Verónica Engler – Página 12

Eulalia Pérez Sedeño fue la gestora y promotora de un Primer Congreso de Ciencia, Tecnología y Género realizado hace casi dos décadas en Madrid, España. “El primer congreso que hicimos era nacional, y lo monté con la idea de pensar desde nuestro propio lenguaje, nuestros problemas de aquí y no tanto a partir de lo que planteaban las norteamericanas. Y aparecieron unas ‘locas’ argentinas y mexicanas que dijeron que querían participar, porque tenían cosas que plantear”, recuerda. Entre esas “locas” estaba la doctora en filosofía Diana Maffía, una de las creadoras de la Red Argentina de Ciencia, Género y Tecnología (RAGCyT), junto a las doctoras Silvia Kochen (neuróloga) y Ana Franchi (química), las tres investigadoras del Conicet. Gracias a este trío, el segundo congreso (1998) se convirtió en Iberoamericano y se realizó en la ciudad de Buenos Aires, y desde entonces el encuentro se realiza cada dos años alternativamente a un lado y otro del océano. La iniciativa creció y ahora ya cuentan con una red formal: la Red Iberoamericana de Ciencia, Tecnología y Género (RICTyG), con financiamiento de Cyted (Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología para el Desarrollo).

De paso por Buenos Aires, rumbo al X Congreso Iberoamericano de Ciencia, Tecnología y Género –con sede en Asunción, Paraguay–, Pérez Sedeño señala un principio básico del área en la que trabaja: “Los estudios sobre ciencia, tecnología y género comparten un objetivo político: la oposición al sexismo y androcentrismo reflejados en la práctica científica”. (mais…)

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Exposição considerada espetáculo racista gera protestos em Paris

O polêmico espetáculo "Exhibit B" traz negros em jaulas
O polêmico espetáculo “Exhibit B” traz negros em jaulas

EFE

Cerca de 200 pessoas protestaram neste domingo contra o centro cultural Centquatre, em Paris, devido ao evento artístico “Exhibit B”, do artista sul-africano Brett Bailey, que expôs no espaço 12 retratos vivos com negros em jaulas, o que alguns consideraram um espetáculo racista.

O protesto ocorreu sem confusão e sob a vigilância da polícia, cuja presença foi reforçada ao redor da “performance” devido às criticas que surgiram antes da inauguração do polêmico artista.

Com figurantes negros enclausurados em jaulas, a obra busca recriar os “zoológicos humanos” dos finais do século 19, diz o autor. (mais…)

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Veja a programação de hoje (8), feriado em Salvador, do Festival A Cena tá Preta

unnamed (1)CEAO – Centro de Estudos Afro-Orientais

Segunda-feira, 8 de dezembro

19h- Cabaré dos Novos

Cine Vila- exibição dos curtas-metragens:

AcordaLiberdade: narrado pelo ator Jorge Washington, o filme costura as memórias fotográficas e depoimentos de personalidades importantes do bairro da Liberdade como Professora Nilza, Vovô do Ilê Aiyê, Gerônimo, Gilson Nascimento, Dona Ninha, Hélio Brandão, além de outros moradores que são referências na comunidade e revelam fatos históricos da região. (mais…)

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Edufba lança Discutindo etnicidades; livro reúne resultados de pesquisas do Pós-Afro

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Edufba realiza o último Lançamento Coletivo do ano

CEAO – Centro de Estudos Afro-Orientais

O Reitor da Universidade Federal da Bahia, João Carlos Salles Pires da Silva, convida para o Lançamento Coletivo do mês de dezembro. O evento acontece no dia 10, quarta-feira, das 16h30 às 19h30, no Palácio da Reitoria – Hall principal (térreo), no Canela. Na ocasião, treze obras de diferentes áreas do conhecimento estarão disponíveis para a venda com 20% de desconto e um representante de cada obra ficará a disposição para autógrafos.

Promover um maior diálogo entre diferentes campos do conhecimento produzidos na universidade e facilitar o acesso da sociedade à produção acadêmica são as principais iniciativas da realização do evento.

Conheça as obras que integram a programação do Lançamento Coletivo EDUFBA – dezembro de 2014: (mais…)

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