GT debate informações sobre demografia indígena

ENSP

O pesquisador da ENSP Ricardo Ventura Santos é o novo coordenador do GT de Demografia dos Povos Indígenas da Associação Brasileira de Estudos Populacionais (Abep) para a gestão 2013-2014. A coordenadora adjunta é a pesquisadora Taciana Vitti, da Unicamp. Criado em 2002, o grupo reúne demógrafos e antropólogos interessados em estudar a articulação entre os processos demográficos e as características socioculturais das sociedades indígenas. Desse modo, o GT pretende diminuir a lacuna existente nesse campo de estudos no país. No contexto das Américas, o Brasil apresenta perfil particular no tocante à presença indígena: no país vivem aproximadamente 230 etnias, uma das maiores sociodiversidades do continente, ao passo que a porcentagem de indígenas em relação à população total é uma das mais baixas (menos de 1%).

Além da dinâmica demográfica, o GT analisa a questão dos indicadores de saúde e sociodemográficos para essas populações. “Gerar estatísticas com representatividade nacional que permitam caracterizar a situação sociodemográfica dos povos indígenas, que em geral apresentam marcante condição de vulnerabilidade, com os piores indicadores de saúde, representa um grande desafio”, disse Ventura.

Reforço nos dados sobre os indígenas nas estatísticas nacionais brasileiras

No entanto, ao longo das duas últimas décadas, ocorreram avanços no sentido de reverter a carência de dados sobre os indígenas nas estatísticas nacionais brasileiras. Entre eles, destacam-se os censos decenais conduzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, no Censo 1991, foi incluída a categoria ”indígena” como mais uma opção de resposta para a pergunta sobre a “cor/raça” presente no questionário da amostra, o que se repetiu em 2000. (mais…)

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BA – Ogã faz denúncia de preconceito religioso

"Ele olhou para mim, viu que eu fazia sinal e passou direto várias vezes", disse ogã (Foto: Fernando Vivas | Ag. A TARDE)

Flávia Faria, A Tarde

Salvador registrou mais uma denúncia de intolerância religiosa, desta vez contra um motorista de táxi que teria se recusado a levar no carro um casal que saía de um terreiro de candomblé. O caso aconteceu com Ednaldo Alcântara, ogã do Terreiro do Cobre, no Engenho Velho da Federação. Na madrugada do dia 21 de janeiro, por volta de 1h20 da madrugada, ele e sua esposa deixavam a casa religiosa quando  solicitaram  por telefone  um serviço  para a cooperativa Chame Táxi.

Ao chegar ao local, segundo ele conta, o veículo passou  três vezes pelo casal, que teria feito sinal para que o motorista parasse. “Ele olhou para mim, viu que eu fazia sinal e passou direto várias vezes”, contou. Depois de mais de 40 minutos de espera e de três telefonemas à empresa, a atendente teria afirmado que o motorista não aceitou a corrida por se tratar de “uma casa de candomblé”.

“Eu disse que estava na frente do terreiro e a atendente me respondeu que foi por isso que ele recusou a corrida”, afirmou Alcântara. Em contato com a empresa, Ednaldo conseguiu os dados do motorista e prestou uma queixa por intolerância religiosa. O caso está sendo investigado na 7ª Delegacia Territorial.

Cadastro – O motorista do táxi, André Gonzaga Filho, afirmou que não   avistou  o casal e negou ter agido por motivações preconceituosas. Entretanto, revelou que a Chame Táxi possui um cadastro com tipos de clientes que alguns taxistas podem se recusar a atender, como banhistas ou pessoas que saem de bares. (mais…)

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Clementina de Jesus

Nota: veja, ao final, link para algumas das matérias postadas neste bl0g sobre e com Clementina cantando. TP.

A Rainha Ginga. Quelé. Duas maneiras de chamar Clementina de Jesus (1901-1987), com a imponência do título de realeza e com a corruptela carinhosa de seu nome. Clementina evocava tais sentimentos aparentemente contraditórios: a ternura e o profundo respeito.

A ternura de negra velha sorridente. Todos com quem se envolvia tinham a compulsão de chamar de Mãe, como a chamavam os músicos do musical Rosa de Ouro. Uma pessoa capaz de interromper um depoimento dado à televisão para discutir sobre o café com a moça que o servia. Um brilho especial nos olhos que cativou desde os mais humildes ao imperador Haile Selassié. Talvez por ter trabalhado tantos anos como empregada doméstica e ter começado a carreira artística aos 63 anos, descoberta pelo poeta Hermínio Bello de Carvalho, nunca tratava de forma diferente devido à posição social. (mais…)

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Hoje é dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas

Indígenas da etnia Kayapó (Foto:Tatiana Cardeal)

Save the Amazonas

Quando Cabral descobriu o Brasil, aquelas aparentes terras desertas já eram habitadas, milhares de índios viviam na Terra de Vera Cruz. A colonização e a consequente exploração da terra dizimaram tribos, disseminaram doenças e interferiram nos costumes indígenas. Por isso, ainda hoje, são necessárias leis que promovam uma mínima reparação aos descendentes dos primeiros moradores dessa terra.

Compartilhada por Margaret Pereira.

