Fernanda Giannasi, fiscal do Ministério do Trabalho e liderança indiscutível na luta pelo banimento do amianto no Brasil, recebeu mais uma carta enviada da Alemanha, através do correio da Universidade de Berlim. O remetente é o mesmo das anteriores, escrevendo à maquina, em inglês, e usando um timbre carimbado, como se se tratasse de um grupo da universidade.
Desta vez, não há selos nazistas, nem ameças diretas. Em lugar das acusações a Fernanda (que iam das de “nazista e racista” a outras de baixíssimo cunho sexual) e das ameaças de morte, o autor faz uma defesa radical do “asbestos” – matéria prima do amianto – apresentado por ele como sinônimo de “Eternit” – material indestrutível, capaz inclusive de “salvar a humanidade da contaminação radioativa”.
O tom mudou, aparentemente, mas nada indica que não voltará ao anterior, ou que as ameaças tenham sido esquecidas. Por isso, este Blog repete o que já afirmou na semana passada: é urgente que nos unamos na defesa de Fernanda, ao mesmo tempo cobrando das autoridades – brasileiras e alemãs – uma investigação em relação ao autor e suas ameaças. A própria Universidade de Berlim, ao quadro da qual supostamente o autor pertence, ou da qual se utiliza, precisa se pronunciar a respeito da questão.
Reafirmamos, igualmente, que Fernanda pode contar com total apoio e solidariedade deste Blog, mas este fato merece a atenção de todas as pessoas, entidades e organismos envolvidos nas lutas pelos direitos humanos. A começar pela própria Secretaria Nacional responsável pelo Programa Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos, no qual ela deve ser imediatamente incluída. TP.


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