“Importante relato de Arlene Sandra Lima, do povo tariano, sobre a grave situação de saúde na região do Alto Rio Negro (norte do Amazonas). Merece ser lido e compartilhado.” (Elaíze Farias)
Meu filho completou 09 meses vida, levei ao posto de saúde para ser vacinado, porém a agente de saúde informou que não tem, não chegou, a vacina. Fui ao CREAM a pessoa responsável pela distribuição de remédios informou que devido à seca do rio, ficou complicado o envio de remédios via fluvial, mais complicado ainda através via aérea pois a cobrança de tarifas é cara. Os restantes dos remédios estão terminando, já faz 02 meses sem receber remédios para o município…
ENQUANTO ISSO AS CRIANÇAS ESTÃO MORRENDO POR EPIDEMIAS, DIARREIA, VOMITO, FEBRE.
A Secretaria Especial Saúde Indígena, Antonio Alves/ SESAI deve juntamente com o Governo Estadual priorizar a vinda dos remédios a São Gabriel da Cachoeira-AM, uma aeronave específico para distribuição de remédios ao municípios de difícil acesso.
Elaíze Farias acrescentou o seguinte comentário: “recentemente a justiça federal concedeu liminar, atendendo a uma ação do MPF/AM, determinando a imediata distribuição de remédios que estão previstos no planejamento do Ministério da Saúde aos povos do Alto Rio Negro. Mas a própria Sesai entrou com um recurso para pedir a suspensão imediata desta liminar. Felizmente o pedido da Sesai foi negado na justiça. O recurso ainda vai ser julgado pelo tribunal. Enquanto isso, fica mantida a obrigação determinada pela liminar na primeira instância.”
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Compartilhada por Sonia Guarani Kaiowá Munduruku.
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