A Polícia Civil de Caarapó deve concluir em dez dias as investigações do assassinato de um adolescente indígena. Ele foi morto no sábado passado em uma fazenda vizinha da aldeia Guarani-Kaiowá Tey´ikue. O fazendeiro Orlandino Carneiro Gonçalves confessou ter feito os disparos.
Fazendeiros e pistoleiros atacaram novamente o acampamento Pindoroky, na fazenda Santa Helena, onde foi assassinado o jovem Kaiowá Denilson Barbosa, de 15 anos. O relato é das lideranças do Conselho do Aty Guasu que estão no local.
Cerca de dez horas da noite de sábado, 23, um grupo de homens armados chegou em caminhonetes por uma fazenda vizinha e cercou o acampamento, iluminando e atirando na direção dos indígenas. Desesperada, a comunidade correu e fugiu pelo canavial que ladeia a área. Não há registros de feridos.
A comunidade está bastante apreensiva, pois os pistoleiros permanecem no local, rondando a área e intimidando as famílias.
Os indígenas exigem a presença imediata de equipe da Polícia Federal de Dourados, e demandam um programa permanente de segurança para o acampamento.
A sindicância que investigou a suspeita de envolvimento de servidores da AGU (Advocacia-Geral da União) no esquema desnudado pela Operação Porto Seguro apontou “evidentes indícios” de irregularidades contra o ministro Luís Inácio Adams.
Segundo os investigadores da própria AGU, conforme relatório final da sindicância ao qual a Folha teve acesso, cinco condutas de Adams foram consideradas suspeitas e “podem apontar para atuação/omissão irregular” do advogado-geral da União.
Para a sindicância, as suspeitas eram “graves” o suficiente para justificar a abertura de um processo administrativo disciplinar contra Adams –responsável pela defesa do governo federal em causas judiciais e pelo aconselhamento jurídico da presidente Dilma Rousseff. (mais…)