Vaccarezza condena declarações de Bolsonaro sobre casamento com gays e negros

Priscilla Mazenotti, Agência Brasil

Brasília – O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, condenou hoje (31) as declarações do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) num programa de televisão. Bolsonaro disse em entrevista que seus filhos não correm o risco de namorar uma mulher negra ou virarem gays, porque “foram muito bem-educados”.

“Acho a declaração condenável. Mostra a estupidez do que é o pensamento político e ideológico dele”, disse. “Mas, um dos pilares da democracia é a liberdade e a imunidade do parlamentar. As posições dele são conhecidas antes das eleições. E quem votou nele sabe disso”, acrescentou. Vaccarezza deixou claro que essa é uma opinião pessoal dele e não como líder do governo.

Segundo Vaccarezza, o argumento de que a edição do programa foi malfeita não é justificativa para as declarações. “Nenhum partido defende a opinião dele [Bolsonaro]. Mas, cabe ao partido dele tomar uma iniciativa”, comentou. (mais…)

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Manifesto de apoio aos operários e atingidos pelas usinas de Jirau e Santo Antônio

Neste mês de março, acompanhamos a revolta e greve dos operários nas usinas de Jirau e Santo Antônio, localizadas no Rio Madeira, em Rondônia, sob responsabilidade – respectivamente – das empresas Camargo Corrêa e Odebrecht. Várias outras revoltas semelhantes já haviam ocorrido e vêm ocorrendo em varias partes do Brasil.

Nós, do Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB, da Plataforma BNDES e da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Brasil), tomamos uma iniciativa conjunta com as demais organizações que assinam este documento, de manifestar solidariedade pública à legitima luta dos operários e atingidos destas duas usinas. Também estamos denunciando e reivindicando que o Tribunal Regional do Trabalho de Rondônia reveja sua decisão e cancele imediatamente a multa diária de R$ 50.000 sobre a organização dos operários (STICCERO/CUT) e reconheça a greve dos operários da Usina de Santo Antônio como legítima.

Os operários, assim como a população atingida, estão sendo vítimas de uma brutal exploração e pressão, imposta pelas empresas responsáveis por estas usinas, para acelerar a construção das obras e antecipar o final de sua construção. A grande maioria dos operários recebem salários extremamente baixos e são vítimas de longas jornadas de trabalho, péssimas condições de trabalho e segurança, violência e perseguição, acordos não cumpridos, transporte de péssima qualidade e ameaças constantes de demissão. Essa tem sido a realidade constante destes trabalhadores e trabalhadoras que, através de suas greves e mobilizações, vêm denunciando e cobrando soluções imediatas. (mais…)

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Ministério Público pede embargo da obra de Jirau ao TRT

Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu ao Tribunal Regional do Trabalho de Rondônia que embargue as obras da Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, enquanto não forem realizadas as obras de recuperação do centro de vivência dos trabalhadores, que foi destruído por incêndio há duas semanas, durante revolta de trabalhadores. A reportagem é de Quetila Ruiz e publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, 31-03-2011.

Segundo o MPT, o pedido de embargo foi feito depois que uma vistoria dos auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego concluiu pela inviabilidade temporária do prosseguimento das atividades das obras. “Ficou constatado pela auditoria que boa parte dos alojamentos, a totalidade da área de lazer, lavanderia, farmácia e agência bancária da margem direita foram destruídos pelo fogo”, diz o Relatório de Inspeção. Depois da vistoria, reuniram-se os auditores fiscais e os representantes do Sindicato dos trabalhadores e do empregador para estabelecer em que momento a obra poderá ser retomada.

O chefe do Núcleo de Segurança e Saúde no Trabalho esclareceu que a Norma Regulamentadora n.º 18 estabelece que quando o empregador mantém alojados trabalhadores, há a necessidade de níveis mínimos de segurança para a condução de uma obra. “Partindo-se dessa premissa, é imprescindível que a área de vivência seja restaurada dentro dos parâmetros estabelecidos pela norma, para que a empresa possa retornar à produção especificamente, dentro dos padrões anteriormente ao evento.” (mais…)

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Crise energética: impasses e riscos das formas de energia produzidas atualmente. Entrevista especial Marcelo Firpo Porto

“A discussão do urânio, além da questão das bombas nucleares, necessariamente levanta o debate sobre a política energética no planeta e, em particular, no Brasil”. Assim Marcelo Firpo Porto inicia a discussão a respeito dos riscos a partir da atual produção de energia que se sobressai no mundo, principalmente no que diz respeito à energia nuclear. Em entrevista à IHU On-Line, realizada por e-mail, o pesquisador analisa a contribuição dos riscos industriais aos chamados riscos ecológicos globais; também os desastres e as catástrofes industriais, principalmente nos setores químico, petroquímico e nuclear; e, ainda, fala sobre as indústrias e os processos tecnológicos perigosos que afetam de trabalhadores a populações que habitam os territórios onde tais processos são instalados.

Marcelo fala ainda sobre como o recente episódio em Fukushima renovou o debate acerca das polêmicas em torno da posição que afirma que a energia nuclear é uma alternativa “limpa”. Ele contesta tais afirmações ao refletir sobre os resíduos radioativos produzidos e a possibilidade de grandes acidentes em escala nacional e internacional. “Há alguns anos vem sendo discutido no mundo e no Brasil a importância de se ampliar a participação da energia nuclear. Um dos argumentos utilizados é que as usinas nucleares teriam menor contribuição na geração do efeito estufa ou aquecimento global, o que vem sendo contestado”, disse ele que também questiona: “A pergunta central a ser feita neste momento – e o debate precisa ser ampliado na sociedade brasileira – é: Não temos alternativas melhores para a produção de energia?”.

Marcelo Firpo Porto é pesquisador titular do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca  ENSP/Fiocruz. Confira a entrevista. (mais…)

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Desenvolvimento para a Amazônia – os grandes projetos como discurso único

revista mineração na Amazônia Autor: Foto: Fórum Carajás
Revista Mineração na Amazônia. Foto: Fórum Carajás

Por: Rogerio Almeida (colaborador do Fórum Carajás)

Grandes corporações são bons anunciantes. Algumas possuem esmero em associar a imagem como empresas cidadãs, e alinhadas com o marketing e a responsabilidade social.

Até o início da década o debate sobre a Amazônia gravitava em torno do incremento da BR 163, que liga Santarém, oeste do Pará à Cuiabá, capital do Matogrosso. A rodovia é um ingrediente das modalidades de transporte que configuram um dos eixos de integração planejados para a região. Os demais elementos do eixo de transporte são ferrovias e hidrovias.

Repaginar a BR 163 tem como objetivo a redução do custo no escoamento da produção de grãos do Centro Oeste do país. Tudo bancado com recursos públicos a partir da generosidade dos cofres do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As atividades do banco transbordam as fronteiras nacionais e alcançam o continente. Analistas sobre o assunto apontam que o BNDES superou em importância o Banco Mundial. (mais…)

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