Suzano, Fibria e Vale operam no vermelho; resultado ruim pressiona Banrisul

Vale, Bradespar e MMX operam no negativo nesta quinta-feira (Morag MacKinnon/Reuters)

Ainda entre os destaques, Petrobras ON acumula sete pregões no negativo; MPX comunicou sincronização da 2° turbina na Usina de Parnaíba I

Por Paula Barra

SÃO PAULO – Apesar dos números do mercado de trabalho nos Estados Unidos terem servido como um contraponto positivo ao resultado ruim da economia da zona do euro, o Ibovespa segue em queda na tarde desta quinta-feira (14). Às 13h14 (horário de Brasília), o índice recuava 0,79%, indo para 57.941pontos.

Entre os destaques corporativos, as ações da Suzano (SUZB5) figuravam entre as maiores quedas do Ibovespa, de 4,54%, sendo cotadas a R$ 6,31. Na mínima do dia, os ativos chegaram a cair 4,99%, a R$ 6,28. Outra do setor de papel e celulose que também operava no vermelho era o papel da Fibria (FIBR3), com queda de 1,04%, a R$ 22,89.

Os ativos ainda refletem a notícia da última quinta-feira de que o governo da China decidiu investigar os fabricantes brasileiros de celulose por dumping – prática que visa afetar o poder de concorrência de outros fabricantes, no caso chineses. Essa foi a primeira vez que os chineses abrem uma investigação contra o Brasil.

Mineradoras em queda
Também no campo negativo, as ações ordinárias da Vale (VALE3; VALE5) amargam perdas de 1,28%, sendo cotadas a R$ 38,61, enquanto as preferenciais recuam 1,68%, indo para R$ 36,78. No mesmo horário, a Bradespar (BRAP4), que possui participação no controle da Vale, registrava desvalorização de 2,05%, indo para R$ 29,69.

Ainda entre as mineradoras, as ações da MMX (MMXM3) apresentava queda de 0,92%, sendo cotadas a R$ 3,22. Juntas, as três empresas representam 23% da carteira teórica do Ibovespa.

Petrobras ON acumula 7 dias de baixa
Já as ações ordinárias da Petrobras (PETR3, -0,69%, R$ 15,76; PETR4, -0,45%, R$ 17,72) estão pelo sétimo pregão consecutivo no negativo e acumulam 15,41% de queda. Totalmente descolada, os papéis preferenciais da petrolífera recuam apenas 4,01% no mesmo período. O motivo para a diferença é principalmente a redução do dividendo pago a essa classe de ação.

Além disso, a enxurrada de notícias negativas ainda pesa sobre a estatal. Desta vez, a revista norte-americana Forbes classificou a empresa como o “patinho feio” das multinacionais do setor. Segundo a publicação, a empresa tem sido um “grande desapontamento” para os investidores nos últimos anos.

Também corrobora para esse desempenho ruim dos papéis o corte de preço-alvo da PETR3 pelo Santander, de R$ 23,00 para R$ 20,00. A petrolífera possui como metas manter um índice de dívida líquida/capital líquido de 35%, e de dívida líquida/Ebitda (lucro antes de impostos, taxas, depreciações e amortizações) de 2,5 vezes nos próximos cinco anos, sendo que este último item já não vem sendo obedecido. Mas o Santander, em relatório assinado por Vicente Falanga Neto, prevê que a Petrobras pode descumprir essas duas regras já neste terceiro trimestre.

OGX pode cair mais, diz especialista
Outro peso pesado do índice chama atenção ainda nesta quinta-feira. Depois de um 2012 frustrante, quando as ações da OGX Petróleo (OGXP3) despencaram mais de 65%, o início deste ano continua ruim para a petrolífera de Eike Batista, com uma desvalorização de mais de 15%. Mas esse ainda não é o fundo do poço, diz um especialista em previsões da empresa.

Em entrevista à Bloomberg, Marcus Sequeira, analista do Deutsche Bank, diz que ainda há muitos riscos para os investidores. Sequeira lidera o ranking da Bloomberg de Retorno Absoluto, que acompanha as estimativas dos analistas. As ações da OGX registram ganhos de 0,27% na bolsa neste pregão, indo para R$ 3,78.

