Bento Rodrigues: Menina de cinco anos é a quarta vítima fatal da tragédia em Minas Gerais

Na tarde de ontem foi identificada  a terceira vítima do acidente após o rompimento de duas barragens. Trata-se de Valdemir Aparecido Leandro, de 48 anos, funcionário da empresa Geocontrole, prestadora de serviços para a Samarco.

O Globo

A prefeitura de Mariana, em Minas Gerais, informou no início da tarde desta terça-feira que uma menina de cinco anos foi identificada como a quarta morte em decorrência do rompimento das barragens de mineração no distrito de Bento Rodrigues. A vítima é Emanuele Vitória Fernandes.

Ainda segundo a prefeitura uma senhora de 65 anos foi encontrada com vida. Com isso, o número de desaparecidos agora é de 22 pessoas.

Enquanto as buscas em Bento Rodrigues continuam por tempo indeterminado, a onda de lama avança pelo leito do Rio Doce em direção ao Espírito Santo. A previsão é de que os rejeitos da mineração chegassem durante a madrugada de hoje, em Baixo Guandu, a 186 km de Vitória. Pela manhã, a lama ainda não havia aparecido, mas moradores já ocupavam uma ponte da cidade, que passa sobre o Rio Doce, movidos pela curiosidade. Enquanto isso, a Defesa Civil mobilizava carros de apoio ao abastecimento de água, e 12 escolas permaneciam fechadas.

SECRETARIA SUSPENDE LICENÇA DA SAMARCO

A secretaria estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais suspendeu a licença da mineradora Samarco, responsável pela barragens, para exercer qualquer atividade no município de Mariana.

De acordo com a secretaria, A Samarco só está autorizada a desenvolver ações emergenciais na cidade, ou seja, aquelas voltadas para minimizar o impacto do rompimento das barragens e prevenir novos danos. Ainda de acordo com o governo, a empresa só poderá retomar as atividades após a apuração e a adoção de medidas de reparo dos danos provocados pelo rompimento das barragens.

O Ministério Público do estado recomendou à Samarco que garanta ao menos um salário mínimo para cada família atingida pelo acidente a partir de dezembro, informou o promotor Guilherme de Sá Meneghin, na manhã desta segunda-feira.

Na noite de domingo, o MP entregou um documento com cinco providências a serem tomadas pela empresa. Além de uma remuneração básica mensal para cada família, a instituição pede que seja elaborada uma relação com os nomes de todas as pessoas afetadas pela tragédia, que sejam identificadas as necessidades dos atingidos, um cronograma para que os desabrigados em hotéis sejam realocados para moradias e um plano de reparação às vítimas.

Foto: Corpo de Bombeiros/MG.

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