Adital – O Comitê preparatório da marcha pelo direito à terra, o Espaço Multicultural de mulheres da Região Caribe e a Plataforma de organizações agrárias da Região Caribe convocam campesinos e campesinas a se mobilizarem na manhã desta quinta-feira (28), no departamento Atlântico, na Colômbia, para realizarem uma marcha, por meio da qual devem reivindicar seus direitos à terra, à soberania alimentar, ao desenvolvimento sustentável e à compensação das dívidas agrárias.
“Fazemos um chamado para toda a sociedade civil do departamento do Atlântico a acompanhar esta iniciativa e pedimos para a defensoria do povo e aos governos locais, que velem pela proteção das pessoas participantes no desenvolvimento da Marcha”, convocam.
O objetivo é chamar atenção para a crise agrária que se instalou no departamento de Atlântico e também dar visibilidade para a ‘feminização da pobreza’, criada por falta de políticas agrárias que incluam os direitos das mulheres. A caminhada deve chegar até a sede do Governo de Atlântico.
A marcha, que deve reunir centenas de trabalhadores e trabalhadoras rurais, será acompanhada e apoiada por outras organizações sociais, sindicais, indígenas, afrocolombianas, de mulheres, trabalhadores e de direitos humanos.
De acordo com as entidades que organizam a marcha, o ato acontece dentro da agenda política da Plataforma de organizações agrárias da Região Caribe, que se constitui em um espaço de articulação de mais de 100 organizações campesinas dos departamentos de Atlântico, Bolívar, Cesar, Córdoba, Guajira e Magdalena.
“Toda parte do povo pode reunir-se e manifestar-se pública e pacificamente, nós, os manifestantes em uso legítimo de nosso direito constitucional para a mobilização pacífica como forma de expressão de nossa liberdade para a manifestação, solicitamos do governo departamental de Atlântico, Distrital e dos governos locais, as garantias de segurança e respeito para a mobilidade das pessoas que se deslocam dos municípios, e em Barranquilla se concentram para o desenvolvimento da Marcha”, expressam. Além de gritarem pelo direito à terra e à igualdade de gênero, os manifestantes reforçarão as questões que envolvem suas áreas de trabalho, fazendo pedido pelo desenvolvimento produtivo e economia comunitária, pela biodiversidade e meio ambiente.
Durante a marcha, eles protestarão ainda contra o uso dos transgênicos e pedirão a eliminação do uso de agrotóxicos. Os campesinos e campesinas defendem a soberania alimentar, o controle e a participação social e a prática do preço justo nas transações comerciais.
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