Inquérito sobre morte de interno no DF será acompanhado

Manuel Carlos Montenegro, Agência CNJ de Notícias

O enforcamento de um jovem no último domingo (1/7) na Unidade de Internação de  Planaltina (UIP), cidade-satélite de Brasília, motivou a visita do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) à unidade na tarde desta terça-feira (3/7).
Por determinação do presidente do CNJ, ministro Ayres Britto, os juízes auxiliares do Conselho Luciano Losekann e Nicolau Lupianhes foram à unidade apurar em que condições aconteceu a morte do adolescente de 17 anos. A partir da visita, o CNJ vai acompanhar o inquérito policial aberto pela Polícia Civil do Distrito Federal para investigar a morte do adolescente.

Os juízes conheceram as instalações, inclusive o módulo onde aconteceu a morte. Os adolescentes que cumprem medidas socioeducativas falaram sobre o cotidiano na unidade, mas não revelaram nada significativo. Segundo outros relatos colhidos pelos juízes, o jovem foi enforcado por causa de um problema que tinha com um colega de quarto. O suposto autor do assassinato já teria confessado a morte, segundo o juiz auxiliar da Presidência Luciano Losekann.

“É possível evitar (mortes assim) com isolamento. Às vezes não se sabe o que houve no momento em que ele foi morto para que não tivesse sido isolado previamente (do colega que o matou). Muito provavelmente foi uma discussão efêmera, coisa de segundos. Isso tudo vai ser apurado pelo inquérito policial que já está em curso”, afirmou Losekann.

Os juízes farão um relatório que será encaminhado ao presidente do CNJ, ministro Ayres Britto, e às autoridades do Distrito Federal que lidam com a aplicação das medidas socioeducativas no DF (Governo do Distrito Federal, Ministério e Defensorias Públicas, entre outros).

Enviada por José Carlos.

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.