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Sistema escolar brasileiro é fundamental na reprodução do racismo: Entrevista com Athayde Motta

Neste mês de fevereiro, a Lei Federal 10.639/2003, de autoria da ex-deputada federal Esther Grossi (PT), que determina a obrigatoriedade do estudo da história e culturas afro-brasileira, africana e indígena na educação básica, completa dez anos. Embora  sua aplicação seja limitada, a lei já produziu bons resultados, entre eles o Prêmio Educar Para a Igualdade Racial, uma iniciativa que premia professores que incentivam o estudo da cultura afro-brasileira e africana no Brasil.

A reportagem da Revista Fórum entrevistou o professor Athayde Motta, diretor-executivo do Fundo Baobá para Equidade Racial, entidade doadora cujas causas são o fortalecimento das organizações civis afro-brasileiras e o avanço da filantropia para a justiça social no Brasil, para saber sua opinião sobre os dez anos da lei, sua aplicação e a situação do racismo hoje no Brasil. (mais…)

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CNBB quer debater marco regulatório da mineração

A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz apresentou na manhã desta quarta-feira, 06 de fevereiro, a questão da elaboração do marco regulatório da mineração no Brasil. A CNBB já tentou participar deste debate junto ao governo federal, mas até agora não conseguiu resposta de participação

CNBB

O presidente da Comissão, dom Guilherme Werlang, explicou que a questão envolve o tema das terras indígenas, quilombolas e também a preservação do meio ambiente. “A discussão, até agora, está apenas no nível dos grupos econômicos”, reforçou dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB.

Um dos convidados para apresentar o assunto aos bispos, o padre Dario Bossi, do movimento Justiça nos Trilhos, falou da relevância do assunto. “Não conseguimos entrar ainda nesta discussão, ou participar do diálogo para tornar transparente o debate deste novo marco regulatório”. O debate atual prevê uma legislação mais flexível em certas áreas de extração mineral, com o argumento do interesse nacional. (mais…)

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Comissão começa a expor verdades da ditadura

Contestada severamente por militares, com um formato considerado tímido por parentes de vítimas, a Comissão Nacional da Verdade começa aos poucos a expor a tétrica realidade dos anos de chumbo. O comentário é de Marcelo Semer em artigo publicado pelo Terra Magazine. Eis o artigo

Nesta terça-feira, o coordenador da comissão, o ex-procurador-geral da República Cláudio Fontelles, disse que não há mais dúvidas em relação ao assassinato do ex-deputado Rubens Paiva, dentro do DOI/Codi, no Rio de Janeiro, por agentes da ditadura. Fontelles afirmou, ainda, que a comissão terá condições de identificar, inclusive, os autores do homicídio –dois dos quais ainda vivos.

A versão oficial, de que Paiva teria conseguido escapar depois de preso, está sendo destruída pelo conjunto de documentos analisados pela Comissão. Um deles, exposto por Fontelles, confirma a prisão do ex-deputado no dia 21 de janeiro de 1971, no DOI/CODI; outro, publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, mostra que no dia 25 do mesmo mês, quando ele foi morto, nenhuma referência se fazia à inverossímil versão da fuga. (mais…)

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Premissas universais do reino do agronegócio

“Mesmo não tendo base religiosa, o agronegócio possui um ‘catecismo’, no qual um conjunto de pressupostos é tomado como absoluto – destaca-se, entre eles, o uso ‘racional’ (leia-se exaustivo) das terras para assegurar a elevação da produtividade, maximização dos resultados e dos lucros, conversão da natureza em recurso, conversão do trabalhador do “campo” em um empreendedor, conversão dos direitos de cidadania em direitos de consumo”. O comentário é de Iara Tatiana Bonin, doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em artigo publicado no portal do Cimi. Eis o artigo:

Em contextos de globalização eclodem práticas culturais, religiosas, econômicas, sociais diversificadas, que adquirem visibilidade e confrontam as noções de unificação. Contudo, nestes mesmos contextos, não raramente ocorre um recrudescimento dos fundamentalismos, que conferem caráter absoluto a um ponto de vista, como se este fosse a verdade irrefutável, a única direção, que então deveria ser seguida sem questionamentos.

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SP: a grande reforma do prédio dos sem-teto

Sem ajuda do poder público, mas com apoio de estudantes a USP, eles tornam edifício habitável e querem novas mudanças

Por Piero Locatelli, na Carta Capital

A fachada do prédio no número 342 da rua Mauá era cinza, suja e pichada. Até o final ano passado, ainda era marcada pelo abandono que o edifício sofreu no final da década de 90, quando o antigo hotel Santos Dumont fechou e o edifício foi largado pelos proprietários. A frente do prédio hoje está pintada de vermelho e branco. Chama atenção em meio às lojas espremidas ao lado da estação da Luz, numa região central mas negligenciada em São Paulo.

A frente do prédio é parte de uma mudança maior que ocorre no local. Sem ajuda do poder público, os sem teto estão reformando o edifício e deixando-o melhor para os cerca de mil moradores que ocupam o prédio. O local começou a passar por mudanças no ano passado com o auxílio de estudantes da USP (Universidade de São Paulo) participantes do Projeto Mauá 340. (mais…)

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