Movimentos sociais de São Luís conseguem cancelamento de audiência

A audiência pública é considerada pelos populares como irregular, montada pela prefeitura para alterar a cidade em atendimento dos interesses de construtoras e indústrias

A audiência desta quarta-feira, que discutiria de forma parcelada a área dos bairros Monte Castelo e Bairro de Fátima (e seria realizada inclusive fora desses bairros, no parque Bom Menino, no centro de São Luís), começou com os técnicos da prefeitura, mais uma vez, fazendo uma apresentação que pouco falava à realidade das pessoas. Após isso, os representantes dos mais de 70 movimentos que questionam o processo começaram a se pronunciar.

Eles questionaram o porquê de a Prefeitura de São Luís desrespeitar recomendações do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual para suspender o procedimento enquanto eles se pronunciariam sobre o caso, e insistir com as audiências de forma irregular e sem a devida publicidade.

Tentando reverter a situação de tensão, o representante do Ministério Público Estadual questionou quantas pessoas da área estariam no auditório, visivelmente dividido entre os movimentos sociais e representantes do empresariado.

Mais uma vez, apenas três pessoas da comunidade afetada estavam no local, devido a ineficiência da prefeitura em mobilizar a população (muitos apontam como sendo intencional o esvaziamento das audiências por inação do poder público), sendo duas dessas pessoas membros do movimento que questiona a proposta.

Como os populares não aceitavam que o processo seguisse dada a flagrante falta de legitimidade, ao secretário municipal de Urbanismo, que coordenava os trabalhos, restou dar por CANCELADA A AUDIÊNCIA. O representante do Ministério Público anunciou que também solicitou à prefeitura o cancelamento da audiência prevista para a próxima sexta-feira na zona rural.

Em sua fala, o secretário declarou cancelada a audiência, dada a presença de apenas três pessoas da área a ser discutida, o que impulsiona os movimentos sociais da cidade a lutarem pelo cancelamento de todo o processo, na qual essa “falha da prefeitura” foi recorrente.

PISA LIGEIRO, PISA LIGEIRO QUEM NÃO PODE COM A FORMIGA NÃO ASSANHA O FORMIGUEIRO!

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Claudio Castro.

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