Um olhar sobre a Favela Julio Otoni, guiado pelo líder comunitário Sizenaldo Marinho

Ava Rose Hoffman  – Rio On Watch

Julio Otoni é uma favela situada entre os bairros de Laranjeiras e Santa Teresa, na Zona Sul do Rio. Toda a comunidade está localizada em um único endereço: Rua Doutor Julio Otoni, 298.

Chegando neste endereço, sou recebida por Sizenaldo Marinho, nascido e criado na comunidade e ativo há anos em uma série de iniciativas. Um centro comunitário que Sizenaldo ajudou a estabelecer em 2004 vem oferecendo programas de reciclagem, oficinas de fabricação de papel, aulas de percussão e aulas particulares. Sizenaldo já deu aulas no centro, coordenando projetos com voluntários internacionais. Sizenaldo também representou a comunidade no Conselho de Segurança de Santa Teresa. O centro comunitário é um importante recurso na comunidade, onde falta investimento público. Infelizmente, Sizenaldo diz que, ultimamente, o centro “fica mais fechado do que aberto”. (mais…)

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Observatório de Remoções: conflitos fundiários, lutas e histórias de vida

Por Equipe do Observatório de Remoções*

Tendo como paradigma a experiência “Por um observatório das Remoções no Município de São Paulo”, que reuniu, em 2012, diversas pesquisas em andamento no LabHab (Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos) e no LabCidade (Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade), da FAUUSP, iniciamos um projeto de mapeamento de processos que envolvem despejos e remoções, visando também o apoio a comunidades afetadas e o intercâmbio de informações com outros observatórios nacionais e internacionais. (mais…)

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Acampamento resiste após suspensão de despejo em Alagoas

Há seis anos famílias acampadas pedem a destinação da área para fins de Reforma Agrária.

Por Rafael Soriano, da Página do MST

Na última quarta-feira (15), as 90 famílias Sem Terra do acampamento Patativa do Assaré, a cerca de 2 km do centro de Maragogi (Litoral Norte de Alagoas), obtiveram a decisão de suspensão por 90 dias do despejo que estava programado. (mais…)

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Com 81 Anos, Dona Dalva resiste à remoção olímpica na Vila Autódromo

Brooke Parkin – Rio On Watch

Vila Autódromo, na Zona Oeste do Rio, está recebendo uma extrema pressão para remoção, por parte da Prefeitura, em função da preparação para as Olimpíadas de 2016. A maioria dos moradores deixou a comunidade, vendendo suas residências à Prefeitura ou trocando as mesmas por habitação pública. Na quarta-feira, 3 de junho, a situação se agravou, chegando a violentos confrontos com a polícia, o que resultou em seis moradores feridos. Com 81 anos de idade, Dona Dalva está entre aqueles que permanecem resistentes à remoção: “Nós vamos continuar morando aqui. Fiquei aqui porque na época precisava, e preciso até hoje”, ela disse. (mais…)

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Resiste Izidora: 30 mil ameaçados de despejo em BH

A intransigência da Prefeitura e de uma construtora podem causar uma mega-desocupação e a destruição de centenas de casas; área é 7 vezes maior que o Pinheirinho

por Bárbara Ferreira, Carta Capital

Em meio a um enredo que envolve Prefeitura, governo do estado, governo federal e iniciativa privada, Belo Horizonte hoje é palco de um dos maiores conflitos territoriais urbanos do Brasil: cerca de 30 mil pessoas podem ser despejadas e ter suas casas destruídas. A reintegração de posse, pedida pela Prefeitura e autorizada pela Justiça Mineira, está suspensa por decisão liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) expedida no dia 29 de junho (segunda-feira). A decisão judicial não é definitiva. Se a liminar for derrubada no STJ, a desocupação pode ocorrer a qualquer momento. (mais…)

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Movimentos de moradia discutem papel da Justiça nos conflitos fundiários

5ª Jornada da Moradia Digna discutirá a falta de sensibilidade do Judiciário e a violência da polícia em reintegrações de posse

Por Redação RBA

São Paulo – Movimentos populares e organizações sociais realizam neste fim de semana (4 e 5) a 5ª Jornada da Moradia Digna – Justiça para quem?. O evento conta com parceria da Defensoria Pública e debaterá o papel da Justiça diante os conflitos fundiários. Em entrevista à repórter Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual, o organizador do evento e advogado da União dos Movimentos de Moradia (UMM), Benedito Barbosa, o Dito, afirma hoje (2) que o Judiciário tem “blindagem grande e pouca transparência”. (mais…)

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MG – Decreto do governo cria mesa de negociação com ocupações urbanas

Estado de Minas

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, assinou nesta quarta-feira decreto que cria uma mesa permanente de negociação com movimentos ligados às ocupações urbanas e rurais. Na prática, o ato representa a instalação do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania para Demandas Territoriais Urbanas e Rurais e de Grande Repercussão Social (Cejus Social) pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). (mais…)

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Vale: o paradoxo da destruição

Para a empresa privatizada pelo tucanato, o que vale é o minério a ser extraído: dane-se a água, o ar, o solo e as sociedades locais.

Najar Tubino, Carta Maior

A empresa está entre as maiores mineradoras do mundo, é a número um na extração de ferro, nas manufaturas chamadas pelotas e em níquel. Em 2014, teve receita líquida de US$37,5 bilhões, pagou US$4,2 bilhões em dividendos, contabilizou oito mortes por acidentes de trabalho e recebeu 3.096 reclamações e demandas das comunidades, a maioria em Minas Gerais e Pará, embora atue em 30 países. No Relatório de Sustentabilidade 2014 da empresa também constam 44 casos de conflitos pelo uso da terra, com 33 ocupações “indevidas” e remoções de 8.406 famílias em Moçambique e Malauí, para construção do Corredor de Nacala, cujo objetivo é transportar carvão mineral da mina de Moatize para o porto via ferroviária. Com 73 anos de operação, 18 deles como empresa privada, negociada por US$3,4 bilhões em 1997, certamente a maior barbada que o mercado mundial conheceu no século XX – uma das grandes obras do tucanato brasileiro – criou uma ouvidoria há um ano. (mais…)

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UPP: Uma política de segurança ambígua. Entrevista especial com Gabriel Bayarri

“A pacificação se fundamenta numa instituição presa à cultura militar repressivo-punitiva e a interesses das instituições do Estado”, afirma o pesquisador

Por Patrícia Fachin – IHU On-Line

As Unidades de Polícia Pacificadora – UPPS, implantadas nas favelas cariocas no final de 2008 como parte da política de Segurança Pública, têm sido criticadas pelo uso de uma “estratégia explícita violenta, assim como de uma estratégia implícita de controle social, priorizando a construção de um modelo de ‘cidade-commodity’, onde a comercialização adequada para o público internacional requer a embalagem da pacificação, potencializando o controle da vida local”, diz Gabriel Bayarri na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line por e-mail. (mais…)

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