Resultado ruim pressiona ações do Banrisul
Fora do índice, as ações do Banrisul caem 3,11%, sendo cotadas a R$ 16,19, e refletem os números do quarto trimestre. O banco reportou um lucro líquido de R$ 191,5 milhões e ROAE (Retorno Sobre Patrimônio Líquido Médio) de 16,8%, resultado 7,7% abaixo do trimestre anterior e com baixa de 15,5% frente ao mesmo trimestre de 2011. Em 2012, o lucro caiu 9,5% para R$ 818,6 milhões, com ROAE de 17,6%, o que representa uma baixa de 4,3 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Triunfo assume operação do aeroporto de Viracopos
Por sua vez, a Triunfo (TPIS3) comunicou que encerrou o último estágio de transição entre a iniciativa privada e pública da concessão do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. A partir desta data, a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos passa a responder integralmente pela operação do complexo. A Triunfo detém 23% de participação no negócio.

A concessionária passa a ser responsável por todas as atividades funcionais do aeroporto, como a gestão de recursos humanos, programas de segurança e vigilância, operação e manutenção do sítio aeroportuário, operação administrativa e comercial, e conduzirá a interação e comunicação com os demais envolvidos no dia a dia do aeroporto.

MPX comunica sincronização de 2° turbina na Usina de Parnaíba I
A MPX Energia (MPXE3) comunicou ao mercado que a segunda turbina da Usina Termelétrica Parnaíba I, com capacidade instalada de 169 MegaWatts, realizou a primeira sincronização com o Sistema Interligado Nacional, e está operando em teste desde então.

A primeira turbina da UTE Parnaíba I está gerando capacidade plena desde 20 de janeiro de 2013, tendo sido autorizada a iniciar geração comercial em 1 de fevereiro de 2013. Com a sincronização da segunda turbina, a usina atingiu a potência nominal de 338 MW, com consumo de gás natural equivalente a 2,1 milhões de m³ por dia.

A UTE Parnaíba I, parceria de 70/30 entre MPX e Petro Energia, é composta por quatro turbinas à gás de 169 MW cada, totalizando uma capacidade instalada de 676 MW.

Agrenco anuncia assinatura de contrato com Delta
A Agrenco Limited (AGEN11), holding que controla a Agrenco Brasil, empresa de processamento de soja que está em regime de recuperação judicial desde 2009, comunicou ao mercado na quarta-feira (13) a assinatura de um contrato com a Delta Serviços e Investimentos. Antes do anúncio, as ações se valorizaram em 50% na sessão, para R$ 0,60.

O contrato consiste na prestação de serviços pela Delta para realizar a adesão e representação da empresa como agente junto a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), bem como gerenciar os contratos de energia elétrica e assessorar a companhia na contratação e comercialização de energia elétrica no mercado livre.

Minerva conclui oferta de recompra antecipada
A Minerva (BEEF3) informou que concluiu a oferta de recompra de títulos representativos de dívida emitidos no exterior por subsidiárias da companhia, com vencimentos previstos para 2017, 2019 e 2022. Foram recomprados US$ 10,685 milhões do montante principal das notas de 2017, equivalente a aproximadamente 32% das notas de 2017 em circulação, US$ 317,976 milhões do montante principal das notas de 2019, equivalente a cerca de 85% das notas em circulação, e US$ 320,137 milhões do montante principal das notas de 2022, equivalente a 71% das notas em circulação.

A oferta de recompra antecipada dos títulos de dívida foi realizada utilizando-se os recursos obtidos com a emissão das Notas 2023 (sobre as quais incidirão juros de 7,75% ao ano) e faz parte de uma estratégia clara de gestão de passivos, que visa o constante melhoramento no custo de dívida, comunicou a companhia.

SLC Agrícola confirma planos de crescimento
No comando do agrônomo gaúcho, Aurélio Pavinato, a SLC Agrícola (SLCE3) inicia o ano com metas bem ambiciosas a cumprir, informou o Valor. O executivo terá de empreender um agressivo plano de crescimento que prevê aumentar a área cultivada dos atuais 280 mil hectares para 350 mil hectares em 2014/15. No longo prazo, a companhia, com faturamento próximo de R$ 1 bilhão, quer alcançar a marca de 700 mil hectares plantados no Brasil.

Para isso, a empresa deve investir por ano um montante equivalente a 50% de seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que foi em 2011 próximo de R$ 300 milhões. O projeto terá ainda o fundamental suporte de sua subsidiária SLC Land Co, especializada em compra e venda de terras e que tem US$ 238 milhões, captados com o sócio Valiance Asset Management Limited, do Reino Unido, para investir.

http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/2679238/suzano-fibria-vale-operam-vermelho-resultado-ruim-pressiona-banrisul

Enviada por Edmilson Pinheiro.

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